A Importância do Lúdico na Educação Física
Estudo sobre A importância do lúdico na Educação Física.O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.
RESUMO
O presente artigo trata-se de um estudo sobre A importância do lúdico na Educação Física. Por meio de uma revisão de literatura com pesquisa bibliográfica em que se busca informações em livros, revistas, publicações e demais materiais sobre o assunto. Entre os objetivos está à busca de maiores informações sobre o tema. O presente trabalho visa demonstrar com as atividades e jogos, o quanto o lúdico é importante para a Educação Física, de maneira que seja possível vivenciar momentos infantis, transformados em brincadeiras e jogos os quais podem ser trabalhados durante as aulas, a fim de que os alunos possam aprender através da imaginação e criatividade do professor com suas atividades, transformando algumas delas em momentos prazerosos, dando espaço tanto para o conhecimento quanto para o seu desenvolvimento.
Palavras-chave: Educação Física. Lúdico. Criatividade.
ABSTRACT
This article is a study on the importance of play in Physical Education. Through a literature review with bibliographic research in which information is sought in books, magazines, publications and other materials on the subject. Among the objectives is the search for more information on the subject. The present work aims to demonstrate, with activities and games, how important play is for Physical Education, so that it is possible to experience children's moments, transformed into games and games which can be worked on during classes, so that children students can learn through the teacher's imagination and creativity with their activities, transforming some of them into pleasurable moments, giving space both to knowledge and to its development.
Keywords: Physical Education. Ludic. Creativity.
1 INTRODUÇÃO
O lúdico é um tema que vem conquistando espaço no panorama nacional, por ser a ludicidade uma atividade voltada para a recreação e o lazer, oferece enormes contribuições para a educação, favorecendo a aprendizagem infantil, a produção do conhecimento e o aprimoramento corporal, desenvolvendo aspectos ligados à emoção, prazer, à afetividade e ao bem estar.
A Educação Física serve para exercitar o corpo e se movimentar, consequentemente as crianças não imaginam que através das brincadeiras, o professor desenvolve diversos aspectos educacionais, como psicomotor, cognitivo e socioafetivo, utilizando a cultura corporal do movimento como uma ferramenta para o desenvolvimento do aluno.
A busca por metodologias adequadas para o desenvolvimento de atividades lúdicas nas aulas de Educação Física, visam propiciar momentos lúdicos aos alunos de forma motivadora, bem como preparar os professores para desenvolvê-las.
2 DESENVOLVIMENTO
A ludicidade possui um papel de suma importância na evolução infantil, o faz de contas, jogos, brinquedos e brincadeiras, são importantes para a formação plena da criança, inserindo valores éticos e confiança em seu meio de aprendizagem, ao transpor as barreiras que os jogos propõem de maneira lúdica, as crianças reconhecem posteriormente qual a melhor forma de agir perante determinadas situações diárias. Brincadeiras e jogos estão presentes em todas as fases do desenvolvimento humano, onde a atividade lúdica é um meio indispensável de relacionamento interpessoal, estimulando a criatividade.
A Educação Física é uma disciplina muito aceita pelos alunos, especialmente pelas crianças, o aspecto lúdico é um instrumento fundamental na mediação do processo de aprendizagem, sendo ainda mais eficaz em crianças, tendo em vista que os sonhos infantis misturam-se com a realidade, ato que facilita a utilização do pensamento, desenvolvimento social, concentração, pessoal e cultural, facilitando o processo de construção do pensamento.
O lúdico auxilia no desenvolvimento dos aspectos cognitivos, afetivo social e motor, ao brincar com jogos que envolvam disputas de equipes, as crianças descobrem-se participantes de um meio social. Ao deixar de pensar de maneira individual, as crianças criam laços afetivos, aproximando-se daqueles com os quais se identifica, criando elos, os quais muitas vezes serão para toda a vida.
A palavra ludicidade origina-se do latim “ludus”, cujo significado é jogo. Assim, o jogo é caracterizado como movimento espontâneo, realizado através da ação de brincar. O estudo da psicomotricidade trouxe o lúdico como traço essencial do comportamento humano, sendo o jogo uma necessidade básica da personalidade, da mente e do corpo. “Na atividade lúdica, o que importa não é apenas o produto da atividade, o que dela resulta, mas a própria ação, o movimento vivido.” (ALMEIDA, 2009).
Cabe salientar que uma proposta para a Educação Física deve sempre respeitar a diversidade humana em qualquer de suas expressões, cor, raça, gênero, biótipo, deficiência, sexualidade, etnia, aceitando e elegendo as diferenças individuais como fator de enriquecimento cultural. Dessa forma será possibilitada a todas as crianças da escola, uma maior oportunidade de aprendizagem, interação com seu meio sociocultural e uma maior convivência positiva e rica entre todos os alunos.
Em um processo de longo prazo, a Educação Física deve levar o aluno a descobrir sentidos e motivos nas prática corporais, favorecer o desenvolvimento de atitudes positivas para com elas, levar à aprendizagem de comportamentos adequados à sua prática.
A curiosidade pelo saber depende da autoestima e do autoconceito dos alunos, melhor desenvolvidos num clima favorável à afetividade. É preciso acreditar que a cada nova jornada lá de se adquirir maior habilidade para transpassar os obstáculos, que a competência atual pode ser aprimorada, que se pode investir em si mesmo para a continuidade do jogo, desejando chegar ao final. Assim, esse terceiro critério refere-se à criação de um clima lúdico de ensino, de modo que a carga efetiva implicada na atividade lúdica contribua para a curiosidade pelo conhecimento. O reconhecimento (autoconceito) e a valorização (autoestima) das próprias capacidades se emolduram num cenário em que jogo instaure confiança, segurança e aceitação mútuas, criando e mantendo a curiosidade e o interesse pelo conhecimento. Desse modo, o conhecimento se torna singularmente objeto de curiosidade. A criança testa, sem medo, todo o seu potencial. Nisso reside a flexibilidade e a frivolidade, como expressões do jogo.
Utiliza-se da atividade física como impulsionadora dos processos de desenvolvimento e aprendizagem. Trata das aprendizagens significativas, espontâneas e exploratórias da criança e de suas relações interpessoais. Focaliza-se na criança pré-escola, destacando sua pré história como fatos de adoção de estratégias pedagógicas e planejamento. Busca analisar e interpretar o jogo infantil e seus significados. Aproxima a história da Psicomotricidade a da Educação Física. Tem na Psicomotricidade seus objetivos funcionais, onde os mecanismos de regulação, entre o sujeito e o seu meio permitam o jogo da adaptação que implica no processo de: assimilação e acomodação. Onde a assimilação é a transformação das estruturas próprias em função das variáveis do meio exterior. (LE BOULCH, 1982).
Contextualizar as atividades lúdicas e recreativas, portanto, é o primeiro processo de ensino aprendizagem, por assim entender que a relação de grupo e a convivência com a diversidade cultural, são fatores primordiais e decisivos no processo de formação humana da criança. Ignorar este início do processo formativo e cognitivo na educação infantil é no mínimo não pensar numa qualidade eficiente no futuro destes pequenos estudantes.
Cabe ressaltar que a recreação, o lazer e a diversão, são conceitos extremamente importantes na vida do ser humano, visto que o ser humano sempre está relacionando-se com o brincar em todas as fases da vida. Nesse sentido a brincadeira torna-se uma forma de aliviar o estresse, produto de uma vida agitada, a brincadeira, a descontração, o criar e o recriar podem ser entendidos de diversas maneiras em diferentes épocas e culturas, porém o principal objetivo com certeza é estar de bem com a vida.
Pode-se observar que atualmente o lúdico encontra-se voltado para um estado de complementação do ser como indivíduo, nesse sentido o brincar, o crescer e o desenvolver com atividades lúdicas na escola é essencial para o desenvolvimento enquanto criança, e comprova a necessidade da identificação de fatores que estabelecem o seu desenvolvimento integral, proporcionado pela estimulação de suas habilidades psicomotoras.
Reencontrar o lúdico, entender o seu valor revolucionário, torna-se imperativo se se deseja preservar os valores humanos no homem. Da mesma forma, através dele podemos resgatar a criatividade, ousando experiências o novo, acordar do estado vegetativo, improdutivo, disfuncional do corpo ou da mente e escolher tornar-se homem, resistindo às experiências de vida desumanizantes, acreditando em si, em suas ideias, sonhos e visões, elementos, entre outros, percebidos como intrínsecos dos homens e da humanidade. (KLEIN, 1991, p. 157).
Sendo assim aplicar as atividades lúdicas nas aulas de Educação Física e de suma importância tendo em vista que estimulam a criatividade proporcionando uma aprendizagem qualitativa, partindo de princípios que estimulem o seu desenvolvimento cognitivo, social, afetivo e psicomotor.
O lúdico permite lidar com sentimentos confusos e opressivos que a realidade desperta, e com isso ir acumulando experiência enriquecida pela convivência com os mais velhos, que irá culminar no aprendizado dos limites do corpo e da amplidão do espaço circundante, pode-se destacar que há diferença entre o jogo com conteúdo de Educação Física e o jogo como elemento de ludicidade.
Apesar de ainda termos muito que aprender ao inserir o lúdico nas atividades escolares, cabe ao educador dinamizar sua aula, de forma que esta não seja interpretada como uma simples brincadeira, ou ser entendida pelo aluno como um nada, é importante que este esclareça que a socialização, a integração social, e até mesmo o desenvolvimento da linguagem fazem parte dos principais objetivos das atividades lúdicas.
Santin (1990, p.27) O indivíduo que brinca é espontâneo, e no ato de brincar, a realidade é transformada, personagens e mundos de ilusão são criados, colocando-se diante de desafios, riscos, de imprevistos, de suspense. O jogo lúdico apresenta uma dimensão humana que proporciona alegria e euforia a criança ao perceber suas possibilidades e a oportunidade de representá-las e retratá-las.
O profissional de Educação Física deve-se manter atento em relação ao contexto institucional de ensino/aprendizagem da sua disciplina, procurando sempre disponibilidade para posicionar-se face ao estado atual e futuro da reflexão direcionada ao sistema de ensino para a disciplina de educação física. Nesta abordagem as discussões quanto à estrutura dos jogos inclui, ainda, os jogos de construção como transição no meio físico e social da criança, onde realmente ocorrem os jogos que os relaciona com as condutas lúdicas. Neste aspecto, os jogos são estruturas importantes para a inteligência humana, considerando-se este um espaço em que a criança está explorando e construindo o saber.
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais de (1997) (PCNs), o trabalho de Educação Física nas séries iniciais do Ensino Fundamental é importante, pois possibilita aos alunos terem desde cedo, a oportunidade de desenvolver habilidades corporais e de participar de atividades culturais, eles ainda fazem referência a particularidades individuais e as experiências anteriores do aluno ao se deparar com diversas situações que compõem o ponto de partida do processo de ensino e aprendizagem.
O lúdico pode se caracterizar assim, o sentimento, os questionamentos, prática social, mediação professor/aluno, habilidades, autonomia, responsabilidades, senso crítico e aprimoramento de estruturas mentais, como atenção, percepção e raciocínio.Com isso, a criança será, também, um construtor do saber, privilegiando a criatividade, imaginação, por 5 sua própria ligação com os fundamentos do prazer. Não comporta regras preestabelecidas, nem velhos caminhos trilhados, abre novos caminhos, vislumbrando outros possíveis. Com isso, observamos que o lúdico serve como uma forma para apresentar os conteúdos através de propostas metodológicas, fundamentada nos interesses daquilo que pode levar o aluno a sentir satisfação em descobrir um caminho interessante no aprendizado.
Soler (2007, p.6). A Educação Física é, na sua essência, interdisciplinar, pode-se aproveitar o interesse das crianças por atividades físicas, já que estão na fase em que enxergam o mundo através do corpo para apresentar temas que elas ainda não conhecem. Durante os jogos, podemos ensinar e aprender noções de escrita e matemática, e partir do que a criança já conhece é sempre o melhor ponto de partida, pois, a partir daí podemos ir criando desequilíbrios, ou seja, ir gerando novos objetivos a serem alcançados, fazendo com que ela aprenda cada vez mais. As atividades físicas exercitam as habilidades necessárias para a criança atingir o estágio de prontidão, pois é a partir daí que alcançam o desenvolvimento motor necessário para a leitura e escrita.
Quando a criança joga, ela opera com o significado das suas ações, o que a faz desenvolver sua vontade e ao mesmo tempo tornar-se consciente das suas escolhas e decisões. Por isso, o jogo apresenta-se como elemento básico para a mudança das necessidades e da consciência. Nesse contexto de jogos e brincadeiras, é importante refletirmos sobre duas possibilidades de entendimento do fenômeno lúdico: o instrumental e o essencial. A criança mesmo na brincadeira passa a entender que se pode ser sério e respeitar às diferenças que o cerca durante a vida, assim, sua formação deve ser acompanhada pelos pais e professores para que possam ajudá-los na solução das dificuldades.
Quando o aluno é motivado à vontade de aprender é maior, pois estudar não é uma atitude que surge de uma hora pra outra e não é com qualquer atividade que ficam satisfeitos, sendo em algumas situações enfrentada com obrigação e para que isso possa ser bem progressivo, o professor deve provocar a curiosidade dos alunos, seguindo as continuidades de planejamento em sala de aula.
Para o professor de educação física a preparação de sua aula voltada para uma modalidade esportiva é muito mais fácil, do que, uma aula voltada às as atividades lúdicas, pois, a complexidade pela flexibilização de regras e o improviso que uma aula lúdica possibilitam e exigem do professor mais preparo na elaboração e na execução da mesma. Alguns profissionais na maioria das vezes não possuem esse perfil, não se aperfeiçoam, ou até mesmo acham mais viável trabalhar uma modalidade com regras e tempo de duração definidos. Podemos exemplificar, o esporte.
Por meio das brincadeiras, as crianças estão em contato físico e social com os outros, adquirem confiança em suas habilidades e praticam usando a imaginação. As brincadeiras oferecem modos socialmente aceitáveis de competir, despender energia e agir de modo agressivo. O declínio do egocentrismo e o crescimento das habilidades cognitivas permitem que as crianças em idade escolar interajam de modo mais significativo com os amigos. (GARCIA, 2010, p.6).
A programação de atividades lúdicas necessita de planejamento e desses identificar objetivos, pois não podemos deixar acontecer apenas o imaginário pelo imaginário e sim instigar o aluno para o mundo mágico da imaginação, ou o jogo pelo jogo, pois se o fizermos, estaremos apenas recreando nossos alunos e para que consigamos alcançar o ápice da ludicidade é importante que façamos reflexões a cada momento sobre as propostas oferecidas e essas devem ser acompanhadas com a participação efetiva dos alunos para que possamos inserí-las como processo de ensino e aprendizagem.
Um fator importante no desenvolvimento do lúdico é a preparação dos profissionais de educação física para ministrá-lo, a capacitação deve ser contínua, pois, as metodologias e inovações nos dias atuais acontecem com uma velocidade intensa, e, os professores da área não podem afugentar-se destas atividades em suas aulas.
Propiciar aulas dinâmicas envolventes e com objetivos definidos se torna uma missão cada vez mais árdua aos professores de educação física, principalmente em se tratando do lúdico para o ensino médio, pois, infelizmente muitos professores acham mais cômodo trabalhar com o esporte em si, o mesmo, gera menos planejamento e desafios do que uma aula de atividades lúdicas .É fundamental que os profissionais de educação física busquem novas formas de possibilitar aulas dinâmicas que resgatem esse ato de brincar, realizando a tarefa com prazer , enfatizando o lazer e a importância das relações, sem competitividade definida .
A recreação na escola é, talvez, o mais antigo trabalho de recreação que se tem conhecimento. Porém, cada vez mais, vai tomando um aspecto diferente, pois o próprio ambiente escolar vem se transformando. Os professores de sala e os professores de Educação Física desenvolviam atividades simples, sempre com o intuito de desenvolvimento psicomotor e cultural dos alunos. Pouco a pouco, vão abrindo espaço para recreação mais ampla, desenvolvida até mesmo fora do horário de aula. A Neste caso, o espírito é muito mais lúdico, realizando atividades simplesmente em busca do prazer da diversão. (ROSADO, 2007).
O lúdico oportuniza os alunos vivenciarem situações que podem contribuir com a formação necessária para sua personalidade, possibilitando a integração com diversos grupos sociais de forma prazerosa e produtiva. A partir do instante em que são apresentadas atividades lúdicas (jogos e brincadeiras) surge uma resistência por parte dos alunos, talvez pela falta da aplicabilidade nas aulas, sendo assim, se os professores não os motivarem à prática eles não participam e com isso podem estar perdendo de vivenciar atividades importantíssimas no seu desenvolvimento como: interagir, socializar, representar, ser espontâneo, testar seus limites, correr, saltar, agachar.
A Educação Física, integrada às demais ciências, coordena um trabalho de reestruturação do corpo (movimento), associada às funções que integram a “personalidade”, daí a sua importância na construção da cidadania das crianças. Atividades como a prática esportiva, a dança, a música, o teatro tornam-se indispensáveis ao desenvolvimento e, assimilando estruturas básicas de comportamento que vão auxiliar a formação. Na simples prática esportiva, além de desenvolver os movimentos amplos e finos do corpo, a criança vivencia inúmeras funções intelectuais, como cálculo, posição, velocidade, equilíbrio, bem como normas de cooperação social.
A postura do professor é fundamental, ele tem que agir como mediador da brincadeira, transformando a mesma em aprendizado de fato. É também através do jogo que se permite desenvolver o conhecimento da criança.
O poder do jogo, de criar situações imaginárias, permite à criança ir além do real, o que colabora para o seu desenvolvimento. No jogo, a criança não é mais do que é na realidade, permitindo-lhe aproveitamento de todo o seu potencial. Nele a criança toma iniciativa, planeja, executa, avalia, enfim, ela aprende a tomar decisões, a introjetar o seu contexto social na temática do faz-de-conta. Ela aprende e se desenvolve. O poder simbólico do jogo do faz-de-conta abre um espaço para a apreensão de significados de seu contexto e oferece alternativas para novas conquistas no seu mundo imaginário. (KISHIMOTO, 1993, p.50).
O professor necessita saber como proporcionar aos alunos um amplo aprendizado com atividades adequadas, objetivos bem definidos, que contribuam para a expansão cultural e social, intelectual e psicológica dos alunos de modo integral. O professor pode se utilizar do lúdico como um dos instrumentos de sala de aula. Os estudiosos estão cada vez mais convencidos de que grande parte das habilidades de inserção da criança na sociedade é adquirida na interação com os pares e ocorre na maioria das vezes durante o brinquedo, sendo, portanto fundamental para seu desenvolvimento tanto social, como cognitivo e afetivo.
O professor precisa prover meios para despertar no aluno interesse pelos estudos, levando-o a sentir, pensar, agir e representar, a fim de que ele mesmo se encarregue de buscar os infinitos conhecimentos e experiências, os quais contribuem e enriquecem o seu desenvolvimento intelectual. Ao representar este algo interessante e desafiador para as crianças, permite que participem ativamente, oportunizando o avanço da maioria.
CONCLUSÃO
Após estudos realizados, foi possível reconhecer que o lúdico está intimamente relacionado com as práticas da Educação Física, pois enquanto brincam as crianças expressam seus sentimentos, suas emoções, suas interações, aprimorando suas capacidades de memória e raciocínio, de forma alegre e prazerosas, possibilitando ao professor uma análise global do educando, visando o desenvolvimento global da criança nesta fase de desenvolvimento.
A diferença que existe em brincadeira e jogo, mostra o que cada um deles tem em relação com a ludicidade para o divertimento em todas as idades, buscando através da recreação desenvolver momentos prazerosos. E daí, que o brincar demonstra o quanto a imaginação e a criatividade da criança pode ser um meio de conhecer e descobrir muito sobre a criança, ensinando os limites e analisando suas habilidades. Para que, possa auxiliar na resolução de problemas, deficiências ou síndromes, na área inclusiva, assim, estimulará o aluno com necessidade especial, a se desenvolver brincando.
É reconhecido o papel das atividades voltadas para a ludicidade no desenvolvimento da criatividade, da segurança e autoestima, do autoconhecimento corporal e assimilação de regras e limites. Ainda é necessário ressaltar que as brincadeiras devem valorizar as características de cada um, proporcionando assim uma melhor compreensão de si e do mundo a sua volta. Sendo assim concluiu-se que os professores estão despreparados e desmotivados quanto à efetivação das brincadeiras lúdicas nas aulas de recreação, devido à falta de valorização dada a Educação Física em caráter lúdico-recreativo, sendo ela considerada dessa forma por alguns professores.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
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SOLER Reinaldo. Jogos Cooperativos (Se Competir é Importante, Cooperar é Essencial). 2007 p,6. Acessado em 09/12/13. Disponível em http://scholar.google.com.br/scholar?hl=ptBR&q=jogos+ludicos+segundo+soler&btnG=&lr. Acesso em 10 Setembro 2022.
Publicado por: Igor Macedo de Barros
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