Hollywood: A utopia de Ryan Murphy em busca da ressignificação do preconceito no cinema
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RESUMO
A presente pesquisa, tem como objetivo propor uma análise de um produto midiático, utilizando uma história ilustrativa para abordar questões de gênero no cinema desde a década de 40. Ao fazer uso de tal obra, a intenção é promover recursos para discussões e combate à homofobia na sociedade atual. Além disso, tenho como intuito auxiliar na compreensão, acerca da necessidade de discussões sobre homofobia, fazendo uma alusão ao passado e ao futuro.
Desta forma, esta pesquisa tem como produto final, uma intervenção social que foi nomeada de “Hollywood - a utopia do cinema por Ryan Murphy em busca da ressignificação do cinema”. Sendo assim, esse trabalho foi desenvolvido a partir de análise de imagens em movimento (BAUER e GASKELL, 2010), utilizando para tal, a primeira temporada da minissérie “Hollywood”, de Ryan Murphy, presente no catálogo da Netflix desde maio de 2020.
Logo, não há como deixar essas discussões à margem de críticas online, é necessário levar adiante pensamentos e problematizações sobre o tema, especialmente, considerando que a internet, é um dos ambientes mais favoráveis à proliferação do preconceito, como o bullying, homofobia e machismo. Nesse sentido, busca-se neste trabalho, demonstrar que é possível inserir essas discussões no cenário acadêmico, através de debates e conscientização das pessoas, como forma de combate aos preconceitos e discriminações.
PALAVRAS-CHAVE: Interfaces comunicacionais; Hollywood; Preconceitos; Cinema; Gênero.
INTRODUÇÃO
Nas últimas décadas, o debate sobre o papel de gênero na sociedade tem encontrado seu lugar, mesmo que lentamente, as questões sociais e econômicas tem sido aliada na disseminação do debate político, que implica nossos direitos e o que significamos em uma sociedade, que nesse atual momento, se encontra conturbada e aflorada de preconceitos. (BANDEIRA e BATISTA, 2002) Isso se dá porque vivemos em um país que debruça-se sobre pesquisas, como a minha, que tem relação direta com as questões LGBTQIA+. Nesse viés, no presente trabalho, estou imbuído dessa coragem para pesquisar e analisar toda a história de “Hollywood”, para ter apoio e direção acerca de discussão de questões homofóbicas, xenofóbicas e machistas dentro do ambiente cinematográfico.
Inicialmente, será feita uma apresentação da obra, traçando pontos específicos que ilustraram o trabalho, delineando sua justificativa, de modo a destacar a importância da temática desenvolvida para o combate à homofobia na sociedade. Posteriormente, será feita uma reflexão sobre homofobia e suas consequências na vida das pessoas, usando personagens da série como exemplos. A partir disso, defende-se a necessidade de acabar com a homofobia no dia-a-dia, utilizando interfaces de obras como a utilizada nesta pesquisa, que aborda a homossexualidade de forma contextualizada e sem estereótipos.
Objetiva-se comprovar por cenas e histórias da minissérie, provas de que não existe uma condição sexual padrão, bem como ratificar a relevância de personagens homossexuais e histórias, para o enfrentamento da homofobia na sociedade. Isso pressupõe, levar ao conhecimento da população, a questão da sexualidade, de forma que eles compreendam que não existe um ideal, e que a heterossexualidade não se opõe, tampouco sobrepõe às demais formas. (LIMA, 1996, p. 166).
Apresentação da obra:
No dia 01 de maio de 2020, Ryan Murphy e Ian Brennan lançaram a minissérie “Hollywood”, na plataforma de streaming Netflix. A obra de arte trouxe uma nova visão aos anos de ouro da famosa “Hollywood”. A série teve como aposta em seus 8 episódios, mostrar uma nova visão do distrito de Los Angeles, conhecido no mundo todo por fabricar milhares de filmes, todos os anos e dar fama a inúmeros profissionais do cinema. Sendo esse também, o destino de milhares de pessoas que sonham em alcançar sucesso com seus talentos.
O grande responsável pela série, e quem ganha a maioria dos créditos, Ryan Murphy, é um super produtor e criador de séries como: "O Povo Contra O.J. Simpson", "Feud", "Pose" e "Glee", entre outras. “Hollywood” tem o seu DNA e trouxe nele, grandes expectativas do público, sendo prometida uma história que mistura realidade e ficção, se tornando uma de suas obras mais envolventes e frustrantes.
A obra de Murphy e Brennan, é claramente um retrato da velha guarda de Hollywood, tendo em sua trama, personagens reais e histórias baseadas em supostos acontecimentos da época, que ficam subentendidos, ou nunca foram confirmados. No entanto, uma personagem que merecia estar presente é Marilyn Monroe, não apenas por ser um ícone de Hollywood, mas por toda sua representatividade.
Em relação a Monroe, vale ressaltar que na biografia da atriz, lançada em 1973, o escritor Norman Mailer, descreve as tentativas da aspirante a atriz, de conseguir entrar no mercado, depois de uma notória carreira de modelo. Sendo assim, a jovem teve sua história praticamente contada na série, mas sem ter seu nome mencionado. No livro, o autor ao falar desse período de Monroe, diz: “entre relações com homens importantes, Marilyn foi possuída, até mesmo diabolicamente, pela necessidade de ser uma estrela”. (MAILER, 1976, p. 67)
Sendo esse, o mesmo interesse de todos os personagens em “Hollywood”, o desejo incansável de alcançar fama com seus talentos, ainda não descobertos. Portanto, assim como Monroon, anos depois, os personagens conseguem sucesso e se vingam-se daqueles que os boicotaram durante essa fase, só que agora, sendo os profissionais do cinema mais requisitados da atual geração.
Deixando a senhorita Monroe de fora da história, o projeto de Murphy, aborda a história de um grupo de jovens, da década de 40, que viajam para a cidade de Hollywood nos Estados Unidos, em busca de realizar seus sonhos. A obra já atraiu milhares de olhares, seja pelas questões sociais, ou por menções ao passado, que por muitos anos foram mascarados e apagados da cúpula social americana
E se? Alusão a realidade sobre medidas fictícias do passado:
"Hollywood" segue a diretriz de tempos sombrios, mas com um final feliz. Sendo essa uma majestosa abordagem. Nas questões de gêneros, a série trabalha um olhar emocional, e o grande diferencial são as relações humanas entre os personagens nos temas como assédio, abuso e preconceito, que são majoritariamente focadas nos homens, pouco ilustradas em produções do tipo.
A série então, trata-se de contar a história inspiradora de um grupo de seis jovens, que se unem em busca de seus sonhos, que apesar da enorme dificuldade, e muitas vezes nenhuma referência ou inspiração, se jogam completamente nas oportunidades, e quase sempre, às criam em sua falta.Tudo começa dar certo, quando é anunciado um filme biográfico sobre uma atriz frustrada, que se joga do alto do icônico letreiro de Hollywood no Mount Lee. A trama é conduzida a partir do momento em que é apresentado Jack, personagem vivido pelo ator David Corenswet, que deseja ser um astro do cinema e Rock Hudson, que na série é vivido pelo ator Jake Picking, esses são os dois nomes em busca do sucesso como atores.
Archie, interpretado por Jeremy Pope, é na série um roteirista negro, que também sonha com a tela grande. Ele e Jack, convergem num posto de gasolina, que funciona como ponto de prostituição, sendo esse, outro marco que supostamente aconteceu na realidade. O estabelecimento é administrado pelo cafetão Ernie, interpretado por Dylan McDermott.
Os três homens, possuem a vida mudada quando o filme “Meg”, dirigido por Raymond Ansley, interpretado por Darren Criss é finalmente aprovado, e dessa vez, trazendo a questão do racismo, pois o filme foi terá como protagonista Camille Washington, interpretada por Laura Harrier, uma atriz negra, que disputou o papel com centenas de mulheres brancas. Já com essa premissa, Murphy e Brenner começaram a abordar questões como homofobia, exploração, assédio, abuso e machismo, tendo como base, usar todas essas desventuras como reflexo de moldes ultrapassados, os chamados “curativos”.
O final feliz começa a se tornar possível no penúltimo episódio. Críticos disseram, que a sensação é de que a história virou uma declaração de ingenuidade absoluta. E mesmo que ainda seja preciso manter a perspectiva, de que o objetivo maior é de estabelecer o curso dos acontecimentos, comparado com o presente que vivemos, teria sido melhor, se as decisões mais difíceis, tivessem sido tomadas naquela época.
A ilustração da sociedade atual de acordo das figuras da época retratadas em “Hollywood”:
Um dos figurões da trama, Ernie, interpretado pelo ator Dylan McDermott, é conhecido por ser o dono de um posto de gasolina que emprega meninos bonitos, para encher tanques com gasolinas e se prostituirem com seus clientes no anonimato. Essa parte do enredo, é destacado quando Ernie encontra num bar, um dos personagens centrais, Jack Castello, vivido por David Corenswet. Após recrutar o belo rapaz para o suposto trabalho, ainda não explícito, os galãs passam a colaborar com suas beleza exteriores, para tirar vantagens de clientes em busca de seus sonhos, cada um, com seu propósito maior.
Avis, vivida por Patti LuPone, consegue conquistar um grande destaque na série, ao desencadear segredos de seu passado. Esposa de um diretor de estúdio, Avis vive entediada por não ter nada o que fazer, além de ser uma socialite americana. Triste e sem motivação, Avis revela ter desistido de ser uma atriz de sucesso em sua juventude, devido ao machismo que enfrentou. Agora, ela é uma senhora extremamente crítica, mas que por coincidência vira a primeira cliente de Jack.
“Estamos falando de narrativas singulares, atravessadas por uma política editorial delimitada pelas mais diversas circunstâncias e constrangimentos sociais.” (SARMENTO, 2017, p. 85).
Durante o desenrolar da trama, Avis se destaca por ocupar o lugar do marido na produtora da família, se tornando a primeira mulher a assumir uma grande posição, em um lugar extremamente machista. Avis, então, passa a ouvir seu coração e proporciona oportunidades negadas há muitos anos para pessoas negras, homossexuais e estrangeiras, em sua então e mais promissora produção, “Meg”, filme que só só foi possível ser filmado devido o afastamento de seu rabugento marido da direção do estúdio.
Deixando a ficção de lado, e interpretando histórias reais, Jim Parsons dá vida ao personagem Henry Willson, um agente de atores extremamente cruel. Não assumidamente gay, Wilson é o vilão da história, sendo uma pessoa totalmente manipuladora, Wilson está sempre em busca de vítimas para satisfazer seus “desejos proibidos”. Assim, faz uso de seus talentos inegáveis para persuadir jovens atores, que se submetem a exóticos pedidos, com a certeza de que alcançaram sucesso, e caso isso não ocorra, Wilson demonstra ser capaz de acabar com o sucesso de qualquer um.
O personagem Rock Hudson, realmente existiu e foi considerado um dos maiores galãs de Hollywood nas décadas de 50 e 60. Na série, ele é vivido por Jake Picking, que mostra um lado conhecido do ator, mas que foi tratado como fofocas de bastidores. Em “Hollywood”, Hudson é abertamente gay e namora com um roteirista negro. Mas antes de chegar a ser assumir, ele foi vítima de Willson, mas por amor, lutou contra o manipulador.
O roteirista Archie Coleman, é vivido por Jeremy Pope, um sonhador que se muda para o distrito em busca de conseguir uma oportunidade de ouro para produzir um filme para “Hollywood”. Seu papel foi tão empolgante, que Pope foi o único ator da minissérie, a ser indicado em uma categoria da maior premiação da televisão americana, o Emmy Awards, marcado para o ano de 2021. Pelo papel de Coleman, Pope, concorre como melhor ator de drama em uma série de drama.
Agora, com Avis no cargo de diretora da produtora, Coleman é aprovado como roteirista de “Meg”, mas antes disso, uma luta precisou ser lançada para que ele fosse aceito, sendo um homem afrodescendente. O maior detalhe, foi que quem lutou por isso, foi Raymond Ainsley, o diretor escolhido para o filme, que também se tornou o primeiro homem asiático a assumir a posição de diretor de um filme de Hollywood.
Ainsley, é casado com a jovem atriz negra, Camille Woshington, vivida por Laura Harrier, que sonha em conseguir papéis que não sejam de empregadas. Após uma longa disputa, Camille consegue desbancar inúmeros concorrentes e ganha o papel principal do filme. Então, “Meg” se torna ainda mais polêmico em todo o país, por ser dirigido por um asiático, escrito por um homem negro e tendo como protagonista uma atriz negra. Devido a isso, a produção começa a sofrer boicotes de patrocinadores e cinemas pelo mundo.
Por fim, após todo o drama acerca da produção de “Meg”, e as histórias individuais de cada personagem. O filme se torna um grande sucesso de público e críticas, alcançando inúmeros elogios e prêmios, entre eles, o Oscar para Camille, por ser a primeira atriz negra a ganhar o prêmio de protagonista.
Como “Hollywood” aborda o preconceito no cinema:
Sendo um homem publicamente homossexual, o produtor Ryan Murphy, conhecido por trabalhar em produções com intenção de normalizar questões de gêneros, como “Glee”. “Pose” e “American Horror Story”, acerta em “Hollywood” por destacar a homofobia internalizada de um senhor de 50 anos, que por medo da sociedade vive uma vida solitária por se manter no armário. Richard Samuels, é vivido pelo ator Joe Mantello, que observa diante de seus olhos, uma nova geração ter voz.
Aos 50 anos, Samuels vê o destemido Rock Hudson lutar para quebrar esse estigma social. O jovem ator, coloca seus sonhos em risco ao decidir enfrentar o conservadorismo da sociedade. Suas atitudes, fazem com que esse senhor repense sobre a própria vida, e se permita amar, mesmo que até então, seja proibido.
Ao longo dos episódios, a série mostra que apesar do sonho de querer fazer a diferença em seus ofícios dentro do cinema, todos tem um teto de vidro, uma fraqueza, algo que eles tentam esconder, ou manter sob as aparências, mas que fatalmente vem à tona. E nem sempre são coisas negativas. Muitos convivem com a insegurança de se aceitarem como são, e isso vai desde a cor da pele, até questões mais íntimas como a sexualidade.
Para alguns personagens, como Archie e Camille, o racismo e o preconceito de gênero se tornam força-motriz, para correrem atrás de seus objetivos. Além dos dramas pessoais de cada personagem, é possível ver o processo de criação de um filme, desde o roteiro pronto, aos apuros que isso acarreta para a produção e lançamento, culminando com a consequência mais desejada para qualquer equipe cinematográfica hoje em dia: a cerimônia do Oscar.
É neste momento, destacado no último episódio da obra, que a palavra ficção se torna mais nítida, infelizmente, com um final um tanto quanto utópico, mas necessário diante da perspectiva atual do cinema, junto a seus inúmeros tabus e preconceitos que ainda persistem em se manter intactos. (Borrillo, 2011)
Problematização
No contexto de “Hollywood”, as complicações se desenrolam à medida que é posta em questão a realidade com a ficção, sendo esse o grande trunfo da série. Mesmo que seja muito difícil saber o que é real ou não, já que tantos fatos ainda são considerados quase impossíveis nos dias de hoje, como seria possível nos anos 40?
O grande ponto que ganha destaque sobre essa análise, é o questionamento de que como um grupo de pessoas passam por tantas desventuras e conseguem se unir para lutar e recomeçarem batalhas, para realizar o maior desejo de cada um, se tornar verdadeiros astros de Hollywood, tendo entre eles, discursos abafadas por uma sociedade machista, sexista, misógina, racista, homofóbica e xenofóbica.
Sendo assim, qual seria a resposta para mudar o preconceito na indústria? Talvez, se esses fatos tivessem acontecido hoje, seria tudo diferente? As respostas podem não ser claras na série, mas os autores conseguem implantar nos telespectadores questionamentos, e além disso, reflexões sobre como a sociedade é, e molda as próximas gerações.
Comparando a fictícia década de 40, com os dias atuais, é realmente frustrante ver a evolução das questões abordadas por Murphy e Brenner em “Hollywood”. Vale ressaltar, que todas as estatísticas a respeito de Hollywood são muito assustadoras, assim, como na série, e segue sendo.
Pode-se observar, que até o ano de 2020, apenas uma mulher negra venceu o Oscar de Melhor Atriz, em mais de 80 anos, sendo esse, apenas em 2002 (Hale Berry, Monster's Bal [2001]). Ao longo dos últimos 80 anos, levando em consideração o período retratado na série até hoje, apenas seis mulheres negras venceram o Oscar de atriz coadjuvante. O primeiro Oscar dado a um filme dirigido por um homem negro foi em 2014, por 12 anos de Escravidão (Steve McQueen), e um roteirista negro só venceu em 2017 (Jordan Peele, Corra!). Atores homossexuais ainda se escondem por medo de perderem trabalhos.
Olhando para esse panorama, fica difícil ser ranzinza com uma dramaturgia que preferiu brincar de reescrever a história. Desse modo, a série grita ser uma fantasia de alguém que sonha viver em um mundo diferente do que existe, de fato, e é impossível criticar quem também prefira viver nesse universo criado por Murphy e Brenner.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Em análise a diversas obras de Murphy e Ian Brennan mencionadas durante a pesquisa, é visível a necessidade de problematizar situações dos cotidianos, como os diversos preconceitos reunidos em “Hollywood”. Os autores, além de propor debates sobre diversas questões sociais, insistem em inspirar os telespectadores com finais felizes.
Seguindo essa perspectiva, é evidente que os responsáveis pela obra recusam aceitar o mundo como é, e tentam extrair dessa realidade uma reeducação perceptiva: “se apesar de tudo, coisas boas acontecerem muitas vezes, talvez alguma parcela do mundo absorva essa energia”. (Ryan Murphy, 2019)
Então, mesmo que a “Hollywood” da série se passe na década de 1940, a trama deixa parecer que a mensagem é algo como “se as minorias e as mulheres da época fossem um pouco mais ambiciosas, a indústria de cinema seria completamente diferente”.
Sendo assim, a interrogativa da questão fica: se a conclusão da trama incomoda, apesar de entreter e deixar o espectador ligado até o último episódio com uma história bem feita, as cenas reais podem ser o iceberg da realidade.
“Hollywood” então, deixa alguns ganchos em seu último episódio para uma possível continuidade. Mas caso não ocorra, pode-se dizer, ela já cumpriu seu papel de expor o outro lado da luz e glamour cinematográfico, que muitas das vezes não são acompanhados de flores, elogios e talento, e que é preciso ter força e personalidade para superar as muitas dificuldades.
Assim, desejo que todos que tenham acesso a essa pesquisa, entenda que qualquer escolha individual deve ser respeitada, afinal, todos somos iguais e devemos ser tratados sem preconceito ou discriminação. De forma geral, parte-se do entendimento, que produtos midiáticos, como filmes, séries, livros, campanhas publicitárias e sociais, são responsáveis por complementar a formação do indivíduo, sendo uma sublime forma de conscientizar os telespectadores, leitores e usuários.
Essas ferramentos auxiliam na proliferação dos direitos e deveres, necessários para à convivência social harmônica, principalmente diante dos índices alarmantes de violência e discriminação praticadas contra a comunidade LGBTQ+ na atualidade.
Portanto, “Hollywood” é um valioso material de estudo, pois além de preencher lacunas sociais com esses debates, nos ensina por um olhar empático e sonhador.
REFERÊNCIAS
BAUER, M. W. Análise de conteúdo clássica: uma revisão. In: BAUER, M. W.; GASKELL, G. Pesquisa Qualitativa com Texto Imagem e Som. Petrópolis, RJ: Ed. Vozes, 2007. p. 189.
MISKOLCI, Richard Exorcizando um fantasma: os interesses por trás do combate à “ideologia de gênero” Cad. Pagu 2018, n.53, e185302. Epub June 11, 2018.
BORRILLO, Daniel. Homofobia: história e crítica de preconceito. São Paulo: Autêntica Editora 2010.
SARMENTO, Raysa.Das sufragistas às ativistas 2.0: Feminismo, mídia e política no Brasil (1921-2016). Tese de Doutorado, Ciência Política, Universidade Federal de Minas Gerais, 2017.
CANDIDO, Marcia Rangel Candido; JUNIOR, João Feres. Representação e estereótipos de mulheres negras no cinema brasileiro. Revista Estudos Feministas, 2019.
Publicado por: Fellipe Medeiros
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