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O Processo de Industrialização e a Concentração Econômica Brasileira

Análise sobre o processo de industrialização e a concentração econômica brasileira.

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Quais Eram as Características Concentradoras do Início da Industrialização Brasileira? Onde se Concentravam as Primeiras Industrias Brasileiras no Início do Século XX?  Como se Mede o Grau de Concentração Econômica de Um País?

O modelo industrial brasileiro foi o responsável pela concentração econômica do no Brasil e, por ser centrado na substituição de importações, no início da industrialização brasileira esse modelo também possuía características concentradoras, tais como a produção de bens de consumo duráveis, o capital na produção intensificado, entre outros ([1]).

O eixo concentrador industrial se efetivou inicialmente no Sudeste, mais precisamente na região de São Paulo e Rio de Janeiro, devido à forte influência dos cafeicultores e às construções das estradas de ferro pelo Barão de Mauá, que facilitavam os transportes de cargas de café, e depois de outros produtos agrícolas (como açúcar, algodão, entre outros).

Conforme os autores Lacerda et al. (2010), o Barão de Piracicaba construiu uma fábrica têxtil na cidade de São Paulo em 1872, e a partir disso foram sendo criadas outras empresas, como as indústrias Matarazzo, construídas a partir de 1881 em São Paulo, e o comércio de porcos, toucinho, têxtil, entre outros.

A partir de 1900 surgiram muitas indústrias no Brasil que contribuíram para o rápido crescimento do país, concentrando-se em outras regiões além do Sudeste, como o Sul, o Nordeste e o Centro-Oeste do país, e com isso a população do país foi aumentando. Porém, a crise financeira de 1929 e as guerras mundiais impactaram por um longo período no atraso no desenvolvimento do país e do mundo.

O processo de industrialização foi crucial para a geração de renda e a concentração econômica no Brasil e, para entender como se estabelece a concentração econômica, é possível fazer um cálculo. O cálculo da concentração econômica é uma medida muito comum, utilizada para medir o grau de concentração econômica, ou seja, qual região do Brasil é mais economicamente desenvolvida.

Essa medida funciona da seguinte forma: calcula-se a proporção do faturamento das quatro maiores empresas de cada um dos ramos de atividade sobre o faturamento total do mesmo ramo. Essa fórmula pode ser representada assim:

_ Quanto mais próximo de 100% for o resultado da concentração econômica, maior é o grau de concentração e menor é a concorrência; e quanto mais próximo de 0% for o resultado, menor é a concentração e maior é a concorrência do setor.

As regiões mais industrializadas do Brasil são as que detêm a maior concentração econômica. Essas regiões estão no Sudeste e Sul do Brasil, pois as condições climáticas e a localização foram primordiais para que a industrialização ali se firmasse.

O modelo de industrialização brasileira por substituição de importações, segundo Lacerda et al. (2010), foi delineado pela Comissão Econômica para a América Latina (Cepal), organismo da ONU criado em 1948. O período pós-guerra foi de importância vital para que a industrialização se impulsionasse no país. E os governos de Getúlio Vargas e de Juscelino Kubitschek foram decisivos para que a industrialização brasileira ganhasse impulso novamente.

O período entre 1950 e 1980 foi de maior crescimento da indústria no país, com o surgimento de grandes empresas como a Petrobras, as indústrias de base, entre outras que foram lançadas nessa época – as quais modificaram a estrutura econômica do país sobre a produção e a força de trabalho, gerando um grande deslocamento das pessoas da zona rural para as cidades.

Nas décadas de 1990 e 2000, a industrialização brasileira passou a ter uma influência maior do comércio internacional, com uma abertura comercial devido aos acordos de livre comércio. A tecnologia impulsionou e tem impulsionado a economia brasileira, principalmente para a desconcentração econômica. As regiões pouco industrializadas, por exemplo, têm aumentado a sua capacidade econômica com as indústrias que têm se deslocado das regiões industrializadas em busca de mais espaço e menos concorrência.

O governo tem grande influência sobre a economia de um país, pois nos momentos em que os governantes atuaram de forma eficiente, a economia brasileira obteve seus melhores desempenhos, contribuindo para o desenvolvimento do Brasil.

Houve também muitos momentos em que o país enfrentou a recessão econômica, e os governantes não conseguiram conter a inflação e as taxas de juros. E por isso, alguns governantes brasileiros desenvolveram planos econômicos para tomar medidas para tentar conter a instabilidade econômica.

REFERÊNCIAS

LACERDA, A. C. de L. et al. (org.). Economia brasileira. 4. ed. São Paulo: Saraiva, 2010.

VASCONCELLOS, M. A. S. de; PINHO, D. B. (Org.). Manual de economia: Equipe de Professores da USP. 6. ed. São Paulo: Saraiva, 2011.

([1])  VASCONCELLOS, M. A. S. de; PINHO, D. B. (Org.). Manual de economia: Equipe de Professores da USP. 6. ed. São Paulo: Saraiva, 2011

JULIO CESAR S. SANTOS

Professor, Jornalista e Palestrante. Articulista de importantes Jornais no RJ, autor de vários livros sobre Estratégias de Marketing, Promoção, Merchandising, Recursos Humanos, Qualidade no Atendimento ao Cliente e Liderança. Por mais de 30 anos treinou equipes de Atendentes, Supervisores e Gerentes de Vendas, Marketing e Administração em empresas multinacionais de bens de consumo e de serviços. Elaborou o curso de Pós-Graduação em “Gestão Empresarial” e atualmente é Diretor Acadêmico do Polo Educacional do Méier e da Associação Brasileira de Jornalismo e Comunicação (ABRICOM). Mestre em Gestão Empresarial e especialista em Marketing Estratégico


Publicado por: JULIO CESAR DE SOUZA SANTOS

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