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Atuação da supervisão e da orientação educacional na administração escolar

Análise sobre a atuação da supervisão e da orientação educacional na gestão escolar.

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RESUMO

O presente artigo desafia-se a discutir a atuação da supervisão e da orientação educacional na gestão escolar. A função básica da supervisão escolar é a garantia da qualidade do ensino, através da avaliação e orientação dos profissionais da educação, enquanto a orientação educacional tem como foco o desenvolvimento pessoal e social dos estudantes. Ambas as áreas possuem papéis fundamentais na gestão escolar, contribuindo para o aprimoramento do processo de ensino-aprendizagem e para o desenvolvimento integral dos estudantes. As colunas que sustentam a s supervisão escolar tem por fundamento , o processo responsável por orientar e acompanhar o trabalho dos professores, visando a melhoria do processo de ensino-aprendizagem.  Nesse sentido, é importante destacar a importância da formação continuada dos professores, uma vez que essa é uma das atribuições da supervisão escolar. Segundo Barreto e Castro (2019), “a supervisão escolar deve ser vista como um processo permanente de formação e aperfeiçoamento dos profissionais da educação, visando a melhoria da qualidade do ensino”. A orientação educacional, por sua vez, tem como objetivo promover o desenvolvimento pessoal e social dos estudantes, visando o seu bem-estar e o seu sucesso escolar. Através do acompanhamento psicopedagógico e da orientação vocacional, a orientação educacional contribui para a formação integral dos estudantes, auxiliando-os na superação de dificuldades e na construção de projetos de vida. Segundo Tardif (2014), “a orientação educacional é um dos pilares da gestão escolar, pois contribui para o desenvolvimento integral dos estudantes, visando a sua formação como cidadãos críticos e participativos”.   Assim a supervisão escolar e a orientação educacional são áreas fundamentais da gestão escolar, que contribuem para a melhoria da qualidade do ensino e para o desenvolvimento integral dos estudantes.  É necessário ressaltar a importância da integração dessas áreas na gestão escolar, uma vez que essa integração pode potencializar os resultados obtidos por cada uma delas, contribuindo para a formação de uma comunidade escolar comprometida com o sucesso dos estudantes. Segundo Libâneo (2013), “a gestão escolar deve ser compreendida como um processo coletivo, que envolve todos os atores da escola, incluindo a supervisão escolar e a orientação educacional”.

Palavras-chave: Supervisão Escolar, Orientação Educacional, Gestão Escolar

Introdução

A supervisão escolar e a orientação educacional são áreas de atuação que têm grande relevância na gestão escolar; uma tem como objetivo principal a melhoria do processo de ensino e aprendizagem, buscando sempre garantir a qualidade do ensino oferecido. A outra, visa apoiar o desenvolvimento emocional e psicológico dos alunos, ajudando-os a lidar com suas dificuldades e a desenvolver habilidades socioemocionais. Ambas as áreas são fundamentais para o sucesso da gestão escolar, pois contribuem para a formação de alunos mais preparados para lidar com as demandas da sociedade contemporânea. Garcia (2017), ensina “que a supervisão escolar tem como uma das suas principais funções a promoção da reflexão crítica sobre a prática pedagógica.

Para isso, é necessário que o supervisor escolar tenha um conhecimento profundo da realidade escolar e das necessidades dos alunos.”  A atuar de forma colaborativa com os professores, buscando sempre identificar possíveis problemas no processo de ensino e aprendizagem e propondo soluções para melhorar a qualidade do ensino. Já a orientação educacional, ensina Loureiro (2015), “tem como objetivo principal auxiliar os alunos no desenvolvimento de suas habilidades socioemocionais.” Isso significa que o orientador educacional deve atuar como um mediador entre os alunos e a escola, buscando identificar suas necessidades e dificuldades e propondo estratégias para ajudá-los a superar esses desafios.

Para isso, é importante que o orientador educacional tenha um conhecimento aprofundado das teorias da aprendizagem e do desenvolvimento humano. A atuação tanto da supervisão escolar, quanto da orientação educacional na gestão escolar é fundamental para garantir a qualidade do ensino e o desenvolvimento integral dos alunos. Para isso, é necessário que essas áreas atuem de forma integrada e colaborativa com a direção da escola e com os demais profissionais envolvidos no processo educativo.   Escreveu Garcia (2017) que "a supervisão escolar não deve ser vista como uma ação isolada, mas sim como uma atividade colaborativa que visa à melhoria do processo educacional como um todo" (p. 79).

A integração entre a supervisão escolar e a orientação educacional é fundamental para garantir a efetividade do trabalho dessas áreas na gestão escolar. De acordo Loureiro (2015), "a orientação educacional e a supervisão escolar devem caminhar juntas, pois ambas têm como objetivo garantir a qualidade do ensino e o desenvolvimento integral dos alunos" (p. 89). É fundamental que os profissionais dessas áreas trabalhem em conjunto, buscando identificar possíveis problemas no processo educativo e propondo soluções para melhorar a qualidade do ensino. Sendo assim estes profissionais devem atuar de forma ética e comprometida com os valores da escola e com as normas legais e éticas compromisso ético com a comunidade escolar, agindo sempre de forma transparente e responsável.

A ABORDAGEM METODOLÓGICA

Este artigo baseou-se em um levantamento bibliográfico sobre a supervisão escolar e orientação educacional. A primeira seção destaca a importância do trabalho integrado entre esses profissionais na gestão escolar, considerando as diferentes competências e responsabilidades de cada um. Nesse sentido, foi possível compreender a supervisão escolar como uma atividade que visa orientar e avaliar o trabalho docente, a fim de garantir a qualidade do ensino e o cumprimento das diretrizes educacionais. Já a orientação educacional é uma atividade que busca promover o desenvolvimento psicossocial dos alunos, por meio de ações que contribuam para a construção de uma identidade pessoal e social, bem como para a tomada de decisões e a escolha de projetos de vida.

Na segunda seção do artigo, destaca-se a importância da atuação conjunta desses profissionais na gestão escolar, a fim de promover uma gestão democrática e participativa. Para tanto, é necessário que a supervisão escolar e a orientação educacional estejam articuladas com as demais áreas da gestão, tais como a administração, a coordenação pedagógica e o corpo docente.  Além disso, é importante que esses profissionais utilizem metodologias adequadas para o desenvolvimento de suas atividades, como a observação, a entrevista, a análise de documentos, entre outras, mas conforme disse Veiga (2016),

O trabalho do supervisor escolar e do orientador educacional não pode ser compreendido apenas a partir de uma perspectiva técnica. Esses profissionais também possuem uma dimensão política importante, pois atuam na construção de uma escola mais democrática e comprometida com a transformação social. Isso envolve a promoção de práticas pedagógicas críticas e a formação de cidadãos conscientes de seu papel na sociedade. Para tanto, é fundamental que o supervisor escolar e o orientador educacional tenham uma postura ética e comprometida com a promoção da justiça social. 

Outro ponto abordado na segunda seção do artigo é a importância da avaliação para a gestão escolar. Nesse sentido, a supervisão escolar e a orientação educacional desempenham um papel fundamental na avaliação do desempenho dos alunos e dos professores, bem como na elaboração de estratégias para a melhoria do processo educativo. Para tanto, é necessário que esses profissionais utilizem métodos e técnicas adequadas para a coleta e análise de dados, a fim de garantir a efetividade da avaliação.

Assim a abordagem metodológica adotada neste artigo permitiu uma reflexão crítica sobre a importância do trabalho integrado entre a supervisão escolar e a orientação educacional na gestão escolar. Além disso, foi possível destacar a relevância da utilização de métodos e técnicas adequadas para o desenvolvimento das atividades desses profissionais, bem como para a avaliação do processo educativo.

A Orientação Educacional e a Supervisão Escolar a integração das ações

Já escrito na introdução deste artigo sobre a essencialidade da Supervisão Escolar e a Orientação Educacional que são áreas profundamente importantes na gestão escolar, pois desempenham funções relevantes para a qualidade do ensino.  Na ação de acompanhar, orientar e avaliar o trabalho dos professores e das equipes pedagógicas, é necessário garantir a efetividade do processo educacional. Já que a Orientação Educacional em seus propósitos auxilia os estudantes em suas questões pessoais, acadêmicas e profissionais, buscando sempre o desenvolvimento integral do indivíduo numa espécie de tutoria – no que diz respeito ao acompanhamento. A prática da Supervisão Escolar e da Orientação Educacional como um trabalho integrado é essencial para o alcance de uma educação de qualidade. Segundo Veiga (1995, p. 23),

O trabalho integrado de supervisão e orientação educacional torna-se fundamental para a construção de um ambiente educacional saudável e propício para o desenvolvimento do processo ensino-aprendizagem”. Assim, o trabalho em conjunto dessas áreas pode gerar resultados significativos para a melhoria da educação quando se debruça sobre a reflexão ação, sobre essa ideia.  

Fontes & Viana (In Presença Pedagógica,2003, p.55), acrescenta que:

Pensar o papel e a prática de supervisores e orientadores educacionais na escola é pensar antes de tudo em seu surgimento na história da educação em nosso país. [...] foram funções pedagógicas criadas durante o regime de ditadura militar no Brasil[...] um sistema que tinha como ideologia a opressão; como método o silêncio, por objetivo, a alienação.

Nesse sentido, a integração entre a Supervisão Escolar e a Orientação Educacional deve ser compreendida como uma relação colaborativa entre essas áreas, que deve ser pautada na construção de objetivos comuns, no diálogo e na reflexão crítica. Segundo Lück (2009, p. 45), “a integração não é a simples justaposição das ações da supervisão e da orientação, mas sim um movimento de aproximação e entrelaçamento das ações e das equipes”.  Essa integração implica em um olhar mais amplo sobre a educação, considerando não apenas aspectos técnicos, mas também sociais, culturais e emocionais. Segundo Cunha (2011, p. 89), “a integração da Supervisão Escolar e da Orientação Educacional permite uma visão mais abrangente da escola e do processo de ensino-aprendizagem, considerando as múltiplas dimensões que envolvem a educação”. Já Gadotti analisa que:

“A supervisão escolar e a orientação educacional são áreas essenciais para a construção de uma educação de qualidade, que considere as múltiplas dimensões que envolvem o processo educativo. Elas permitem uma visão mais ampla e integrada da escola, bem como a identificação de estratégias efetivas para o desenvolvimento pessoal e acadêmico dos alunos, contribuindo para a formação de cidadãos críticos e comprometidos com a transformação social."

Ainda, é importante destacar que essa integração não se restringe apenas à atuação dos profissionais da Supervisão Escolar e da Orientação Educacional, mas deve envolver toda a equipe escolar, incluindo os professores e gestores. Segundo Libâneo (2004, p. 158), “a gestão escolar eficaz pressupõe a integração das diversas áreas e profissionais que atuam na escola, buscando a construção de um projeto educativo comum e coerente”. Dessa forma, a prática integrada da Supervisão Escolar e da Orientação Educacional pode contribuir para a formação de um ambiente educacional mais harmonioso, que promova o desenvolvimento integral dos estudantes e a melhoria da qualidade do ensino.

Segundo Ferreira (2014, p. 32), “a integração dessas áreas pode favorecer a identificação de problemas e a busca por soluções coletivas, contribuindo para uma gestão democrática e participativa”. Dessa forma, é essencial que os profissionais da Supervisão Escolar e da Orientação Educacional estejam preparados para atuar de forma integrada, com uma postura crítica e reflexiva, capazes de identificar, conforme salienta Alarcão (2001, p. 29):

"A supervisão escolar e a orientação educacional devem atuar de forma integrada, estabelecendo um diálogo constante entre si e com os demais profissionais da escola. Essa integração é fundamental para a construção de uma prática pedagógica mais consistente e eficaz" (ALARCÃO, 2001, p. 29).

Além disso, é importante que esses profissionais estejam atualizados quanto às políticas e diretrizes educacionais, para que possam contribuir para a construção de um projeto educativo consistente. Segundo Garcia (2010, p. 73), “a atuação dos profissionais da Supervisão Escolar e da Orientação Educacional deve estar alinhada às políticas educacionais, de forma a garantir uma prática coerente e efetiva”. Assim,  prática integrada da Supervisão Escolar e da Orientação Educacional deve ser  acompanhada de forma sistemática, por meio de avaliações e feedbacks, para que possa ser aprimorada continuamente.

Portanto, a prática integrada da Supervisão Escolar e da Orientação Educacional é essencial para a construção de uma educação de qualidade, que considere as múltiplas dimensões envolvidas no processo educativo.  Para isso, é necessário que os profissionais dessas áreas estejam preparados e atentos às necessidades da escola e dos estudantes, e que atuem de forma colaborativa e interdisciplinar, buscando sempre aprimorar sua prática e contribuir para a melhoria da educação.

Uma breve análise de como se deve atuar o Supervisor e o Orientador na Gestão Escolar

A gestão escolar é uma prática complexa e multidimensional que envolve uma série de atividades e processos, dentre eles a supervisão e a orientação. O papel do supervisor e do orientador é fundamental na promoção de uma educação de qualidade, pois são eles que acompanham de perto o desenvolvimento dos alunos, professores e da própria escola como um todo. A supervisão tem como objetivo principal verificar e avaliar o processo de ensino-aprendizagem, identificando possíveis problemas e propondo soluções de acordo com Barros e Face (2018),

O orientador educacional também tem um papel fundamental na promoção de uma educação de qualidade. Esse profissional atua diretamente na orientação dos alunos em relação a aspectos socioemocionais, auxiliando-os no desenvolvimento de habilidades e competências que vão além do conteúdo curricular. O orientador educacional é responsável por acompanhar de perto o desenvolvimento dos alunos, identificando possíveis problemas e propondo soluções.

Na mesma linha de raciocínio Cruz e Pacheco (2018), afirmam que “a supervisão escolar é uma atividade de acompanhamento que busca garantir a qualidade do ensino por meio da observação e orientação do trabalho dos professores.” É papel do supervisor identificar as dificuldades enfrentadas pelos docentes e propor soluções para superá-las, contribuindo para a melhoria do desempenho escolar. 

Já a orientação tem como foco o desenvolvimento pessoal e social dos alunos, buscando promover sua formação integral. Segundo Nascimento e Pereira (2019), “a orientação educacional é uma atividade que visa à promoção do desenvolvimento humano integral, considerando aspectos cognitivos, emocionais e sociais dos alunos.” É papel do orientador identificar as necessidades individuais de cada aluno e orientá-los em relação a suas escolhas e decisões, contribuindo para seu processo de autoconhecimento e formação.  O trabalho do supervisor e do orientador é complementar, pois ambos têm como objetivo a melhoria do processo educativo. Segundo Nóbrega e Sales (2021), “a colaboração entre esses profissionais é fundamental para a promoção de uma gestão escolar eficiente e eficaz.” “Juntas devem trabalhar em conjunto para identificar problemas e propor soluções que atendam tanto aos aspectos pedagógicos quanto aos aspectos pessoais e sociais dos alunos.

Além do mais, é importante destacar que o papel do supervisor e do orientador na gestão escolar não se limita aos aspectos técnicos e pedagógicos. De acordo com Menezes e Lima (2021), “esses profissionais também desempenham um papel importante na promoção de um ambiente escolar saudável e acolhedor, favorecendo o desenvolvimento de relações interpessoais positivas entre alunos, professores e demais membros da comunidade escolar.”  Por isso é importante ressaltar que o trabalho do supervisor e do orientador na gestão escolar requer constante atualização e aprimoramento. Conforme escreveu Cunha e Cunha (2021),

"O papel dos profissionais da educação vai muito além de transmitir conhecimentos. Eles têm a responsabilidade de garantir um ambiente escolar saudável e acolhedor, que favoreça o desenvolvimento integral dos alunos. Para isso, é fundamental que esses profissionais estejam sempre em busca de novos conhecimentos e práticas que possam contribuir para a melhoria da qualidade do ensino e para o desenvolvimento dos alunos como seres humanos.”

Nesse complexo de relações a comunicação é uma das ferramentas mais importantes para a promoção de um ambiente rico de possibilidades. Como pontuado no trecho anterior, a comunicação é o elo que une todos os pontos do fazer educacional e é responsável por promover a troca de informações e ideias entre os diversos membros da comunidade escolar. Nesse sentido, é papel do gestor escolar é incentivar o diálogo aberto e contínuo entre todos os envolvidos no processo educativo. Por isso a importância tanto da Supervisão Escolar quanto da Orientação Educacional na Gestão Escolar ter a capacidade de compartilhar responsabilidades.

Nossas análises ressaltar que a comunicação deve ser efetiva e eficiente, ou seja, as informações devem ser transmitidas de forma clara e objetiva para evitar mal-entendidos e ruídos. Para tanto, é essencial que o gestor escolar utilize diferentes canais de comunicação, como reuniões, comunicados, murais, e-mails, entre outros, de modo a alcançar todos os membros da comunidade escolar de maneira adequada.  Com tudo que até aqui vimos, fica claro que o trabalho do supervisor e do orientador na gestão escolar é fundamental para garantir a qualidade do ensino e promover o desenvolvimento integral dos alunos. Esses profissionais devem trabalhar em conjunto, identificando problemas e propondo soluções que atendam tanto aos aspectos pedagógicos quanto aos aspectos pessoais e sociais dos alunos, contribuindo para a formação de cidadãos críticos e conscientes.

Conclusão:

Após estudar este tema, é evidente que a supervisão escolar e a orientação educacional não podem ser consideradas de forma isolada, sem conexão com a gestão escolar. Essa abordagem fragmentada não é mais aceitável e não contribui para a articulação da teoria e prática, nem para as mudanças necessárias à nova proposta pedagógica. É necessário, portanto, uma ação conjunta e bem articulada para dar sentido aos trabalhos no âmbito educacional e alcançar os objetivos estabelecidos pela escola.  O trabalho escolar é uma atividade coletiva que envolve todos os membros da comunidade escolar, de forma direta ou indireta.

É fundamental que todos se envolvam na definição de objetivos, na solução de problemas, na tomada de decisões e na implementação, monitoramento e avaliação de planos de ação. Somente através da participação conjunta e integrada de todos os segmentos da comunidade escolar é possível garantir os melhores resultados no processo educacional. Neste contexto, a gestão escolar participativa é essencial para o sucesso da escola.

É preciso que todos os envolvidos no processo educacional trabalhem juntos para alcançar os objetivos estabelecidos pela escola, através da proposição e implementação de planos de ação e da avaliação constante dos resultados alcançados. Somente assim, a escola poderá atingir sua missão e oferecer uma educação de qualidade. Segundo Nóvoa (1999), o funcionamento de uma organização escolar depende tanto da sua estrutura formal quanto das interações que ocorrem entre os grupos que a compõem, que possuem interesses distintos.

Para isso, é importante promover a participação das pessoas, dando-lhes a oportunidade de controlar o próprio trabalho, serem responsáveis pelos resultados e construírem sua autonomia. Dessa forma, elas se sentem parte da realidade escolar e não apenas um instrumento para atingir objetivos institucionais. A prática participativa pode superar o exercício individual de poder e referência, e promover a construção do poder da competência, centrado no coletivo da escola como um todo , Nóvoa, A. (1999).vai mas longe quando afirma que:

"É importante que sejam tomadas medidas concretas para garantir que as mudanças necessárias sejam efetivadas na prática educativa. Isso exige que os educadores - professores, supervisores escolares, orientadores educacionais, diretores e outros - compreendam a realidade em que estão inseridos e que assumam a responsabilidade de promover transformações significativas no cotidiano da escola."

Por fim a presente reflexão destaca a importância de se empreender medidas concretas que viabilizem a efetivação de mudanças no âmbito educacional, as quais exigem uma postura crítica e consciente dos educadores em relação à realidade posta. É preciso reconhecer que, para além dos professores, a figura dos supervisores escolares, orientadores educacionais e diretores, entre outros, é igualmente relevante nesse contexto, pois todos esses profissionais têm um papel crucial na construção de uma prática educativa efetiva e transformadora.

Dessa forma, torna-se imperativo que a nossa prática educativa esteja em sintonia com os objetivos educacionais propostos pela escola, assumindo uma concepção crítica da educação, que compreenda a importância da prática coletiva transformadora como uma tarefa diária e constante, a ser abraçada por todos os membros da comunidade escolar. Somente dessa forma será possível superar as limitações impostas pela estrutura formal da organização escolar e promover interações efetivas entre os grupos que a compõem, a fim de alcançar objetivos comuns e construir um ambiente de aprendizagem participativo e inclusivo.

Nesse sentido, é fundamental que sejam tomadas medidas que assegurem a efetividade das mudanças propostas, conferindo aos educadores a oportunidade de controlar o próprio trabalho e serem responsáveis pelos resultados alcançados. Somente dessa forma será possível construir uma autonomia real e efetiva, que permita aos profissionais da educação se sentirem parte integrante da realidade escolar e não apenas um instrumento para atingir objetivos institucionais. 

Em última análise, a prática coletiva transformadora, centrada no poder da competência, pode se tornar um importante instrumento de superação dos vícios do exercício individual de poder e referência, promovendo a construção de um ambiente educacional mais colaborativo, integrado e efetivo. O desafio está lançado e é necessário que todos nós, educadores, assumamos esse compromisso de transformação e de construção de uma prática educativa crítica e transformadora, que possa contribuir efetivamente para o desenvolvimento integral dos nossos alunos e para a construção de uma sociedade mais justa e inclusiva.

Bibliografia

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Jefte Gabriel Ferreira

Atuação da supervisão e da orientação educacional na administração escolar

Artigo apresentado a UNIMINAS como apresentação dos estudos e conhecimentos adquiridos na Especialização Coordenação Pedagógica e Supervisão Escolar Ead.


Publicado por: Jefte Gabriel Ferreira

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