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EDUCAÇÃO FÍSICA ADAPTADA PARA DEFICIENTES VISUAIS

Estudo sobre a importância da metodologia adaptada para deficientes visuais

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.

RESUMO

O presente artigo trata-se de um estudo sobre educação Física adaptada para deficientes visuais. Por meio de uma revisão de literatura com pesquisa bibliográfica em que se busca informações em livros, revistas, publicações e demais materiais sobre o assunto. Entre os objetivos está à busca de maiores informações sobre o tema. A Educação Física adaptada aos portadores de necessidades especiais não se diferencia da Educação Física em seus conteúdos, mas compreende técnicas, métodos e formas de organização que possam ser aplicados ao indivíduo com necessidades especiais. É um processo de atuação em que o planejamento se torna imprescindível na medida que visa atender às necessidades de seus educandos. Para que isso ocorra é importante que o professor de Educação Física tenha os conhecimentos básicos relativos ao seu aluno como: tipo de deficiência, as funções e estruturas que estão prejudicadas, se é transitória ou permanente.

Palavras-chave: Educação Física. Deficientes Visuais. Adaptada.

ABSTRACT

This article is a study on Physical Education adapted for the visually impaired. Through a literature review with bibliographic research in which information is sought in books, magazines, publications and other materials on the subject. Among the objectives is the search for more information on the subject. Physical Education adapted to people with special needs does not differ from Physical Education in its contents, but comprises techniques, methods and forms of organization that can be applied to individuals with special needs. It is a process of action in which planning becomes essential as it aims to meet the needs of its students. For this to occur, it is important that the Physical Education teacher has the basic knowledge related to his student, such as: type of disability, the functions and structures that are impaired, whether it is transitory or permanent.

Keywords: Physical Education. Visually Impaired. Adapted.

INTRODUÇÃO

A Educação Física é um grande instrumento de inclusão, que pode causar diversas mudanças positivas, o deficiente visual possui dificuldades de locomoção, em suas capacidades motoras globais, assim como no convívio social.

A partir das diversas atividades e práticas que podem ser desenvolvidas na aula de Educação Física escolar, o professor conta com uma ferramenta muito importante para trabalhar com o aluno com deficiência visual, pois além dos benefícios físicos, ele atua conjuntamente nos processos psicomotores, mentais e sociais

Os principais benefícios da pratica da Educação Física são, uma melhora cardiovascular, fortalecimento muscular, capacidades físicas como: flexibilidade, agilidade, equilíbrio, força e coordenação motora além de trabalhar a lateralidade e noção espaço-temporal, cabe salientar que além disso soma-se as questões voltadas à promoção de interação social, melhora de autoestima, aquisição de confiança entre outros.

DESENVOLVIMENTO

A deficiência visual pode ser definida como a perda total ou parcial, congênita ou adquirida da visão, o nível da acuidade visual pode variar, o que acaba determinado dois grupos de deficiência: Cegueira, onde há perda total de visão ou pouca capacidade de enxergar, levando a pessoa a necessitar do Sistema Braille como meio de leitura e escrita e a Baixa visão ou visão subnormal que se caracteriza pelo comprometimento do funcionamento visual dos olhos, mesmo com tratamento ou correção.

As pessoas com baixa visão podem ler textos impresso ampliados ou com uso de recursos óticos especiais, o deficiente visual, o cego possui condições de frequentar a escola como qualquer outra pessoa, nesse sentido a Educação Física terá grande importância quanto ao desenvolvimento desse indivíduo, as aulas são adaptadas e oferecem recursos de maneira que, ele não fique sem o ensino dessa disciplina.

A Educação Física adaptada possui um papel extremamente fundamental quanto ao desenvolvimento global dos alunos com deficiência, auxiliando-os no desenvolvimento motor, emotivo e intelectual. O Deficiente visual possui condições de frequentar uma escola, bem como ser estimulado, qualquer deficiente poderá desenvolver-se no tempo certo, nesse sentido as aulas de educação Física são de enorme importância para o desenvolvimento desse indivíduo, as aulas são adaptadas e oferecem recursos, de maneira que, o mesmo não fique sem o ensino.

As causas mais frequentes da deficiência visual são congênitas como: retinopatia da prematuridade, corioretinite, catarata congênita, glaucoma congênito, atrofia óptica, degenerações retinianas e deficiência visual cortical. Também podemos destacar as causas adquiridas por doenças como: diabetes; deslocamento de retina, glaucoma, catarata, degeneração senil e traumas oculares (BRASIL, 2005).

A Educação Física adaptada à pessoas com necessidades especiais não diferencia-se da Educação Física em seus conteúdos, mas sim compreende técnicas, formas de organização e métodos que podem ser aplicados ao indivíduo com necessidades especiais, esse processo de atuação em que o planejamento se torna imprescindível na medida em que visa atender as necessidade de seus educandos, e que para isso ocorra de fato é necessário que o professor de educação Física possua os conhecimentos básicos relativos ao seu aluno.

A construção de uma sociedade inclusiva é um processo fundamentalmente importante para o desenvolvimento e a manutenção de um estado democrático, pode-se entender por inclusão a garantia, a todos os indivíduos do acesso contínuo ao espaço comum da vida em sociedade, sociedade a qual deve estar orientada por relações de acolhimento à diversidade humana, de aceitação das diferenças individuais.

Atualmente muito se fala em educação inclusiva, no entanto sabe-se também que as escolas tem muito que evoluir no que diz respeito a esse assunto, não somente para acolher os alunos com deficiência visual, mas também aqueles com outros tipos de deficiência. Existe a necessidade de capacitação de professores e em fazer adaptações para melhor receber esses alunos.

Estamos vivendo uma nova fase da educação. E hoje, mais do que nunca, a pessoa com deficiência, tem a garantia do seu direito constitucional ao acesso à educação, saúde e moradia. Isso devido a várias leis e decretos-lei em favor à pessoa com deficiência. Buscando uma educação voltada para todos, devemos levar em conta que o processo de ensino deve estar voltado para o aluno, onde o professor, conhecendo este, possa abranger no seu planejamento para todos (GORGATTI, COSTA, 2007).

Pedagogicamente delimita-se como cego aquele indivíduo que mesmo possuindo visão subnormal, necessita de instruções em Braille (sistema de escrita por pontos em relevo), e como portador de visão subnormal aquele que lê tipos impressos ampliados ou com o auxílio de potentes recursos ópticos.

O trabalho do professor de Educação Física nesse caso, consistiria em ampliar, tanto quanto possível a experiência motora dessa criança, instigando o seu vocabulário motor, porém respeitando sempre sua integridade física, o desafio consiste em criar mecanismos para que essa criança consiga paulatinamente, conquistar tanto mais domínio de movimento quanto confiança para os executar.

A Educação Física adaptada ao indivíduo cego, trabalha abrangendo o seu desenvolvimento, não somente na área psicomotora, mas também nos aspectos cognitivos, sócias-afetivos e sensoriais, ou seja, ela utiliza o corpo da criança cega como instrumento, ferramenta mor, partindo do conhecimento e domínio desse corpo, ela usa o movimento controlado como meio de interação e compreensão daquilo que a cerca.

De longa data, a educação nacional vem mostrando o quanto necessita de mudanças para atender a todos os alunos, garantido o desenvolvimento escolar destes, e como nesse sentido, a vontade política para enfrentar um programa em favor das transformações de qualidade tem sido preferida pela opção por políticas que a um custo que não exija ampliação significativa da participação da educação na renda nacional e no orçamento público, privilegiam intervenções que tem sido compensatórias ou orientadoras para ações que possam mostrar números indicativos e maior acesso e permanência dos alunos no sistema escolar (FONSECA, 1987, p.33).

O respeito a individualidade do aluno, o prazer da descoberta de poder fazer e crescer com o seu esforço, tendo como fins a potencialidade e o alicerça mento de seu desenvolvimento geral, busca propiciar condições favoráveis à sua trajetória, e a sua emancipação social são os pressupostos de uma estratégia básica.

Diversas formas de trabalhar com situações problemas podem vir a motivar os professores a criar novas estratégias, como atividades de questionamento que são importantes na medida em que motivam os deficientes visuais a pensar sobre seus movimentos, a repensar o que já realizaram, a fazer associações das experiências vividas fora da sala de aula e são nessas situações problemas, nas quais o educador vai extraindo deles as soluções.

Cabe salientar que perante a tanto desrespeito aos deficientes, está mais do que na hora de posições extremadas em defesa de seus direitos violados, sendo a Educação Física um espaço social de comunicação social e de um exercício de cidadania.

A educação inclusiva pode ser definida como a prática da inclusão de todos – independentemente de seu talento, deficiência, origem socioeconômica ou cultural – em escolas e salas de aula provedoras, onde as necessidades desses alunos sejam satisfeitas. (STAINBACK, 1999. P.21).

É extremamente importante contextualizar a Educação Física especial desde os seus primórdios até a atualidade para que se perceba que as escolas especiais são as principais responsáveis pelos avanços da inclusão, muito longe de serem as responsáveis pela negação dos direitos das pessoas especiais, com necessidades educacionais especiais, de terem acesso à educação. A Inclusão ou exclusão das pessoas com deficiência estão ligadas diretamente as questões culturais.

Aulas de Educação Física feitas de qualquer maneira são consideradas exclusivas, isso porque privilegiam um pequeno segmento da população estudantil deixando de lado as pessoas que realmente precisam de motivação para pegar o gosto pelas práticas físicas, a Educação Física deve inverter no máximo a exclusão, incentivando a participação de todos e buscando sempre isso para procedimentos que nivelem as habilidades individuais.

A área da Educação Física possui como objetivo o estudo da motricidade humana para as pessoas com necessidades educativas especiais, adequando metodologias de ensino para o atendimento às características de cada portador de deficiência, respeitando sempre suas diferenças individuais.

Princípio da inclusão Os conteúdos e estratégias escolhidos devem sempre propiciar a inclusão de todos os alunos. Princípio da diversidade A escolha dos conteúdos deve, tanto quanto possível, incidir sobre a totalidade da cultura corporal de movimento, incluindo jogos, esporte, atividades rítmico-expressivas, dança e lutas/artes marciais, ginásticas e práticas de aptidão física e, com suas variações e combinações. Princípio da complexidade Os conteúdos devem adquirir complexidade crescente com o decorrer das séries, tanto do ponto de vista estritamente motor (habilidades básicas à combinação de habilidades, habilidades especializadas, etc.) como cognitivo (da simples informação à capacidade de análise, de crítica, etc.). Princípio da adequação ao aluno Em todas as fases do processo de ensino deve-se levar em conta as características, capacidades e interesses do aluno, nas perspectivas motora, afetiva, social e cognitiva (BETTI; ZULIANI, 2002, P. 73-81).

Indo além da cultura corporal de movimento, a Educação Física como instrumental a serviço da inclusão dos deficientes visuais deve sempre levar em consideração aspectos fundamentais desses professores, tais como, percepção de que há uma enorme diversidade de atividades que podem ser desenvolvidas de for adaptadas aos graus de deficiência, tais como baixa visão e perda visual gradual.

O profissional da educação ou professores que realizam trabalhos com pessoas com deficiência visual, sejam eles cegos ou com baixa visão, devem sempre estar atentos para suprir as informações visuais, ao aproximar-se ou afastar-se do grupo, deverá informar tais ações, sendo que com o tempo o grupo vai sentindo maior segurança, dispensando então informações mais detalhadas.

A ação pedagógica visa orientar pelo cuidado e pela finalidade de estabelecer uma relação de segurança e de alteridade, onde mundos e relações se interagem.

O medo e a dependência podem caracterizar algumas pessoas com deficiências visuais, independentemente da perda visual ser congênita ou adquirida. Essas características podem se desenvolver em decorrência da superproteção experimentada pelas pessoas cegas, e não da falta de visão. Essa superproteção costuma acarretar a redução do número de oportunidades para tais alunos explorarem o ambiente com liberdade, o que pode causar atrasos no desenvolvimento perceptivo, motor e cognitivo (WINNICK, 2004, p.184).

Podemos ver hoje em dia uma real necessidade de se fazer à inclusão porque isso é mais do que uma palavra que está na moda, ela nos remete à consciência  perante todos os fatos que tem acontecido no mundo, o qual temos que tornar a nossa sociedade mais igualitária e justa. Além da família, escola e o ambiente onde os conceitos de igualdade e respeito devem ser difundidos para que a criança possa ter consciência de que todos nós independente de termos algum tipo de deficiência, somos iguais e possuímos os mesmos direitos.

Algumas restrições são causadas pela super proteção da família, professores e até mesmo estranhos, que acham que o deficiente visual não é capaz de realizar coisas, e acabam assim reduzindo as oportunidades desses indivíduos de explorar o ambiente, acabando ensinando-os de que são incapazes e totalmente dependentes, o que acarreta em atrasos em suas capacidades de cognição de movimentos e percepção.

No caso de deficiência visual, o educador deverá se assegurar de que o aluno esteja familiarizado com o espaço físico, inclinações do terreno, percursos e diferenças de piso, tais informações são úteis, pois previnem lesões, acidentes e quedas.

A Educação Física adaptada foi criada com o objetivo de propiciar o desenvolvimento motor e físico do aluno, o desenvolvimento dos padrões fundamentais de movimento e a aquisição de habilidades especiais. Para tanto, os professores precisam identificar as necessidades e capacidades individuais, compreender o processo de desenvolvimento que se dá no decorrer da vida de cada um de seus alunos e priorizar metas a longo prazo, já que todo o seu trabalho fará parte de um longo processo. (OLIVEIRA, 1994, p. 10).

No Brasil ainda existe uma falta de estrutura e de equipamentos apropriados nas escolas, tal falha acaba impedindo a participação e favorece a exclusão dos alunos cegos que através de adaptações poderiam ser inclusos nas atividades propostas, a criança com deficiência além de ter de se adaptar as disciplinas, tem de se dividir a outras atividades como aulas de Braille, orientação, terapia e mobilidade, que acabam lhe acarretando em uma falta de tempo em programas de atividade física.

O brincar estimula a exercitar a interação, apropriação de regras, rotinas diárias, de movimentar-se e se tronar independente, desenvolver o físico, a mente, a afetividade e a auto estima. Se essas habilidades forem desenvolvidas na infância através do brincar, servindo como auxílio no desenvolvimento e na aprendizagem da criança nos anos seguintes.

Em muitos casos é preciso a adaptação dos objetos para que a criança tenha acesso, interaja e que lhe faça sentido, isso vai do olhar atento do mediador para que essa interação para tornar para a criança um momento prazeroso e de aproveito para a criança em todos os sentidos.

No que tange às possibilidades de participação nas aulas de Educação Física Escolar, a Lei Brasileira de Diretrizes e Bases da Educação – 9394/96 (BRASIL, 1996), em um capítulo destinado especificamente à questão dos alunos com necessidades educacionais especiais, destaca a necessidade de que alunos com deficiência sejam atendidos na rede regular de ensino, reforçando o que a Constituição Federal, anos antes, já havia colocado como prerrogativa (BRASIL, 1988).

A Educação Física Escolar passou a ser obrigatória nas escolas públicas no século XIX e consistiam em aulas corretivas para os alunos considerados normais, no entanto como passar dos tempos, ocorreu uma evolução na Educação Física no sentido de melhorar a prática pedagógica que supre as necessidades de pessoas com deficiências.

A educação Física Adaptada procura tratar o aluno sem que haja desigualdades, tornando sua autoconfiança e autoestima mais elevadas através da possibilidade de execução das atividades em consequência da inclusão.

Devido a isso faz-se necessário o desenvolvimento da autonomia da criança com deficiência visual para a realização de atividades da vida diária e escolar, identificando e descrevendo técnicas de reconhecimento do local e adaptações diárias.

A escassez de informações visuais pode ocasionar, caso a criança não seja adequadamente estimulada, prejuízos em diversos aspectos de seu desenvolvimento, tais como atrasos no campo motor, cognitivo, emocional e social (ALVES; DUARTE, 2005).

No que se refere ao desejo de aprender, os alunos com deficiência visual não diferem-se dos demais colegas, seus interesses, curiosidades, necessidades gerais relacionam-se na formação da identidade do indivíduo e em seu desenvolvimento.

Os alunos com deficiência visual necessitam de um ambiente onde seja estimulado por mediadores e precisam de condições favoráveis a fim de explorar suas particularidades, os mesmos devem ser tratados como qualquer outro aluno, no que diz respeito ao direito, norma, dever, regulamento, disciplina e outros aspectos de vida escolar.

Os alunos inseridos no ensino regular devem ser tratados de maneira igualitária, respeitando suas particularidades, para que em seu processo de inclusão ocorra uma maior interação social, proporcionando uma melhor participação em atividades da vida cotidiana.

Assim, a falta da visão não interfere na capacidade intelectual e cognitiva. Esses alunos têm o mesmo potencial de aprendizagem e podem demonstrar um desempenho escolar equivalente ou superior ao de alunos que enxergam mediante condições e recursos adequados. (SÁ,2007).

Pessoas com deficiência sofrem muitos preconceitos, o que acaba tornando mais difícil a adaptação e a exploração do mundo externo, pois a sociedade lida com a deficiência como algo diferente, no entanto ela está mais presente do que imagina-se e deve ser tratada com respeito e sem a visão de que são dependentes de outras pessoas, como se não fossem capazes de ter uma vida autônoma, a cegueira é traumática e perturba o imaginário do deficiente visual, além de encontrarem diversas dificuldades motoras e físicas.

Assim sendo a Educação Física é extremamente importante no que diz respeito à inclusão do aluno, pois além de proporcionar a inclusão e a relação entre os colegas, a Educação Física proporciona uma visão motora a qual auxilia no aprendizado do aluno em equilíbrio estático e em suas capacidades físicas e básicas que promove uma melhor qualidade de vida, autoestima e autonomia do indivíduo.

É importante que se tenha atenção à alguns cuidados nas aulas com aluno DV para que se evitam possíveis problemas com no andamento da aula. O professor deve estar ciente de que o comando verbal é o primeiro contato para boa relação com o aluno e aluno-aluno; explicar de forma clara e objetiva; não mudar o local da atividade, para que o aluno não perca a direção da origem da informação; quando o comando verbal não for suficiente, passar as informações através do tato; incentivar autonomia, orientando sobre o espaço físico onde estão os materiais da quadra, para que organize seu mapa mental.

CONCLUSÃO

A Educação Física através de seus conteúdos deve ser aplicada tanto para o deficiente visual como para aquele que consegue enxergar normalmente, o que diferencia são as metodologias e estratégias que sejam capazes de realmente colocar esse alunos como parte integrante e ativa em aula, fazendo também com que ele tenha maior conhecimento do seu corpo e suas possibilidades, isso pode ser realizado através de técnicas táteis, de sombra com o auxílio de guias, fazendo adaptações nos materiais e utilizando também maquetes.

Atualmente a educação tem um grande desafio, que é de garantir o acesso aos conteúdos básicos que a escolarização deve proporcionar a todos os indivíduos, inclusive aqueles que possuem necessidades educacionais especiais.

O apoio familiar nesse processo de integração do aluno é de suma importância, pois muitas vezes tornam-se super protetoras e acabam por limitar suas capacidades e habilidades por medo ou receio e para que sejam inclusos de forma digna e para que os mesmos possuam seus direitos assegurados pela Lei, todo um processo é necessário para o sucesso de sua inclusão.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ALVES, Maria Luíza Tanure; DUARTE, Edison. A inclusão do deficiente visual nas aulas de educação física escolar: impedimentos e oportunidade. Acta Scientarium. Human and Social Sciencies, Maringá, v. 27, n.2, jul./dez. 2005.

BETTI, M., ZULIANI, L.R. Educação Física escolar: uma proposta de diretrizes pedagógicas. In Revista Mackenzie de Educação Física e Esportes. São Paulo: 2002.

BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Brasília: Imprensa Oficial, 1988.

BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros Curriculares Nacionais da Educação Física. 2.ed. Brasília: MEC/SEF, 2005.

FONSECA, Vitor. Desenvolvimento Psicomotor e Aprendizagem. Porto Alegre: Artmed, 1987.

GORGATTI, M. G.; COSTA, R. F. Atividades físicas adaptadas. São Paulo: Manole, 2005.

OLIVEIRA, M. T. F. de. Natação para crianças portadoras de deficiência visual total, na faixa etária de 0 a 3 anos de idade. Monografia. Curitiba: PUC-PR, 1994.

SÁ, Elizabet Dias; CAMPOS, I.M.; CAMPOLINA, M. B. S. Formação Continuada a Distância de Professores para o Atendimento Educacional Especializado Deficiência visual. SEESP/ SEED/ MEC. Brasília-DF, 2007. Disponível em:http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/aee_dv.pdf. Acesso em 02 Maio 2022.

STAINBACK, S.; STAINBACK, W. Inclusão: um guia para educadores. Porto Alegre: Artmed, 1999.

WINNICK. J. P. Educação Física e Esportes Adaptados. Trad.: Fernando Augusto Lopes. São Paulo: Ed. Manole, 2004.


Publicado por: Rui Alberto Bartmer

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.