O VALOR DE UMA COMUNICAÇÃO PÚBLICA, DE UMA INFORMAÇÃO, SEM MENTIRAS
Breve discussão sobre o valor da uma comunicação pública e de uma informação sem mentiras.O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.
“A comunicação está por toda parte. A pós-modernidade é marcada pela velocidade, fluidez e efemeridade da informação catalisada pela alta tecnologia que contribui para o mundo globalizado e, ao mesmo tempo, disponibiliza uma multiplicidade de opções simbólicas ao indivíduo que, de certa forma, aliena e transporta da realidade. Com o avanço do ciberespaço, novos meios de comunicação e possibilidades relacionais da sociedade em rede foram propiciadas e potencializadas pelo acesso às novas mídias digitais. Simultaneamente, provocaram uma sobrecarga de informação com a crescente produção de notícias de forma tão rápida e em volumes tão grandes que soou um alerta quanto à capacidade humana em processá-las, discernir sua relevância e absorver o que de fato é importante. O crescimento tecnológico da pós-modernidade promoveu a interatividade e ao mesmo tempo facilitou o acesso e compartilhamento de um número imensurável de notícias, podendo elas, muitas vezes, serem vazias, falsas e sem fundamento. “Fake news” surgiu como uma palavra de ordem global. É o que caracteriza o universo da pós-verdade ao destacar esse acentuado volume de notícias falsas que passou a circular nas redes de relacionamento comunicacional. A existência de notícias falsas não é novidade uma vez que há uma difusão da informação sem precedentes e, em certos casos, o exercício do jornalismo questionado e atrelado à manipulação. Com o surgimento das tecnologias de informação e comunicação, o fenômeno assumiu uma nova dimensão. As novas mídias sociais (blogs, redes sociais, páginas da web, plataformas sociais, etc.) fornecem suporte para otimizar a comunicação humana e facilitar o acesso a grandes quantidades de informações mas, por outro lado, também cobrem universalmente notícias inverídicas ou falsas, contrariando a natureza funcional do direito à informação e a garantia de uma opinião pública livre. Os termos post-truth - pós-verdade - e fake news - notícias falsas - normalmente caminham juntos. Seus significados, conceitos e implicações na sociedade contemporânea passaram a ser empregados de forma mais acentuada nos últimos anos, devido a acontecimentos que ganharam notoriedade no cenário sócio-político-econômico no mundo. Os verbetes já são velhos conhecidos dos vernáculos, contudo passaram a oficialmente ser registrados nos dicionários recentemente, tamanha a propagação dos acontecimentos e, por sua vez, do seu uso na linguagem oral e escrita. O dicionário Oxford considerou post-truth como a palavra do ano e estabeleceu a definição como “um adjetivo relacionado ou evidenciado por circunstâncias em que fatos objetivos têm menos poder de influência na formação da opinião pública do que apelos por emoções ou crenças pessoais”. Ao mesmo tempo, fake news, ou notícia falsa, é um termo tão onipresente hoje que é difícil acreditar que há algum tempo quase nunca se usava. Na realidade, embora muitos pensem que fake news é um termo cunhado no período recente, ele não é novo. De acordo com o dicionário Merriam-Webster, o termo existe há mais de cem anos e "entrou para o uso geral no final do século XIX para se referir a "uma história política vista como danosa a agência, entidade ou pessoa". (...) Na contramão, a indústria global de tecnologia avança cada vez mais no aperfeiçoamento dos seus recursos para propagar a fake news. O conceito do momento é deepfake, pois já há ferramentas desenvolvidas que permitem adulterar vídeos, áudios, imagens e rostos de qualquer personalidade, uma arma perigosa que ameaça a diplomacia entre os países quando se trata de assuntos políticos. (...)” 1
É de doer a alma quando se acessar o mundo da comunicação e se percebe, quando se percebe, que lá está uma mentira com o carimbo de informação.
É um crime, nacional e transnacional, publicar e divulgar informação de uma notícia, de ontem ou de hoje, na atualidade, sem fontes sérias, verdadeiras, comprometidas com os fatos verdadeiros.
Vidas podem ser encerradas por uma mentira publicada, ainda mais nos tempos na Inteligência Artificial, que não traduz os que é real, verdadeiro.
A vida é um dom do mais alto nível de existência em um mundo de seres humanos e com um meio ambiente vivo. Não pode ser castrada por uma falsa informação, uma falsa notícia.
Exemplos palpáveis, são as últimas eleições para Presidentes dos Estados Unidos e do Brasil. Duas eleições que abriram uma estrada comprida e larga para as conhecidas fake news, que trouxeram navios de notícias mentirosas, falsas, apavorando o mundo, aterrorizando mesmo, cada canto do planeta.
O povo, nos quatro cantos do mundo, não pode virar refém de desinformações. A imprensa precisa ter uma comunicação séria, comprometida com as verdades, com fontes sérias, sem achismos ou encantamentos para conseguir audiência.
A pós-modernidade trouxe o mundo das redes sociais. São muitas. E com elas vem as dores de partos. Sim, pois junto com um novo progresso, veio também um mundo sombrio, escuro, obscuro, macabro, estranho, bizarro, medonho, sinistro, assustador mesmo, de uma comunicação sem crivos, sem travas, sem moderações.
Desinformação, mentiras, comunicação sem moderações, são ruins para as sociedades.
O mundo das tecnologias pós-modernas é, ou ao menos deveria ser, um mundo presente dos sonhos dos tempos passados. Que deveria unir mentes e corações para o bem e não produzir elementos para maldades e até mortes.
No Brasil, o caso da ESCOLA BASE, em São Paulo, expressa, um pouco do que as políticas de desinformações fazem de mal para uma sociedade.
Com a chega da COVID-19, o mundo poder beber das fontes de mentiras com relação a desinformação, o que fez a Organização das Nações Unidas abrir uma grande Campanha Mundial Contra a Desinformação, com apoio de várias Nações mundo afora.
Iniciativas do bem já estão pegando nos pés dos pinóquios dos tempos de hoje.
O poder da justiça já é sentido em tantas Nações.
A comunicação não é uma arma que deve servir para abrir caminhos a bala matando tantos. Ela precisa ser um serviço público com qualidade e na defesa do meio ambiente, com todos os seus elementos e, da dignidade plena e abundante da pessoa humana, aqui, ali e acolá.
Uma mentira dita, por exemplo, 5 vezes, fará que, aproximadamente, na 3ª vez se perceba que é mentira.
Uma verdade cantava 5.000 vezes, se manterá como verdade 5.000 vezes.
Falar a verdade é um compromisso, uma obrigação, individual e de grupo.
“(...) A busca da verdade sempre constituiu um dos problemas fundamentais da filosofia. Então, o que significa a verdade para a Filosofia? Existem diferentes concepções sobre a natureza do conhecimento verdadeiro, entre elas ressalta-se as advindas das línguas grega, latina e hebraica, o quê, dependendo de qual das três ideias originais da verdade predomine, vai moldar e direcionar o conceito de verdade. (...) Contextualizando no mundo ocidental, o conceito de verdade está relacionado com a herança do grego, do latim e do hebraico. (...) Apesar dos diversos conceitos sobre verdade, existem basicamente duas concepções principais: Para Platão, a verdade se aplica primeiro ao objeto e depois ao enunciado; já para Aristóteles, a verdade está ligada ao ato de dizer e, dessa forma, não existe verdade sem enunciado, mas este não basta em si mesmo como verdade. (...) Conclui-se que a verdade é essencial para compreensão do ser humano e de suas relações. (...)” 2
Referências
(1) CARDOSO, Ivelise de Almeida. Propagação e influência de pós-verdade e fake news na opinião pública. Disponível em: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/27/27154/tde-11112019-174743/publico/IvelisedeAlmeidaCardoso.pdf
(2) HEES, Luciane Weber Baia; e outros. Afinal, o que é verdade? Disponível em: file:///C:/Users/p/Downloads/6585-23809-1-PB.pdf
Publicado por
Pedro Paulo Sampaio de Farias
Professor; Pedagogo; Especialista em Educação; Especialista em Gestão Pública; Mestrando em Educação; Pós-graduado em Teologia; Pós-graduado em Antropologia; Graduando em Direito; Graduando em Letras; Líder Comunitário; Líder de Associação de Professores; Sindicalizado da Educação Escolar Pública; Servidor Público Estadual e Municipal; Atuante em Movimentos Populares e Movimentos Sociais; Cristão Romano.
Publicado por: PEDRO PAULO SAMPAIO DE FARIAS
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