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Quanto custa a minha escolha?

Clique e confira uma reflexão acerca do período de eleições.

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.

Estamos vivendo um momento de euforia “democrática”, onde as pessoas (os cidadãos) têm o “direito”, e principalmente o dever, de escolher um representante por quatro anos. Mas como o próprio nome escolher nos remete tanto ao erro quanto ao acerto isto nos afligem, pois a probabilidade de uma escolha desta natureza – eleitoral temos cinquenta por cento de chances tanto de acertar como também de errar e, é esta última probabilidade que aflige os brasileiros, haja vista que se for feita uma escola a qual nos dê aquilo que esperamos de fato uma boa representatividade e, que nem sempre acontece, pois além de ser quatro anos estar, em voga à saúde, a educação, moradia digna, segurança e outras necessidades que todo cidadão tem direito na sua vida diária. Direitos estes negados por muitos representantes até então, ou seja, constitucionalmente temos direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança. Estar na constituição - TÍTULO II Dos Direitos e Garantias fundamentais CAPÍTULO I DOS DIREITOS E DEVERES INDIVIDUAIS E COLETIVOS, mas infelizmente estar somente no papel, pois na prática o que se ver é a não garantia destes. E, é esta falta de aplicação desses direitos que faz com que a maioria dos brasileiros sejam descrentes e indecisos nesse processo de escolha que parece ser democrático, mas como podemos dizer que este é um processo de democracia se temos a obrigação de sairmos de nossas casas e mesmo sem vontade ter que escolher alguém que possa nos representar, pois sabemos que as propostas até vão de encontro com os nossos anseios diários, porém sabemos também que são apenas propostas e quando este “representante” escolhido por uma ação popular ao chegarem ao poder abandonam por completo aquilo que prometera durante a campanha.

Quatro anos depois, como se o cidadão tivesse passado por uma lavagem cerebral esses mesmo que lá chegaram não fizeram nada daquilo que diziam que iam fazer trás como uma cartilha ultrapassada os mesmos textos sem mudar nenhuma vírgula se quer. Não estou aqui querendo de forma alguma condenar o processo de escolha destes representantes até mesmo porque a própria constituição no seu capítulo IV dos direitos políticos art. 14. Diz: “A soberania popular será exercida pelo sufrágio universal e pelo voto direto e secreto, com valor igual para todos, e, nos termos da lei, mediante (...)”. Mas é que chega ser exaustivo ler essa cartilha a cada quatro anos, e mais ver como os brasileiros chegam a ser tratados – como se fosse uma marionete. Mas vamos voltar um pouco na historia do Brasil, tivemos o voto do cabresto – sistema muito tradicional e controle total do poder nas mãos dos políticos (dos coronéis), este tinha pode de fazer as pessoas votarem nele, usava do seu poder para amedrontar as pessoas, ou seja, havia um verdadeiro abuso de autoridade.

A população parte oprimida da sociedade era “obediente” a estes, pois a não obediência nas Urnas significava ser ignorado pelo coronel e condenado a passar por grandes dificuldades, inclusive alimentar, mas claro num sistema opressor e dominante ao qual vivia a sociedade não tinha outra saída, era obrigada a votar, caso contrario poderia pagar essa desfeita, infelizmente, até mesmo com a própria vida. Compra de votos, claro existia – e se existia, pois quem estava à frente da Republica eram os coronéis, eles sim detinha o poder, cabia seu mandatários obedecerem, pois quem tinha o poder econômico eram os coronéis, então todos sem distinção tinha que cumprir suas ordens. E este poder se fazia mais presente nas regiões mais pobres do Brasil e, porque não dizer do Nordeste a qual ainda é uma das mais pobres onde as pessoas se veem obrigadas a escolher sob pressão financeira e ou mesmo por carro de água de pipa pra não ver seus filhos morrerem de cede. Daí você se volta ao questionamento acima e, as minhas cinquenta por cento de chance de acertar na minha escolha. Infelizmente ela não existe, pois você se ver obrigado a escolher aquele que você no seu momento melhor de sanidade mental sabe que não deveria escolher, mas as circunstancia lhe obrigam. Caso você se volte contra a sua sanidade mental poderá perder o carro pipa no período mais crucial do ano – a seca, ou ainda a inscrição de uma casa popular - sonho de muitos brasileiros, mas que se torna um pesadelo a esses sonhadores da “casa própria”, principalmente em cidades pequenas quando não se vendem ao poder local.

Mas olhando para o a história, existe diferença entre passado e futuro em relação ao processo de escolha de nossos representantes? Ou ainda estamos vivendo um passado camuflado? Que ao invés de um grupo de pessoas irem lhe buscar na sua casa pra você ter que se fazer presente nas unas vai uma pessoa com uma determinada quantia de dinheiro e coloca na sua mão e diz você sabe como votar né? Isto é uma pressão psicológica – pra não dizer outra coisa..., te oferece meia dúzia de coisas como uma cesta básica por exemplo. Claro que a pessoa que tem uma boa condição financeira jamais irá se prestar a esse papel, mas infelizmente a grande maioria da população brasileira ainda é composta de pessoas que vivem e ou estão à margem da linha da pobreza e veem nesse período a hora de encontrar o pão que lhe fora negado, afirmar que estas pessoas seriam incapazes de reconhecer-se como cidadoas, conhecedoras dos seus direitos e não sabem escolher aquele que melhor poderia ser seu representante, seria absurdo, pois elas sabem de tudo isso, porém a fome, a miséria financeira, a fome, a falta de escola de boa qualidade para seus filhos, uma saúde que atendam aos anseios destas pessoas as quais foram condicionadas a viver num mundo de necessidade de todos os tipos e, isto tudo lhes obrigam a votar com a barriga e não com a cabeça, infelizmente. E cumprir o que prometera seria não ter argumento no próximo pleito, pois assim esses representantes estariam cortando o mau pela raiz e, cortar o mau pela raiz significa deixar esta classe menos favorecida com o direito de pensar de forma crítica e para um país como o Brasil que estar contaminado (mergulhado) completamente pela corrupção não é benéfico dar o direito dessas pessoas pensaram com a cabeça e sim com a barriga, com a vontade de ter um misero balde d’água durante o dia, uma cesta básica pra alimentar seus filhos pelo menos por uma semana, coisas como a saúde, escola... Ficam num plano alternativo – distante dos sonhos destas pessoas. Será que podemos mesmo afirmar que vivemos num mundo (Brasil) democrático?


Publicado por: Antônio Analdo da Silva

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.