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Às vezes parecemos gatos cegos

Qual é a origem da visão tapada ou distorcida que criamos diante daquilo que nos impede de avançar na direção dos nossos sonhos e projetos? De onde nascem a camada de barro e a ideia de que estamos presos a uma casca protetora, ser percebermos que ela também nos aprisiona e impede às novas visões e atitudes?

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.

Em uma pesquisa realizada nos meados da década de 1970, com gatos recém-nascidos, constatou-se algo espantoso. Os gatos nascem com os olhos fechados, e à medida em que vão abrindo os olhos, o nervo óptico que está mal desenvolvido, vai se abrindo e possibilitando a visão formidável que eles adquirem com o tempo. Porém, os pesquisadores descobriram que, ao se tapar os olhos de um gatinho, por dois ou três dias, enquanto o bichano está na fase de abrir os olhos pela primeira vez, ele ficará cego para sempre.

Observe que toda genética do gato está pronta para que ele tenha uma visão extraordinária. Mas, o fato de taparem seus olhos por um curto período de tempo, enquanto está em formação, o faz ficar cego por toda a sua vida.

Qual é a origem da visão tapada ou distorcida que criamos diante daquilo que nos impede de avançar na direção dos nossos sonhos e projetos? De onde nascem a camada de barro e a ideia de que estamos presos a uma casca protetora, ser percebermos que ela também nos aprisiona e impede às novas visões e atitudes?

São muitas fontes, como composição genética, nossa história de vida, companhias, e todo tipo de influência. Mas, nada se compara ao fato de permitirmos que as pessoas, ou nós mesmos, tapemos nossos olhos durante o processo em que poderíamos expandir nossa visão, ampliando possibilidades e atitudes, para aproveitar ou criar oportunidades. As origens são as mais variadas, todavia, a maior delas, então, é a nossa decisão. Nós decidimos, por uma série de motivos, como medo, crenças, preguiça, arrogância, influências, continuarmos cegos.

Deste modo, podemos concluir que tudo o que queremos, já existe. Apenas não treinamos nossa mente para enxergar. Julgamos impossíveis e irreais coisas que não vemos, mas, o tempo todo estiveram bem ao nosso lado.

Essa pesquisa mostra, por outra óptica, que não basta termos todas as características genéticas para enxergarmos o mundo e os acontecimentos. É preciso decidirmos abrir os olhos, a mente, para que o cérebro consiga fazer as conexões necessárias com aquilo que existe, embora não estejamos vendo, para captarmos as possibilidades e oportunidades que o tempo todo estão nos circundando.

QUANDO MUDAMOS NOSSA MENTE, NOSSO COMPORTAMENTO NÃO TEM OUTRA COISA A FAZER SENÃO SEGUÍ-LA.

Outra pesquisa, também realizada com gatos, expôs três grupos deles em ambientes diferentes, no mesmo momento em que a visão desses animais estava se desenvolvendo. Um grupo ficou numa caixa branca com linhas pretas verticais. Outro foi colocado em caixas brancas com linhas pretas horizontais. E o terceiro grupo foi deixado numa caixa completamente branca.

Incrivelmente, os gatos do primeiro grupo tiveram a vida toda grande dificuldade em se deslocar e enxergar objetos horizontais, como cadeiras, mesas. O segundo, teve grande dificuldade em se ajustar a tudo que tivesse linhas horizontais. E o terceiro grupo foi o que teve maior problema, pois não conseguiram se relacionar bem com qualquer objeto, tivesse a forma que fosse.

Por que isso ocorreu? Por que no momento em que desenvolviam a visão, tudo o que aprenderam a ver, foi tudo o que viram.

Para nós, a lição que fica, mais uma vez, é que há um mundo de infinitas possibilidades, porém, muitos de nós fomos treinados para não as ver.

É o caso de duas pessoas que nascem na mesma região e seio familiar pobres, e são rodeadas pelos mesmos componentes diariamente, tipos de pessoas, enfim, têm estruturas muito semelhantes. No entanto, no decorrer da vida, uma continua na mesma região, sem quaisquer resultados relevantes, enquanto a outra iça voos extraordinários, conquistando e realizando grandes projetos.

Ou, de outras duas pessoas, que nasceram numa região e seio familiar ricos, porém, uma delas foi capaz de multiplicar sua riqueza, enquanto a outra agiu como um filho pródigo, e dilapidou o patrimônio.

Qual a diferença entre essas pessoas? Os exemplos familiares e a situação são iguais, quando comparamos as duas que nasceram numa situação difícil, e também quando fazemos isso com as que tiveram condições melhores. Por que uma delas, em cada situação, se deu bem na vida, e as outras duas não?

Basicamente, a diferença está em que uma delas, na sua situação, tomou a decisão correta, de abrir os olhos, tirar a venda, e não quis mais ficar cega à falta ou excesso de possibilidades e oportunidades. Isso prova que não é o local nem a situação que molda nosso futuro, mas sim, nossa decisão de mudar aquilo que não apreciamos, ou, manter e expandir o que nos agrada, que faz toda a diferença.

Nossa sorte, é que, diferente dos gatos, temos essa opção de decidir enxergarmos a hora em que quisermos. Não precisamos passar a vida toda cegos.

Ao continuarmos alimentando de maneira errada essas fontes, com a frequência incorreta em que vibrarmos mentalmente, bem abaixo do nível ideal, não abriremos gradativamente a visão, para vermos além do que imaginávamos ser possível, não liberando, também, novas atitudes, para mudar o cenário que construímos ou permitimos que tenham construído para nós. Quando decidimos vibrar na frequência correta, veremos muito mais do que caixas brancas, com ou sem linhas!

Uma coisa é as pessoas nos influenciarem por longos períodos. Outra é nós decidirmos prosseguir alimentando influências negativas, uma visão cega, com pensamentos, crenças, e comportamentos paralisantes, sendo que podemos mudar com um simples click mental chamado: decisão de parar de alimentar aquilo que não nos faz bem!

Precisamos parar de agirmos como gatos cegos ou míopes, que tiveram sua visão interrompida ou embaçada, sem chance de mudarem esse destino. Nós temos essa opção!


Publicado por: Paulo Sérgio

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.