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Mecanismos de Desenvolvimento Sustentável

Mecanismos de Desenvolvimento Sustentável, objetivos do Protocolo de Kyoto, missão de encontrar fontes de produção que reduzam, ou minimizem, a quantidade de gases formadores do efeito estufa, Projeto Plantar, em Minas Gerais, os efeitos do superaquecimen

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.

Após a assinatura do Protocolo de Kyoto, que começou a vigorar em fevereiro de 2005 e tem por objetivo a redução da emissão de gases na atmosfera, principalmente gás carbônico, os paises mais industrializados do mundo, que assinaram o protocolo, passaram a buscar novas formas de reduzir a emissão de gases que auxiliam no efeito estufa. Segundo o tratado, os 38 paises mais industrializados devem cumprir as metas de redução para emissão de gases que aceleram o efeito estufa. Os paises menos industrializados, entre eles o Brasil, podem vender créditos de carbono aos paises mais industrializados do mundo. Surge então no país, a idéia de encontrar fontes renováveis de energia. Uma das fontes buscados para a geração de créditos de carbono, que podem ser vendidos posteriormente, são os Mecanismos de Desenvolvimento Limpo (MDL).

Os MDLs têm a missão de encontrar fontes de produção que reduzam, ou minimizem, a quantidade de gases formadores do efeito estufa. Existem formas diversas para se chegar ao denominador comum. Uma das formas mais latentes e inovadoras é o tratamento da emissão do gás metano nos aterros sanitários.

O lixo, em processo de degradação, gera o gás metano (CH4), que é quatro vezes mais prejudicial do que o gás carbono (CO2). O Protocolo de Kyoto que prevê a compra de créditos de carbono permite que a captação de uma tonelada de gás metano, seja vendido ao valor equivalente a quatro vezes o valor da tonelada do gás carbono. Por isso, o tratamento deste gás se tornou tão atrativo.Para se ter uma idéia, desde a implantação do Protocolo de Kyoto no início do ano de 2005, o Brasil já fez transações no volume de US$ 210 milhões. Alguns projetos, como o Nova Gerar que faz a queima do gás metano, evitando que ele vá para o meio ambiente e ainda gera energia, vendeu 2,5 milhões de toneladas de CO2 ao governo holandês, gerando uma receita de US$ 10 milhões.

Outro interessante projeto é o Projeto Plantar, em Minas Gerais, que substituiu o carvão mineral pelo vegetal nos fornos de obtenção de ferro gusa após um amplo processo de reflorestamento. Com o projeto, o CO2 que é gerado pela queima do carvão é absorvido pelas áreas plantadas com eucaliptos próximos á industria formando uma espécie de ciclo renovável. O projeto que foi concebido em 1998, terá 28 anos de duração e poderá gerar 12,8 milhões de créditos de carbono e tem receita com a venda dos créditos de carbono estimado em US$ 51,2 milhões.

Existe também o projeto de tecnologia para geração de gás a partir de biodigestores, ou seja, a partir de dejetos de suínos. Deste processo retira-se o biogás e, conseqüentemente, energia elétrica de calor.

Esses são apenas alguns exemplos da atuação de empresas brasileiras na busca de minimizar os efeitos do superaquecimento global, com lucro. Creio que, caso estivesse vivo, Smith (Adam Smith, 1723/1790) repetiria que a busca de cada um por seus interesses próprios gera uma auto-suficiência de recursos, fazendo que a economia se mova, como se fosse movida uma “mão invisível”.


Publicado por: Edilson Aguiais

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