Ser Mãe
Uma Homenagem ao dia das Mães.O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.
Parafraseando um dos maiores poetas da Língua Portuguesa, o nosso Coelho Neto deixou-nos o belo e encantador poema abaixo:
Ser mãe é desdobrar fibra por fibra o coração!
Ser mãe é ter no alheio
Lábio, que suga o pedestal do seio,
Onde a vida, onde o amor cantando vibra.
Ser mãe é ser um anjo que se libra
Sobre um berço dormido; é ser anseio,
É ser temeridade, é ser receio,
É ser força que os males equilibra!
Todo o bem que a mãe goza é bem do filho,
Espelho em que se mira afortunada,
Luz que lhe põe nos olhos novo brilho!
Ser mãe é andar chorando num sorriso!
Ser mãe é ter um mundo e não ter nada!
Ser mãe é padecer num paraíso!
(Coelho Neto, 1864-1934).
Tornou-se um hábito para mim, em todo segundo domingo do mês de maio, homenagear as Mães nesse dia em que Ela é louvada por quase todos os povos. Esta data é comemorada, desde os tempos mais remotos, quando os gregos prestavam honras a Réia...A mãe dos seus deuses. Tempos depois, na Idade Média, os filhos que trabalhavam longe de suas famílias, tinham um dia livre para ficarem com as suas mães e agradecer, prestigiar, louvar e honrar àquela que lhes deu a vida e com eles sofrem, desde o nascimento, até o final de suas existências terrenas.
Nenhuma palavra, frase, parágrafo, texto ou escrito poderá definir e fazer entender o mistério do Amor Maternal que está contido nos cuidados, nos gestos e na face de uma Mãe; desde a mais rica e poderosa à mais pobre e humilde delas! Em diversos Países, o dia em que se homenageiam as mães, é comemorado em datas diferentes; porém, poucos são os Povos que não rendem tributo àquela que é a geradora da vida e o encanto da nossa existência. Que me perdoem as feministas; mas, não haveria Humanidade e, provavelmente, a Terra seria um deserto, sem a intervenção da Mulher-Mãe; a Biologia fala mais alto do que toda vã filosofia pansexualista. No Brasil e em alguns outros Povos, o Dia das Mães é comemorado no segundo domingo do mês de maio e foi oficializada em 1932, pelo, então, presidente Getúlio Vargas.
O “Dia das Mães” tornou-se mais conhecido e comemorado a nível mundial com esse título, a partir de um acontecimento triste: a morte da mãe de uma norte-americana de nome Anna Jarvis. O amor e o sofrimento pela perda da mãe causaram-lhe tanta dor e perturbação, que seus amigos, temendo por sua vida, resolveram fazer uma comemoração em honra aos trabalhos que a mãe de Anna havia prestado ao seu país, durante a guerra civil. Dessa forma, a homenagem festiva desviou a sua atenção da tristeza mórbida da perda, para a alegria do orgulho de filha pelos esforços desprendidos por sua mãe, por ocasião do longo conflito interno americano. Talvez sem perceberem, os seus amigos com o intuito de salvarem-na de uma perigosa depressão, utilizaram-se de uma técnica psicoterápica de desviar o foco da mente de uma pessoa, de um fator negativo (morte da mãe); para um estado mental positivo que foi a alegria da festa e o orgulho pelos feitos da sua amada genitora, realizados ao longo daquela guerra. Aquela comemoração, não só ajudou Anna a se recuperar de seu estado mental depressivo, como também, ganhou notoriedade entre os seus compatriotas que, motivados pelo sucesso da honraria, passaram a reverenciar as mães vivas e falecidas, com uma festividade semelhante.
Porém, como não seria possível homenagear todas as mães individualmente, o presidente Thomas Wilson oficializou a data que hoje se comemora, tornando mais universal e popular o evento que agora comemoramos e festejamos: o "Dia das Mães". Na verdade, não foram os norte-americanos os primeiros filhos a homenagearem as Mulheres-Mães; elas já eram lembradas e festejadas através de honraria prestada pelos antigos gregos à sua deusa maior “Réia” por ocasião do início de cada primavera. Homenagear as mães, é muito pouco pelo que deveríamos render de tributos a todas as mulheres; pois, somente à Mulher, foi-lhe dado o divino privilégio de gerar a vida e de dar continuidade à Criação e à manutenção da Humanidade. Todavia, é impossível para este autor, prestar tributo às Mães, sem que renda honras e louvores a mais bela, pura e perfeita das mães: a Santíssima Virgem Maria! Além de ser a obra-prima da Criação, a Mãe de Deus é o ícone da figura materna, a imagem sublime de Mãe, de Mulher e de incomparável modelo de Beleza Maternal!
Prestar homenagem às Mães é um dever e uma obrigação inestimável que todos temos para com aquela que nos deu a vida e perpetua o Gênero Humano. Não foi por acaso que a nossa salvação nos foi facultada através da Maternidade de uma Mulher. Deus quis mostrar-nos o inestimável, incomparável e insubstituível valor feminino: a Maternidade da Mulher-Mãe! Teria sido muito mais fácil que Ele tivesse feito aparecer dentre nós, o seu Divino Filho já adulto, perfeito e pronto para a sua sublime missão salvífica! Entretanto, preferiu que Jesus nascesse de uma Mulher; que viesse até nós por meio da figura de uma Mãe. E, que Mãe Ele escolheu! Deu-nos uma linda, pura e encantadora menina que, aos 16 anos de idade, atravessou o mais longo e temível deserto do mundo, o Saara, montada em um jumentinho, com o Menino Jesus aconchegado nos seus sacrossanto seio virginal, fugindo das Tropas do sanguinário Rei Herodes que A perseguia para matar e nos tirar o Salvador! Por isto, rendo as minhas humildes homenagens àquela que é o mais belo e significativo exemplo de Amor Maternal.
Seria por acaso que a prerrogativa divina de cumprir o "Crescei e Multiplicai-vos" tornou o feminino tão diferente do masculino? Acredito que sim! Somente um " SER" como a mulher, capaz de gerar e perpetuar a Espécie Humana, poderia ter a sensibilidade, a beleza, a candura, os encantos, a fortaleza física e espiritual que possuem as Mulheres. É claro que muitas mulheres perderam estes atributos divinos em decorrência da brutalidade da maioria dos homens; instintivamente voltados para o Mal, desde a mais remota antiguidade. A mulher é mais delicada, responsável, paciente e jeitosa em tudo que faz; enquanto que o homem é um desajeitado em quase tudo que faz. A mais simples e humilde das mães é mais habilidosa e mais sábia que o mais culto e inteligente dos homens! As tarefas mais importantes à vida e à sua preservação, são atribuídas e praticadas pela Mulher; como é a própria Geração, Criação, Formação e Manutenção dos seus filhos. É tão sublime e poderoso o instinto maternal, que a mulher cuida e cria com zelo e amor iguais, como se seus fossem, os filhos de outra mulher. A geração humana, a existência da Humanidade e a própria beleza da Natureza não seria possível sem a presença feminina que lhes oferece a vida e os seus encantos. A Criação seria tão pobre e sem graça que o próprio Criador, condoído pela solidão, tristeza e pela inutilidade do homem, deu-lhe a Mulher; presenteando-nos com a Graça extraordinária da sua presença, companhia e notável auxiliar, sem a qual o Planeta estaria desabitado e deserto. Não foi coincidência que o Criador, séculos depois, nos fez lembrar a importância feminina, fazendo nascer do ventre da mais Bela, Sublime e Perfeita das Mulheres... A SANTÍSSIMA VIRGEM MARIA.
Vejam o que achava d´ELA, Martinho Lutero, o Pai do Protestantismo:
“Quem são todas as mulheres, servos, senhores, príncipes, reis, monarcas da Terra comparados com a Virgem Maria que, nascida da descendência real de Davi é, além disso, Mãe de Deus, a mulher mais sublime da Terra? Ela é, na cristandade inteira, o mais nobre tesouro depois de Cristo, a quem nunca poderemos exaltar o suficiente; a mais nobre imperatriz e rainha, glorificada e bendita acima de toda a nobreza com sabedoria e santidade.” (Martinho Lutero, “Comentário do Magnificat”, cf. escritora evangélica M. Basilea Schlink, revista “Jesus vive e é o Senhor”).
Esse instinto maternal que citamos acima é tão divino que uma Mãe é sempre a defensora dos filhos, por mais trabalhosos e imperfeitos que eles sejam. Ela os protegerá de todos os perigos, com o risco da própria vida, como é costume defendê-los da fúria de muitos homens-pais. A mais frágil das Mães defenderá e protegerá até a morte os seus filhos, diante do mais forte e aterrador perigo que lhes ameace. Este instinto maternal de proteção é também visto entre os animais mais inferiores como felinos e répteis; são as fêmeas que impedem e salvam os seus filhotes dos agressores, principalmente dos machos de sua, e das outras Espécies. Creio que os materialistas só são ateus porque não conseguem ver a face de Deus no rosto de cada Mãe.
Neste seu dia, por meio deste Trabalho, em nome de todos os filhos gratos e ingratos, estou homenageando e rendendo Tributo a todas as MÃES que estão conosco presentes e àquelas que já se foram e agora se encontram no gozo inefável do Seio Imaculado de Maria!
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CARLEIAL. Bernardino Mendonça.
Brasil, Minas, outono, segundo domingo de maio de 2013.
Psicólogo-Clínico pela Universidade Católica de Minas Gerais;
Bacharelando em Direito da Faculdade de Direito Estácio de Sá, em Belo Horizonte;
Escritor e Pesquisador nas áreas da Psicobiologia e do Direito.
Publicado por: Carleial. Bernardino Mendonça
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