A lei das palmadas

 Nos últimos meses, uma discussão séria e com opiniões divergentes ocupou o centro das atenções da mídia e da sociedade brasileiras: o projeto de lei que proibe a prática do castigo físico em relação as crianças e adolescentes. São as chamadas " palmadas disciplinares".

Se por um lado, este seja um projeto repleto de boas intenções para com o futuro físico e psicológico das crianças brasileiras, por outro, nos leva a questionar o que separa o castigo físico com intenção de educar do castigo degradante e ofensivo. Ora, leves palmadas servem para mostrar à criança que ela cometeu um erro, e que erros levam à castigos, fato totalmente distinto de castigos contendo violência doméstica, onde filhos são expostos a punições graves, submetidos à dor e humilhação. Neste caso sim, os pais responsáveis por tal conduta violenta devem responder de acordo com a lei , pelo crime de maus tratos.

Há também o risco da autoridade dos pais ser abalada. Crescer num ambiente onde os pais parecem perder o controle da situação, tornará tornará esses jovens adultos fracos por falta de um modelo forte para seguir, ou inconsequentes, pois não terão noção de seus limites. Além disso, o governo não tem direito de intervir na maneira dos pais educarem seus filhos. O governo tem sim o dever de criar - e aprovar- leis que sejam realmente úteis para toda a sociedade. A melhor maneira de garantir um futuro íntegro e saudável para as crianças hoje, é proporcioná-las saúde e segurança públicas de qualidade, sendo que no atual momento, são esses direitos praticamente inexistente no Brasil.