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Lugar de lixo é no lixo

Alguns começam guardando sacolas de supermercado, nós deixamos aquilo debaixo do colchão da pessoa até o dia em não dá mais como e jogamos fora comprando a maior briga. É como se nossos olhos estivessem fechados para a situação. Logo esquecemos do assunto e lá vem outra mania de guardar lixo.

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.

Não vamos entrar no mérito de reciclagem, o que quero é retratar o lixo como lixo, não como produto a ser trocado por serviços e finanças.

Passo sempre em frente uma casa, lá parece mais um lixão que uma residência. Mas sei que moram pessoas ali. O cheiro já incomoda, e de longe se vê tanta coisa que não serve absolutamente para nada ali entulhado no terreiro. Quando chove a água que escorre é negra, tem de tudo lá para a água levar para a beira do rio.

Em sequência você já deve estar imaginando como é a pessoa, claro como não poderia deixar de ser suja também. E muito, não é pouca. Sempre que passamos por lá um comentário alguém tece sobre o caso, só que nunca paramos para pedir ajuda ao senhor que ali reside e nenhum órgão foi lá para resolver o problema. Ficamos apenas falando e comentando, tapando o nariz quando passamos por lá.

Estas situações parecem tão longe de nossas casas, mas não estão. Convivendo com uma pessoa que guarda o que não é necessário fui descobrindo que tem pessoas que não dão conta de exterminar de dentro de si coisas, sejam papeis de bala dado por alguém especial, a mamadeira velha do filho que já tem 40 anos. A primeira roupa que o enteado usou no hospital e em alguns casos há dificuldades até de deixar o primeiro carro que comprou sendo ele de mil e lá vai gente para trás e sem manutenção, ali parado no fundo da casa juntando mosquito da dengue e sem nenhuma expectativa daquilo sair do lugar.

Parece que a alma da pessoa se junta àquela situação. Conheci um outro que junta jornal, a esposa um dia desses resolveu retirar tudo e colocar fogo. Foi uma reclamação total, ele brigou, falou que ela tinha jogado os jornais novinhos fora. A esposa guardou o mais novo para poder provar sua reclamação. O jornal mais novo era mais velho que eu (mais de 30 anos). Para ele aquilo tinha um valor inestimável.

Só que nós não prestamos atenção quando isso começa acontecer. Alguns começam guardando sacolas de supermercado, nós deixamos aquilo debaixo do colchão da pessoa até o dia em não dá mais como e jogamos fora comprando a maior briga. É como se nossos olhos estivessem fechados para a situação. Logo esquecemos do assunto e lá vem outra mania de guardar lixo. Quando se abre as gavetas, as peças íntimas velhas que você havia colocado no lixo estão todas guardadas na gaveta novamente.

O que mais se costuma fazer quando é criança é bater, falar muito, mas não adianta. Quando a pessoa é velha dizemos que é mal da idade, mas também não é. Precisamos estar atentos a estas manias que aparecem muito cedo e detonam com a convivência adulta e juvenil.

Corremos muito, eu sei, mas nos cabe estar de olho na nossa casa para vermos comportamentos estranhos e poder resolver antes que vire situação irreversível.

Não adianta ficar gritando que a casa está um lixo, que fulano é porco que é louco. Isso não resolve, criticas pioram o comportamento. Quando se é idoso devemos observar a solidão, a saudades para que não caiam em manias como esta. Se mais novos procurar um médico antes que a casa vire um lixão em quatro paredes.

Observação ainda trás muita solução....

Até a próxima... 


Publicado por: silvia leticia carrijo de azevedo sá

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.