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A BANALIZAÇÃO DOS UNIFORMES ESCOLARES

Breve resumo sobre a banalização dos uniformes escolares.

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Ao longo do tempo as vestimentas se tornaram símbolo de um povo, a prova disso é que dentro de todo os elementos da moda, as roupas são os mais consumidos pela sociedade. De acordo com Mendonça (1999) as vestimentas criam uma simbolização, e ela por si só, já são consideradas uma característica de determinados grupos sociais.

Ela serve para refletir as caraterísticas de um grupo de pessoas, de uma comunidade, ou até mesmo de uma nação, você já deve ter reparado que pessoas de países diferentes se vestem de forma diferentes, partindo dessa afirmativa, fica claro a importância da peça de vestuário. A forma como você se veste diz tanto sobre você quando o modo como você fala.

Logo, dentro de uma rede de ensino, o uniforme não tem só o papel de identificar a qual escola o aluno pertence, ele também exerce seu papel ao promover a igualdade perante os diferentes grupos que compõem a mesma escola.

O fato é que em uma mesma sala de aula existe diferentes classe sociais, e a escola ao promover o uso do uniforme promove a igualdade da turma, os alunos se sentem mais confortável aos estarem em um grupo onde todos se vestem da mesma forma.

Conforme afirmou Hollander (1996), as similaridades do estudante ao unificar o grupo, refletem a unidade entre as pessoas, mas as diferenças individuais não desaparecem uma vez que cada ser humano é único. Sendo assim, o uniforme traz segurança ao aluno, ao mesmo instante que realça suas características individuais.

O uso dos uniformes escolares remete aos primeiros oficiais do exército, foram eles a adotar o uso de uma vestimenta padrão, com cores símbolos, os uniformes escolares por sua vez, trazem também, o nome da instituição as cores que a representa, e o brasão como símbolo principal, sendo assim, espera-se dos alunos que quando estiverem fardados, que honrem e respeitem o uniforme escolar dentro e fora da escola.

Nos dias de hoje os uniformes não são mais prestigiados ou respeitados pelos alunos, a peça perdeu seu lugar de destaque e a situação se torna pior quando as escolas aceitam e releva a não utilização por parte dos alunos. O aluno acaba indo para a escola com a vestimenta que quer, e o pátio da escola se torna uma passarela de moda onde cada um desfila com uma roupa mais bonita ou mais curta que a da colega.

Um fator que contribui com essa banalização, se deve a febre que virou as dancinhas do Tik tok com alunos fardados, a farda das escolas do Rio de Janeiro se tornou as mais conhecidas do mundo. Todo e qualquer usuário dessa rede social, já viu um vídeo de algum aluno dançando de farda, de modo que o próprio algoritmo da rede, usa a rasteg (#) em seu mecanismo de busca.

Um outro fator se deve a exibição de vídeos que tratam erroneamente sobre a obrigatoriedade do uniforme, em muitos deles mencionam que no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), diz que é permitido que o aluno entre na escola sem a farda, contudo, o (ECA) é uma legislação brasileira que estabelece os direitos e deveres das crianças e dos adolescentes e não aborda especificamente o tema do fardamento escolar.

A regulamentação do uso de uniformes escolares é uma questão geralmente tratada em âmbito municipal, por meio de decretos ou regulamentos emitidos pelas Secretarias de Educação das respectivas localidades. Portanto, as regras sobre o fardamento escolar podem variar de acordo com o município e a escola em que a criança ou adolescente está matriculado.

Dessa forma, é importante verificar as normas e regulamentos específicos da escola em questão para obter informações sobre o uso de uniformes. Geralmente, as escolas têm autonomia para estabelecer diretrizes sobre o fardamento, como a obrigatoriedade do uso, os modelos permitidos e outras especificidades relacionadas à vestimenta dos alunos.

No entanto, é importante destacar que o ECA garante outros direitos fundamentais para as crianças e adolescentes, como o direito à educação, à igualdade de oportunidades, ao respeito e à dignidade. Qualquer regulamentação relacionada ao fardamento escolar deve estar em conformidade com esses princípios gerais estabelecidos pelo ECA.

Sabemos que não se pode negar ao aluno o direito a frequentar as aulas pelo simples fato dele não está usando o uniforme, contudo, o uso de justificativas banais como: “minha roupa está suja”, “não deu tempo de secar”, “é só hoje” não devem se tornar costumeiros.

A banalização do uso do fardamento escolar refere-se à diminuição do valor e do respeito atribuídos ao uso do uniforme nas escolas. Tradicionalmente, o fardamento escolar é adotado como uma forma de identificação visual dos estudantes, promovendo igualdade, disciplina e um senso de pertencimento à comunidade escolar.

Existem várias maneiras pelas quais a banalização pode ocorrer. Por exemplo, alguns alunos podem desrespeitar as regras de vestimenta estabelecidas pela escola, como usar roupas inadequadas em conjunto com o uniforme, não usar o uniforme corretamente ou modificá-lo de maneira não autorizada. Além disso, a falta de fiscalização por parte da escola pode contribuir para essa banalização, pois se os alunos perceberem que não há consequências para o não cumprimento das regras, eles podem se sentir encorajados a desrespeitar o uso do uniforme.

A banalização do fardamento escolar pode ter efeitos negativos na comunidade escolar como um todo. Primeiramente, a falta de uniformidade visual pode dificultar a identificação de estudantes dentro e fora da escola, o que pode levar a problemas de segurança. Além disso, a banalização do uniforme pode influenciar negativamente o senso de comunidade e a disciplina dos alunos, uma vez que o uniforme é uma forma de igualdade e coesão entre eles. Também pode afetar a imagem da instituição de ensino, transmitindo uma mensagem de falta de organização e de normas claras.

Para combater a banalização do fardamento escolar, é importante que as escolas estabeleçam regras claras e consistentes em relação ao uso do uniforme. Essas regras devem ser comunicadas aos alunos e às suas famílias de forma efetiva. Além disso, é fundamental que as escolas apliquem medidas disciplinares adequadas quando as regras não forem seguidas, mostrando aos alunos a importância do uso do uniforme e o respeito às normas estabelecidas.

É também importante envolver os alunos na discussão sobre o uniforme escolar, permitindo que expressem suas opiniões e contribuam para a definição das regras. Dessa forma, eles podem sentir um maior senso de responsabilidade e identificação com o uniforme, tornando menos provável a banalização de seu uso.

No entanto, é fundamental ressaltar que a banalização do fardamento escolar pode variar de contexto para contexto, e nem todas as escolas enfrentam esse problema. Cada instituição de ensino deve abordar a questão de acordo com suas necessidades e realidades específicas, buscando sempre o equilíbrio entre a promoção da identidade escolar e o respeito à individualidade dos alunos.

COMO CITAR ESSE TEXTO

FEITOR. Antonio Francisco. A BANALIZAÇÃO DOS UNIFORMES ESCOLARES. Disponível em < coloque a URL aqui > Acesso em: 00/00/0000

Referencias

HOLLANDER, A. O sexo e as roupas. A evolução do traje moderno. Rio de Janeiro: Rocco,1996. 260 p.

MENDONÇA, M. C. M. M. O vestuário e a moda como linguagem artística e simbólica. P. 08. Disponível em: http://wawrwt.iar.unicamp.br/anpap/anais 99/historia22.htm. Acesso em: setembro, 2009.

FARDAMENTO ESCOLAR DAS ESCOLAS PÚBLICAS: alunos, https://faculdadesena cpe.edu.br/encontro-de-ensino pesquisa/2011/III/anais/comunicação/014_2009 _ap_oral .pdf.

Antonio Francisco Feitor[1]


[1]Graduado em Matemática; Especialista em Gestão Escolar - Psicopedagogia Institucional e Clínica, Pós-graduado em Educação Infantil.


Publicado por: Antonio Francisco Feitor

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