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Como as ondas do mar

Porque somos como ondas, as lições da natureza, aprender sempre...

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.

Não é possível, ou não é sábio ignorar as lições da natureza. Assim sendo é importante ter consciência que a vida nos é dada para que a desfrutemos da melhor forma e isto inclui aprender sempre, embora em certas ocasiões nos reconheçamos em situações que nos desagradam, em virtude de falta de paciência, de tolerância e de compreensão da falibilidade do outro e conseqüentemente da nossa também.

Como as ondas todos nós ora estamos em alta (e isto pode despertar sentimentos não tão nobres, tanto em nós como no outro), ora estamos escondidos, recolhidos, por inúmeras circunstâncias que assim determinam ou até por opção. Este processo de alternância é educativo, faz vivenciar situações novas, diferentes. Na natureza ocorre desta forma, posto que nada permanece igual sempre. O sol alterna com a lua o espaço, a chuva com o sol, o calor com o frio, o outono com a primavera. Isto proporciona perspectivas diferentes, o que sem dúvida é interessante. Se tudo fosse sempre igual não haveria evolução, desenvolvimento, progresso, conquistas que vieram em benefício da humanidade, embora nem sempre os homens façam disto tudo o uso adequado.

É imprescindível que saibamos olhar com atenção para o que nos circunda para decifrar cada mensagem que nos é transmitida.
Ontem, ao deitar olhava o mar que se descortinava à minha frente, calmo, sereno, com uma longa faixa de praia. Veio à chuva, mudaram as correntes, a maré subiu, a faixa de areia desapareceu. O mar avançou e batia furiosamente nas pedras e nas balaustras que se estendem por esta parte da orla desta terra linda, abençoada por Deus e apadrinhada por Jorge Amado e Dorival Caymmi. É a outra face que se apresentava para que pudéssemos aproveitar toda multiplicidade de opções que a vida nos oferece de uma maneira simples, mas proveitosa, prazerosa, e que se transformam em alimento para o corpo e para a alma, como uma caminhada para descobrir novos encantos, uma visita ao museu, uma conversa informal com habitantes do lugar, uma subida no morro, um alimento diferente, a visita aos pontos turísticos quase obrigatórios. Uma gama de opções. Todas válidas. Necessário é saber o tempo de fazer cada uma. Assim como cada pessoa tem seu jeito de ser, cada coisa tem seu tempo de acontecer, cada estação uma característica, cada local seu modo peculiar de viver. Não podemos é julgar cada um de acordo com nosso modo classificando-os de certo ou errado, formando assim juízo de valor.

Nossa tarefa consiste em saber interpretar estes diferentes símbolos, as diferentes linguagens, com múltiplos significados, para melhorar o nosso conhecimento com relação a nós mesmos, aos outros e a vida e facilitar a comunicação entre os seres e entre estes e a natureza deixando que cada um se expresse a seu modo e a seu tempo, considerando suas características, atributos e limitações. O que não dá é para querer ser porta-voz de todos, falando uma linguagem própria, que não contemple a multiplicidade e, sobretudo não respeite cada individualidade.


Publicado por: Isabel C. S. Vargas

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