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Avaliar Para Quê

Quais foram as principais mudanças na transição da escola em seriado para a escola em ciclos?

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.

É Proibido Reprovar

A organização da escola em Ciclos de Formação se torna uma avançada forma de currículo, na medida em que a própria estrutura da instituição e o sistema que a mantém volta-se para as reais necessidades educativas dos alunos (e não ao contrário, como fazia a escola seriada), respeitando, sobretudo os ritmos individuais de aprendizagem e desenvolvimento, pela superação das interrupções artificiais que Montessori nos apresenta ainda em 1909.

As maioria das instituições entendem que o Ciclo é a não aplicação de avaliação, a rigor, a concepção de avaliação formativa diagnóstica, visando determinar a presença, ou ausência, de conhecimentos e habilidades.  Avaliação formativa emancipatória caracterizando-se como um processo de descrição, analise e critica de uma dada realidade, visando transformá-la. A Dialética, Libertadora e Dialógica enfim, permanecem.

O Ciclo remata esta concepção na medida em que a livra da necessidade de ter de classificar e reprovar. Cabe a cada instituição de ensino pela autonomia que a mantém, realizar avaliações para verificar o nível de aprendizagem, avaliar para diagnosticar, até porque onde a instituição de ensino é ciclada, a mesma é cobrada por não avanços no Ideb, por Prova Brasil ou Olimpíadas disto e daquilo entre outras avaliações criadas pelas mesmas pessoas que defendem a Escola Ciclada , mas promovem e realizam avaliações totalmente formuladas de modo classificatório.

Em termos de avaliação e legislação, o fator primordial interveniente na organização da escola em Ciclos de Formação não é justamente o fim da avaliação classificatória?

Para Vasconsellos  esta novidade é que constitui um avanço institucional. Mas é também um campo de possíveis equívocos e discórdias, em decorrência de distorções historicamente acumuladas.

Referências Bibliográficas

VASCONCELLOS, Celso dos S. Superação da Lógica Classificatória e Excludente da Avaliação: do “é proibido reprovar” ao é preciso garantir a aprendizagem, 3a ed. São Paulo: Libertad, 2000.

MONTESSORI, Maria. A Descoberta da Criança, Aakar Book, 1909

Evandro Sirqueira é Pedagogo na EE Prefeito Artur Ramos - Cidade de Jaciara MT.

O trabalho Avaliar Para Quê de Evandro A. Sirqueira foi licenciado com uma Licença Creative Commons Atribuição Não Comercial 3.0 Não Adaptada.

Com base no trabalho disponível em http://migre.me/aTMpK


Publicado por: Evandro Antonio Sirqueira Santos

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.