Redes Sociais – Sombras da Realidade
Você já parou pra pensar na vida após a chegada das redes sociais? Confira uma reflexão!O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.
As redes sociais chegaram para ficar. De usuários domésticos a grandes corporações, variados nichos e gerações e renderam-se aos seus encantos. Um fenômeno que magnetiza cada vez mais milhões de usuários em aumento exponencial, despertando interesse de diferentes áreas de estudos. Em nosso trabalho, a “A deriva da Informação”, destacamos um capítulo a elas, abordando o conceito da Informação através das diferentes tecnologias e sociedades.
Não precisamos sistematizar uma pesquisa para constatar o comportamento quase uníssono de sons peculiares dos aplicativos e hipnotização em massa do comportamento frente as telas.
O ingresso do indivíduo se dá de forma espontânea, modismo, curiosidade, lazer, trabalho. Seja qual for o motivo, a sedução amplifica à medida de cada inovação. Ampliação do sinal de internet, baixo custo dos aparelhos e conectividade cada vez mais presentes nos aparelhos eletrônicos, propiciam e induz a imersão nas redes. Mesmo as pessoas mais retrógradas são condicionadas a criar perfis e contas para poderem usufruírem de recursos mais completos nos aparelhos.
É importante salientar, que a união de pessoas vinculadas por interesse comum é anterior ao surgimento das interações virtuais, os adventos do fogo, da energia e outras tecnologias, facilitaram o estreitamento de grupos. União atletas, grêmios, motociclistas, rádio amadores, grêmios já orbitam sob temas diversos, para partilhar amizades, crenças e filosofias. O marco e inovação das atuais redes virtuais emerge da instantaneidade, facilidade de agregar parceiros, seletividade refinada e privacidade nas interações.
Costumes de tribos e clãs relatadas pelo antropólogo Levi Strauss1, não distanciam dos propósitos de usuários que procuram se popularizar para manter a evidência e insígnia seu grupo.
Essa alteração em nossa rotina, entretanto, pode apresentar-se como faca de dois gumes, ao resvalar a pessoa da realidade. Sabemos que não existem realidades, mas cortes e facetas diferentes da mesma. A impressão da ausência da solidão e um mundo onde tudo é perfeito, desenha um simulacro, onde tristezas, dores, doenças não tem lugar. Cria o imaginário do sim, onde a aceitabilidade de opinião supera todas a fronteiras. A desaprovação é facilmente banida com a exclusão de coparticipantes, por vezes, rompendo perspectivas morais e éticas.
A visão e uso alienado, pode-nos fazer refém de uma única verdade e fonte de informação editada com sutil juízo de seus idealizadores.
Desprender-se dos valores e passividade presente nelas, exigi que o usuário queira sair do pano de fundo para vislumbrar o que está do lado de fora da caverna. No livro sobre a Escola da Ponte2, o escritor Rubem Alves, evidencia a experiência de aprendizagens significativas livres dos costumes sociais.
O uso e aplicação racional não implica em isolarmos destes recursos, que facilitam a comunicação, divertem e mostram grande caráter utilitário, em ações sociais, produção de conteúdo, localização de pessoas e muito mais devido ao seu alcance e rápido poder de difusão. Sobretudo, equilibrar o diálogo e percepção das necessidades e anseios que devem refletir dentro e fora da rede.
1 – Lévi,Strauss, Claude. Antropologia estrutural. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, 1967.
2 - ALVES, Ruben (2001). A Escola que Sempre Sonhei, sem imaginar que Pudesse Existir. Campinas-SP: Papirus.
Publicado por: IVAN ROSAS DO NASCIMENTO
O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.