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INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA NA PÓS-MODERNIDADE: GRANDES DESAFIOS EM UM MUNDO CRUEL E DE TANTAS CULTURAS DE MORTES

Breve análise sobre infância e adolescência na pós-modernidade, principais desafios.

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.

“(...) A ascensão económica, social e, por fim, política da burguesia, a partir das revoluções liberais, consagrou a democracia (...) A noção de direitos humanos emerge justamente em função destes dois princípios: o direito dos homens a uma igual liberdade e dignidade, e o direito dos povos à autodeterminação. (...) Apesar de muitos pensarem nos direitos humanos como uma imposição, a verdade é que o respeito pelos outros, pelas suas diferentes dimensões tem sido um esforço coletivo das entidades governamentais e organizações da sociedade civil, que têm desenvolvido um balanço positivo, no que diz respeito à abrangência e consciencialização dos direitos humanos.” 1

É difícil acompanhar os tempos modernos. São tantas novidades, que o tempo passa e a pessoa não consegue ao menos concluir metade das reflexões de uma pós-modernidade acelerada.

A internet, a inteligência artificial, o voto eletrônico, as dinâmicas políticas de partidos políticos, novas armas tecnológicas que matam, a ciência revolucionando a medicina, e tantas outras notícias são apresentadas cotidianamente nas realidades mundo afora.

A pessoa humana, o ser humano, não é uma máquina para assimilar tantas informações. Se antes, a pessoa utilizava a carta, hoje a leitura dos olhos abre um mundo de possibilidades na comunicação humana.

O progresso, as inovações, um mundo novo de facilidades, chegou, entretanto, trouxe desafios muitos.

As culturas das mortes cresceram, pois ficaram mais transparentes, o que antes, em tantas realidades mundo afora, era camuflada de aparências, principalmente dentro das famílias.

Hoje o mundo moderno convive com desenhos outros de famílias, o que é a normalidade da vida.

As liberdades já são maiorias pelo mundo.

Os direitos humanos parecem estar sendo respeitados na maioria das nações.

Infeliz e lamentavelmente, a pessoa humana, enquanto ser humano, está se distanciando apesar de parecer estar mais próximo. São as tecnologias que fazem pessoas se encontrarem, aqui e acolá, mundo afora. Só que, é algo, apesar de tantas facilidades, que distancia o calor humano do presencial.

Muitas temáticas são tratadas neste novo mundo, um mundo pós-moderno. Sinais de mortes e alguns de vida plena e abundante, se encontram nos caminhos. Meio ambiente, saúde pública, políticas partidárias, guerras, internet, armas químicas, inteligência artificial, são alguns dos milhares de tais temáticas, estas sendo tratadas em mesas redondas, nas acadêmicas, nos quatro cantos de uma sociedade, na globalidade do Planeta Terra, nos corações particulares e em tantos outros espaços de vida e de convivências.

A imprensa se destaca em tanto rico contexto. Tanto com notícias de fatos quanto no campo de notícias duvidosas.

A crise mundial de saúde pública que trouxe o vírus do CORONAVÍRUS, conhecido como COVID-19, veio para trazer reflexões, profundas, de que sociedades, qual o ser humano, que vida, o mundo precisa.

“A Revolução Industrial foi um período de grandes mudanças para a sociedade europeia, tanto no âmbito das relações de trabalho, quanto no âmbito do desenvolvimento tecnológico. Tal revolução, suscitada durante o decorrer do século XVIII, teve consequências diretas ao redor do mundo, alterando relações sociais, econômicas e ambientais em toda a sociedade. (...) para que o uso indiscriminado dos recursos naturais não acabe ocasionando o colapso dos ecossistemas, é imprescindível que reavaliações comportamentais sejam consideradas. Da mesma maneira, faz-se necessária a utilização de materiais e métodos que causem a menor perturbação possível ao meio ambiente, atendendo às atuais necessidades da sociedade e garantindo conforto e qualidade de vida para as gerações futuras. (...) a consciência ambiental têm se tornado uma das principais preocupações da atualidade. (...)” 2

E é diante de tantas realidades pós-modernas que nasce a reflexão de como estão as infâncias e as adolescências nos tempos de hoje.

É público e notório para todo o mundo, que infâncias e adolescências mudaram. Agora as coisas são mais claras, aparecem mais.

E as mentes são mais abertas. As informações surgem em segundos.

Ninguém mais é inocente. Não existe. E se existe, precisará acordar para sobreviver, caso contrário, morrerá.

Cada nação, mundo afora, vive suas realidades. Lamentavelmente, nem todas respiraram ares de democracias. Uma tragédia.

É preciso, e a fé, ao menos em seus escritos trata disso, clama por uma transcendência que traz liberdades, de acordo com cada experiência religiosa, culturas de vidas, e vidas plenas e abundantes para todos. Onde homens e mulheres, desde antes de seus nascimentos, tenham suas dignidades respeitadas. As culturas dos cuidados precisam ser sinais de novos tempos. E aqui não se trata de lideranças religiosas, políticas ou outras. Trata-se de se compreender que cada vida importa.

Não pode o mundo, com toda a sua modernidade, não perceber nossas infâncias e nossas adolescências, apesar de mentes abertas e acúmulos de informações, precisam de cuidados. É uma obrigação social e um dever coletivo.

Se um jardim é bem cuidado, com todo carinho, além de água, sol e adubo, ele dará frutos bons, de vida, e vida plena e abundante. Caso contrário, o resultado será péssimo.

Sabedoria, mente aberta e muitas buscas por conhecimentos que transforme a velha pessoa em uma nova pessoa, são metas que o ser humano tem que alcançar.

Quem fica parado no tempo e no espaço, mesmo com 100 anos de idade, nada, nada e morre na praia.

Força, esperanças, vontade de vencer, sempre se respeitando e respeitando a outra pessoa, é um mantra que traz paz, e não uma paz oprimida, e sim uma paz que liberta, transforma e produz resultados bons.

Se a pessoa humana percorrer tais caminhos, será possível acabar com tantas misérias e tantas culturas de mortes que golpeiam, atingem de morte, as infâncias e as adolescências de hoje que serão as pessoas adultas de amanhã.

Seria fácil ser redundante e tratar do tema fazendo uma linha do tempo com as realidades mundo afora para estes protagonistas do presente artigo. Porém, é preciso resolver os problemas, mesmo partido de ideias, do quer ficam no campo ufológico, academicista, mágico, utópico, ou similares, e nada fazer.

Se acontecem tantos tipos de mortes com as infâncias e as adolescências de hoje, é pelo fato de homens e mulheres não gritarem, seja de que forma for, para mudar estas realidades, sempre sem medos, com cautelas, com sabedorias, com conhecimentos e com coragem para vencer.

Dizer que a culpa é de A ou de B, seria fácil. O que é o grande BUMM é buscar pistas, caminhos, passos, para construir possibilidades de vitórias, trazendo a vida como protagonista, independentemente de experiências de vidas ou de convívios. É preciso construir pontes, mudanças, de fato e de direito.

Quem respeita a vida, se respeita e respeita a outra pessoa, além de respeitar toda a natureza que vive.

A educação é o grande sinal vivo de que a pessoa humana pode muito, basta querer.

Mortes, misérias humanas e falta de sabedorias, são sinais de perigos para a existência de uma vida digna.

Vida, respeito e cuidado, é o tripé que dá sentido a vida diante desta realidade temporal.

Aqui foi apenas o início de uma reflexão. Quem puder, continue e faça a sua.

“(...) Os sujeitos de direito podem ser classificados de duas formas: como personalizados ou despersonalizados e como humanos e não humanos. Assim, os sujeitos humanos são os homens e mulheres, os quais surgem para o direito desde o momento em que inicia seu processo de formação, neste momento chamado de nascituro, e não tem personalidade jurídica - sujeito despersonalizado, podendo apenas praticar os atos para os quais haja expressa previsão legal. Ao nascer com vida, a partir de sua primeira respiração, o sujeito adquire personalidade jurídica, isto é, recebe do direito uma autorização genérica para a prática dos atos e negócios jurídicos. Em resumo, o homem e a mulher, enquanto se encontram em processo de gestação no útero materno (nascituros), são já sujeitos de direito. (...) É notório que na proteção conferida pelos tratados internacionais, sob as maiores ameaças que importam em suspensão de certos direitos em situações de emergência, o direito à vida é sempre incluído como um direito inderrogável.  (...) o Pacto Internacional sobre Direitos Civis e Políticos, que foi adotado pela XXI Sessão da Assembléia Geral das Nações Unidas, tornando-se lei no Brasil, expressa no artigo 6.1: ‘O direito à vida é inerente à pessoa humana. Este direito deverá ser protegido pela lei. Ninguém poderá ser arbitrariamente privado de sua vida.’ (...) A vida inicia-se a partir de uma única e simples célula chamada zigoto, a partir da qual seguem-se todas as demais fases do ciclo de vida do ser humano. Embora com formas físicas e fases distintas, tanto o zigoto como a pessoa adulta consistem no mesmo indivíduo desde o primeiro dia de sua formação, quando já determinadas inúmeras de suas características (...)” 3

Webgrafia:

1. SIMÕES, Liliana Filipa Nunes. O discurso dos direitos humanos: teoria, práticas e fundamentação. Disponível em: https://estudogeral.uc.pt/bitstream/10316/27229/1/TESE%20VERSAO%20FINAL%202.pdf

2. COSTA, Bianca da Silva Lima Miconi. Um estudo sobre sustentabilidade. Disponível em: https://repositorio.ufmg.br/bitstream/1843/30920/1/MONOGRAFIA%20BIANCA%20ENCADERNA%C3%87%C3%83O.pdf

3. FINIZOLA, Juliana Regis. Da proteção do direito à vida humana na fase intrauterina à luz da convenção americana de direitos humanos. Disponível em: https://repositorio.ufpb.br/jspui/bitstream/123456789/16139/1/JRF07102019.pdf

Autor:  Pedro Paulo Sampaio de Farias

Professor; Pedagogo; Especialista em Educação; Especialista em Gestão Pública; Mestrando em Educação; Pós-graduado em Teologia; Pós-graduado em Antropologia; Graduando em Direito; Líder Comunitário; Líder de Associação de Professores; Sindicalizado da Educação; Servidor Público Estadual e Municipal; Atuante em Movimentos Populares e Movimentos Sociais; Cristão Romano.


Publicado por: PEDRO PAULO SAMPAIO DE FARIAS

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