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Lixo Extraordinário

Foi-se o tempo em que uma nação era considerada rica ou desenvolvida pelo acúmulo de capitais.

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.

Foi-se o tempo em que uma nação era considerada rica ou desenvolvida pelo acúmulo de capitais. No dinamismo desse novo século as nações são consideradas desenvolvidas, baseadas no seu contingente e poder tecnológico. Todavia, esse nosso capitalismo desenfreado moldado no consumismo exacerbado tem trazido inúmeros problemas socioambientais para o nosso mundo, pois, infelizmente, nem nós como sociedade, nem nossos governantes, estamos preocupados com o destino de nosso lixo eletrônico, mas sim, em utilizá-los e produzi-los cada vez mais.

Tentando resolver este problema, em agosto de 2010 foi criado a Lei de Resíduos Sólidos, no qual segundo o artigo 33: São obrigados a estruturar e implementar sistemas de logística reversa, mediante retorno dos produtos após o uso pelo consumidor, de forma independente do serviço público de limpeza urbana de manejo dos resíduos sólidos como: agrotóxicos pilhas e baterias; óleos lubrificantes;  lâmpadas; produtos eletroeletrônicos e seus componentes, dente outros.

No entanto, o que se ver é que a lei como muitas outras em nosso país, não é cumprida nem respeitada; os lixões continuam sendo o modo mais utilizado de descarte de nosso lixo, poluindo assim os lençóis freáticos, o nosso ar e afetando principalmente a nós mesmo pois, com o passar do tempo muitos desses matérias tecnológicos como baterias, acabam vazando de seu interior substâncias altamente tóxicas ao nosso organismo, no qual quando ingeridos acumulam-se em nosso organismo afetando nossa saúde.

Porém, o problema de descarte é mais trágico que se imagina, pois segundo os dados divulgados no Seminário Internacional de Resíduos de Equipamentos Eletroeletrônicos, promovido pelo Porto Digital em Recife, O Brasil produz cerca de 670 mil toneladas de resíduos eletroeletrônicos por ano e não reaproveita nem 10% do que é descartado. É lamentável essa realidade pois, sabemos que, se esse lixo se fosse devidamente aproveitado poderia gerar renda e inúmeros empregos para a nossa população;  exemplo disso, é a reciclagem de latinhas e garrafas pet que gera em nosso país emprega milhares de pessoas, os quais, aproximadamente 97% delas são recicladas e reaproveitadas. Portanto, imagine o que seria possível produzir e criar com nossas “velhas tecnologias”? Falta ação, atitude e visão de futuro.

Os problemas causados por esse descarte desordenado são vários, entretanto há soluções, buscar um desenvolvimento sustentável, incentivando a educação ambiental à nossa população, criação de políticas públicas que visem a reutilização e reciclagem desses materiais eletrônicos, no qual, governo e organizações não governamentais possam se unir buscando a capacitação de pessoais que possam trabalhar com essas tecnologias. Porém, afirmo que, de nada servira o empenho governamental se nós como sociedade não mudarmos. Cobrar e criticar é fácil, difícil é analisar e aceitar nossas pequenas falhas.

Novamente volta-se a questão educacional reafirmando o que eu já havia citado no parágrafo anterior; sem educação que altere mude essa visão superficial e limitada das coisas, de nada adiantará gastos e mais gastos públicos, se continuarmos com uma educação e cultura arcaica.

Dentro desse contexto a maior contribuição que o meio ambiente pode receber é a boa ação individual e consciente de cada um de nós.

Em suma, acredito que não são necessários super-herois que acabem com todos os nossos problemas de ordem socioambiental, mas sim, cidadãos e políticos comprometidos com o futuro das próximas gerações e da nossa natureza, sendo assim,  capazes de rever seus conceitos de desenvolvimento, o real significado do que realmente é lixo e suas inúmeras formas de reutilização.

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Publicado por: Arthur Amaral de Souza Luz

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