Pause! A minha vida parou ou foi a internet?
Não adianta insistir: a vida não aceita pause.O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.
Não adianta insistir: a vida não aceita pause. Nem mesmo nas situações em que ela é cinzenta, monótona, cansativa... sem vida. Enquanto isto, nas redes sociais, a adrenalina pulsa, o dia a dia é empolgante, motivador, colorido e, os spams, imediatamente bloqueados. Nesta solidão globalizada, a inovação se esconde da razão e esbarra na contradição.
Para iniciar, somos incentivados a completar cada detalhe do perfil, mas desaconselhados a nos mostrar por inteiro. O enigmático sorriso, que paralisa por instantes o acelerado momento real, movimenta incansavelmente o sempre simpático ambiente virtual.
Na democrática telinha, petições não são redigidas por advogados nem textos publicados apenas por jornalistas; receitas de vida também não recebem a assinatura de "chefs" e muito menos de psicólogos. Neste mundo, onde se assina Dr.Especialista, o eventual e enriquecedor debate disputa espaço com a frequente e contagiante banalidade.
São inovadores e seguidores; replicadores e copiadores. Todos são amigos: alguns se conhecem, há os onipresentes e os que são chamados simplesmente por “eles”. Poucos influenciam sem quase postar, outros publicam demais e repercutem de menos. Muitos fazem tudo para aparecer; raros se destacam sem nada fazer. A maioria compartilha o sorridente “Bom dia” geral, na esperança de encontrar a felicidade integral.
Neste peculiar universo, a viagem, de duplo sentido; divide o mesmo ambiente com a inveja, sem sentido. Haja paciência. Mas ela não pode esperar; incessantemente é preciso teclar. A linguagem? Não é preciso acertar, basta abreviar. Nem parar para pensar; nem pensar em parar.
"Stop" é retrocesso, mas "pause" evita o excesso. De vez em sempre, saia da tela e divorcie-se do mouse, apenas um amigo inseparável. No virtual, viva o global; no real, priorize o individual. A vida não deve ser necessariamente comentada ou rapidamente compartilhada; mas obrigatoriamente curtida. Ela é sua; é única. Sem limitação de caracteres; seja o que quiseres. Agora, uma atitude a tomar: deletar o idealizado "avatar" para o seu eu por inteiro vivenciar. Deixe a felicidade te levar.
Autor: Mauro Wainstock Jornalista / Cronista / Editor de livros
Publicado por: Mauro Wainstock
O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.