A Busca Pelo Sistema Ideal na Organização da Atividade Econômica
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Por Que as Nações Economicamente Motivadas Têm se Dedicado à Procura do Sistema Econômico Ideal? Qual Deverá Ser a Forma de Organização Ideal? Deverá a Sociedade Instituir Uma Autoridade Que Coordene Todas as Atividades Individuais? Como Organizar a Atividade Econômica?
As discussões sobre a organização da atividade econômica se evidenciam na tríade dos problemas econômicos – o que e quanto, como e para quem produzir –, sobretudo quando qualifica questões complexas, não apenas devido às suas raízes econômicas como em consequência de seu envolvimento social, ético e político.
Tal é o grau de complexidade envolvida que as sociedades sempre se defrontaram com a necessidade de melhor organizar os seus sistemas econômicos, a fim de otimizarem a solução de seus problemas.
Aliás, a organização da atividade econômica está relacionada com a solução dos problemas econômicos fundamentais apontados acima e, sempre com o objetivo de assegurar maior eficiência à alocação de seus recursos, as nações economicamente motivadas têm se dedicado à difícil procura do sistema econômico ideal.
No âmbito econômico e tecnológico elas descobriram que a solução desses problemas poderia ser facilitada pela divisão do trabalho. As vantagens dessa descoberta teriam sido asseguradas após a Revolução Industrial, acentuando-se no século XIX e conduzindo à extrema especialização das funções individuais observadas nos dias atuais.
Contudo, se a divisão do trabalho equacionou a melhor solução das questões relacionadas à eficiência produtiva, talvez tenham trazido maior complexidade às questões da justiça distributiva. O aumento da eficiência econômica e tecnológica – das primeiras décadas do século XIX, quando se instaurou o Capitalismo Industrial – agravou as questões sociais, atribuídas aos padrões de repartição do produto social.
À medida que as atividades se especializaram, tornou-se mais complexa a medição das contribuições individuais. Daí por que, ao lado dos objetivos de disciplinar as tarefas desenvolvidas pelos indivíduos e as unidades de produção, se impõe a necessidade de desenvolver modelos de organização que reduzam os desiquilíbrios da repartição.
Os liberais dos séculos XVIII e XIX propuseram que os modelos de organização econômica deveriam ser o individualismo, a livre iniciativa e a concorrência entre empresas. ([1])
Nessa proposta, o livre funcionamento do sistema de preços e dos mecanismos de mercado conduziria à uma ótima alocação dos recursos disponíveis, garantindo o pleno emprego e a eficiência econômica.
Porém, os críticos desse sistema capitalista – a partir das bases ideológicas de Karl Marx – proporiam o bloqueio da liberdade empresarial, o coletivismo e o dirigismo estatal, pois em lugar dos mecanismos livres, seriam implantados sistemas centralizados de controle, capazes de coordenar as metas de produção da economia, a alocação dos recursos e a repartição do produto.
A partir dessas duas proposições ainda são possíveis inúmeros modelos menos extremistas. Porém, todos eles implicam julgamentos de valor, devido aos seus envolvimentos éticos e políticos. Dessa forma, pode-se perguntar qual seria o modelo ideal.
Ou seja, dentre as várias opções possíveis, quais a que melhor combinam os pressupostos da eficiência econômica com os ideais da justiça distributiva? Qual deverá ser a forma de organização ideal? Deverá a sociedade instituir uma autoridade que coordene todas as atividades individuais?
Ou deverão as sociedades confiar na ação auto reguladora de uma organização espontânea e liberal? Como organizar a atividade econômica? O planejamento global – tipo coletivista – se revela mais eficiente na solução de todas as questões fundamentais comparativamente ao laissez-faire?
Na verdade, a avaliação da eficiência dos sistemas alternativos constitui uma das mais complexas questões da Análise Econômica. Porém, é importante dizer que não há sistema econômico capaz de reprimir a limitação dos recursos e, por isso, dificilmente as modernas nações conseguirão escapar à tríade dos problemas econômicos fundamentais – o que e quanto, como e para quem produzir.
“Os sistemas coletivistas e os liberais dão apenas respostas diferentes a esses problemas, mas não conseguiram – e certamente jamais conseguirão – eliminá-los definitivamente” ([2])
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ROSSETO, José Paschoal. “Introdução à Economia”. 16ª ed.; São Paulo; Atlas, 1994.
([1]) ROSSETO, José Paschoal. “Introdução à Economia”. 16ª ed.; São Paulo; Atlas, 1994, pg 101.
([2]) ROSSETO, José Paschoal. “Introdução à Economia”. 16ª ed.; São Paulo; Atlas, 1994, pg 44.
JULIO CESAR S. SANTOS
Professor, Jornalista e Palestrante. Articulista de importantes Jornais no RJ, autor de vários livros sobre Estratégias de Marketing, Promoção, Merchandising, Recursos Humanos, Qualidade no Atendimento ao Cliente e Liderança. Por mais de 30 anos treinou equipes de Atendentes, Supervisores e Gerentes de Vendas, Marketing e Administração em empresas multinacionais de bens de consumo e de serviços. Elaborou o curso de Pós-Graduação em “Gestão Empresarial” e atualmente é Diretor Acadêmico do Polo Educacional do Méier e da Associação Brasileira de Jornalismo e Comunicação (ABRICOM). Mestre em Gestão Empresarial e especialista em Marketing Estratégico
Publicado por: JULIO CESAR DE SOUZA SANTOS
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