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A formação de professores para uma Escola Colaborativa

Você sabe o que é e quais são os fundamentos da Escola Colaborativa? Clique e confira!

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.

Os fundamentos para uma escola colaborativa partem do princípio de corresponsabilidades e protagonismo dos alunos, mas também da abertura de suas portas para a participação da comunidade, postura promotora de uma identidade onde a escola é patrimônio das famílias que acreditam na escola e dividem o processo de educar. Contudo este processo na escola é formal e científico, como qualquer outra escola, afinal é uma instituição com objetivos e princípios determinados por variáveis externas, entretanto, faz valer a escola democrática o lugar onde o ouvir e participar é essência direta dos resultados e metas que seus protagonistas assumem.

Foram feitas algumas pesquisas durante um período de dois anos e concluímos algumas primícias acerca das experiências em escolas que preferiram se abrir para os seus protagonista e para a comunidade. Mas, antes de mais nada,  é preciso deixar claro os conceitos aqui apresentados até o momento:

Os protagonistas da escola, termo usual desde o princípio deste texto, é por definição os estudantes  e os professores. Sendo a escola uma instituição destinada ao aprender, obviamente, seus atores principias são os que mediam o conhecimento previamente e detém a técnica de ensinar e os que são aprendizes. Mas aprender é uma condição humana, isto é, destingui-se de outros animais ao utilizar o questionamento (razão) como instrumento de apreensão da realidade, também possui relações com o lugar, ou seja, possui uma história de produção e também produto do espaço em que assume como seu. Então, aprender é um pouco mais complicado do que imaginamos. Para que possamos aprender é suficiente viver, significa que aprendemos o tempo todo, somos desafiados pela realidade, pelas aparências, afinal, somos únicos e como consequência, tudo é contraditório. Quando esse processo de aprender contraditório entre a realidade externa e a realidade interna de cada individuo é assumido pela escola, significa  que a instituição assume a responsabilidade de aprimorar o que somos, transformando  nossa capacidade básica de superar em habilidades melhores. Para tanto a escola deve guiar esse aprender; sistematizar as realidades as contradições e oferecer habilidades de soluções para nossas necessidades. Outra questão para definimos brevemente é o caráter de instituição que a escola possui: o que defini escola como instituição são os valores que ela representa para a sociedade, ao ponto que em qualquer lugar do planeta a escola possui o papel de ensinar, utiliza de métodos universalizados e por fim, pode ser reconhecido em qualquer lugar, independente das culturas.

Diante de tal quadro a escola colaborativa pensa na via de contradição da escola punitiva que estamos acostumados, apesar, como já afirmamos, existem variáveis externas que são assumidas “democraticamente” pela escola.

Mas então, quando a escola colaborativa esta na via da contradição?

No livro Educação.DOC, (PEDRALL, 2014), foram apontados exemplos de escola colaborativas, com a tal “via de contradição”, termo usado neste breve texto e pode dar definição as nossas descobertas: um destes exemplo é este que iremos apresentar:

“(Lorena Rodrigues, 19 anos, que trocou uma instituição particular pelo Colégio Estadual Monsenhor Miguel de S. Mochóm, no Rio de Janeiro: ‘Meu avô conhecia a diretora e insistiu para vir pra cá. Logo na primeira semana, pensei: Não quero mais sair daqui. Adoro está escola! Os colegas poem gente para frente. Tem cultura, teatro, dança, projetos diferentes. Gente que chora e gente que consola” (PEDRAL, idem, p.17)

O que está descrito acima é uma escola que ouviu seus protagonistas, reavaliou suas praticas, promoveu processos de decisões, tornando as pessoas corresponsaveis por tudo que acontece dentro de um ambiente preparado, segundo as necessidades dos seus protagonista, para aprender. Ao pensar sobre aprender, certamente a escola (Colégio Estadual Monsenhor Miguel de S. Mochóm-RJ) pensou sobre as necessidades, seus desafios, seus conflitos e suas peculiaridades; chegaram ao que são, mas e um determinado tempo precedente, sofreram o que outras escola sofrem: depredações, falta de verba, falta de professores, indisciplinas e etc. No mesmo trabalho, a autora afirma: “Boas escolas públicas têm presença da comunidade, gestores apaixonados e professores devotados” (PEDRALL, idem, p.19). O caminho da escola boa é a abertura de seus muros. Por isso, durante muito tempo, em pesquisas, a proposta foi estudar a escola e seus cotidianos, dos muros para dentro, com o desejo sincerode crer na abertura dessa ruptura, onde existe uma escola que todos sabem como é, mas o Estado se faz de desentendido e apesar da comunidade conhecer bem o que é escola publica, pouco quer definir a escola juntos com os professores e gestores. Na verdade a escola colaborativa é contradição disso.


Publicado por: Marcio Domeneguetti

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