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A era da sociedade criativa e o marketing do espírito humano

Reflexão acerca da criatividade relacionada ao marketing

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.

O Que é o Marketing do Espírito Humano? Como as Empresas Poderão Incorporar Esses Valores Aos Seus Modelos de Negócios? Qual é a Relação Entre as Pessoas Criativas e o Marketing do Espírito Humano?

Atualmente estamos vivenciando a ascensão de uma sociedade cada vez mais criativa, onde as pessoas estão utilizando mais o lado direito do seu cérebro e acabam trabalhando em setores mais criativos como ciência, arte e serviços profissionais.

Pesquisas indicam que, embora o número de pessoas criativas seja bem menor que os outros indivíduos, sua função na sociedade é cada vez mais dominante, pois são os inovadores que criam novas tecnologias e conceitos.

Em países avançados as pessoas criativas são a espinha dorsal da economia e, as regiões em que havia agrupamentos de pessoas criativas, acabaram apresentando maior crescimento no passado.

No mundo colaborativo – influenciado pela onda de tecnologia – funcionam como eixos centrais que conectam os consumidores entre si. São os consumidores mais expressivos e mais colaborativos que mais utilizam as mídias sociais e, com seu estilo de vida e suas atitudes, influenciam a sociedade de um modo geral.

Na verdade, suas opiniões em relação aos paradoxos da globalização e dos problemas das sociedades moldam as opiniões dos outros.

Como membros mais avançados de uma sociedade, eles favorecem as marcas colaborativas e culturais e, como pragmáticos, criticam as marcas que têm impactos sociais, econômicos e ambientais negativos na vida das pessoas.

Com o aumento do número de pessoas criativas a civilização se aproxima do seu auge e, uma das principais características das sociedades criativas, é o fato de as pessoas acreditarem na auto realização, além das suas necessidades primárias de sobrevivência.

Como seres humanos complexos que são eles acreditam no espírito humano e estão atentos aos seus desejos mais profundos. As pessoas criativas acreditam na pirâmide invertida das necessidades de Maslow, colocando a auto realização como necessidade primária de todos os seres humanos. ([1])

Como resultado dessa tendência da sociedade, os consumidores estão não apenas buscando produtos e serviços que satisfaçam suas necessidades, mas também experiências e modelos de negócios que toquem seu lado espiritual. Sendo assim, proporcionar significado é a futura proposição de valor do marketing moderno.

Mas, como as empresas poderão incorporar esses valores aos seus modelos de negócios?

Certo cientista descobriu que as organizações podem apresentar níveis de espiritualidade que se assemelham aos dos seres humanos. Ele também descobriu que o nível humano de motivação espiritual pode ser adaptado a missão, a visão e aos valores das empresas.

No entanto, muitas corporações incluem os valores da boa cidadania corporativa na sua missão, visão e valores, mas não os praticam no dia a dia dos seus negócios.

Observamos também muitas organizações que empreendem ações socialmente responsáveis como relações públicas, embora o marketing moderno não tenha a ver com medidas de relações públicas nas empresas. Em verdade, tem a ver com a incorporação de valores na cultura da empresa.

E, assim como as pessoas criativas, as organizações também deveriam refletir sobre sua auto realização além dos objetivos materiais. Elas precisam entender quem elas são e por que estão no negócio, precisam saber o que querem ser.

Tudo isso deve estar presente na missão e nos valores corporativos e o lucro será resultado da valorização – pelos consumidores – da contribuição dessas corporações para o bem-estar humano.

Isso é marketing espiritual – ou marketing do espírito humano, do ponto de vista da empresa.

Referência bibliográfica:

([1]) KOTLER, Philip. “Marketing 3.0”. Ed. Elsevier, Rio de Janeiro, 2010, pg. 19

JULIO CESAR S. SANTOS

Professor, Jornalista e Palestrante. Articulista de importantes Jornais no RJ, autor de vários livros sobre Estratégias de Marketing, Promoção, Merchandising, Recursos Humanos, Qualidade no Atendimento ao Cliente e Liderança. Por mais de 30 anos treinou equipes de Atendentes, Supervisores e Gerentes de Vendas, Marketing e Administração em empresas multinacionais de bens de consumo e de serviços. Elaborou o curso de Pós-Graduação em “Gestão Empresarial” e atualmente é Diretor Acadêmico do Polo Educacional do Méier e da Associação Brasileira de Jornalismo e Comunicação (ABRICOM). Mestre em Gestão Empresarial e especialista em Marketing Estratégico


Publicado por: JULIO CESAR DE SOUZA SANTOS

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