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ALGUNS TEMAS DESAFIADORES DA PÓS-MODERNIDADE: COMO VIVER E CONVIVER BEM, E DE FORMA SAUDÁVEL, EM UMA SOCIEDADE DIVERSA, COM TANTAS CULTURAS, NA REALIDADE DE BRASIL

Breve reflexão sobre alguns desafios da Pós-modernidade.

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.

A liberdade é um dom divino. Ele, Deus, deu a liberdade de escolha para o ser humano. Só que, em muitos casos, a opção é pela morte. A vida é um grande presente que cada pessoa humana pode receber da divindade. É preciso saber viver. Viver com consciência, responsabilidade e muito respeito para consigo e para com o outro.  No caminho de tal liberdade, a pessoa faz opções de como viver, por força do momento ou por escolha particular, pessoal. Alguns temas, até ricos para mesas de debates, principalmente na realidade brasileira, fazem parte de tais opções:

1- Direitos dos amantes

O gosto da outra pessoa não está, em tantas sociedades, restrito a uma pessoa parceira, até que a morte separe. Uma terceira pessoa passou a fazer parte da família, mesmo que em tantos casos concretos apareça como uma sombra, algo escondido a quatro chaves. É um mistério. E isso apenas para falar de realidade de ocidente mundial, já que no oriente mundial os entendimentos, as culturas, são outros. A pessoa amante em tempos pós-modernos, clara por seus direitos. E declara que não está em prisão de A ou B. É livre. E se, como sempre é divulgado por vários meios de comunicação e em falas, a pessoa tem um relacionamento matrimonial ou de união estável, a pessoa amante não pode ser colocada em último plano. É uma polêmica que já está rendendo em tantas discussões, debates, até públicos, principalmente Brasil afora. Fica a reflexão: A pessoa amante tem direitos? Se sim, quais?

“(...) Refletir sobre os direitos do amante não é uma tarefa fácil, considerando não haver regulamentação jurídica suficiente, bem como o medo associado à insegurança dos amantes em demandarem o judiciário para solicitar seus direitos. Outrossim, embora a ausência de previsão legal, percebe-se que alguns tribunais tem proferido decisões positivas respaldando os amantes com rateios de pensão por morte, parcela na partilha de bens, dentre outros. Portanto, para que o amante possa sair completamente da caverna em que estava confinado, é necessário que o Poder Judiciário reconheça os direitos do (a) amante nos escassos casos que foram levados aos tribunais para movimentar o legislativo, com o fito de editar não só uma legislação correlata ao tema para que ocorra a proteção deste, como também fazer cumprir o ordenamento jurídico brasileiro que eleva a proteção da família compreendida em toda a sua amplitude.” 1

2- Poliamor

O mundo pós-moderno não para de assustar tantas pessoas que antes entendiam que existia uma relação entre A e B, de preferência entre homem e mulher. E diante de tais tempos, as relações foram ampliadas. Mais de duas pessoas humanas se relacionam, conscientemente, entre si. É algo, para muitos, bizarro. Errado ou certo, são novos tempos. E as tecnologias, a internet, as modernas comunicações, são incentivadoras de tal estado de vida. Cabe a cada pessoa envolvida nas relações decidir o que entender melhor para sua vida. Terceiros, estranhos da relação, cabe apenas observar de longe. Seria o fim dos tempos? Cabe as reflexões, discussões, debates, por parte da sociedade, das sociedades, diante de suas culturas, realidades, opções de vida em grupo. Já existe uma boa literatura com relação ao tema em tela. É relevante que outras produções surjam para ampliar as ideias. A vida segue seu fluxo. Impossível alguém travar o seguimento da vida. Qualquer interferência parece, até o momento, perda de tempo. O que para uns pode parecer aberração, para os que vivem tal experiência é uma opção de vida plena.

“(...) falar sobre Poliamor não é confortável, não gera suspiros, e pode até parecer uma utopia. As novas formas de amar moldam novas formas de relacionamentos, novas organizações familiares que impactam em nosso modo de ver o mundo e viver em sociedade, e nos levam rumo a relações mais inclusivas. (...)” 2

3- União estável

O casamento faliu? Para uma parte das pessoas que convivem nos tempos de hoje, a resposta será sim. O que fazer, caso positiva a resposta? A resposta mais viável: Viver uma união estável. É uma opção mais segura, menos perigosa. Além de dar tempo ao tempo. É possível encontrar tantas pessoas que convivem anos e anos sem a preocupação da papelada do casamento. E olhem que existe amor envolvido. Pode ser até mais viável uma união estável, no respeito, na confiança, no amor, no carinho, do que um casamento atropelado, desaguando para as traições conjugais, de sentimentos. Claro que, casar é um evento da tradição de muitas pessoas. Espaço religioso, papelada no cartório, testemunhas, festinha, um sonho. Só que, a realidade, para tantas pessoas é cruel, caminhando até para mortes cruéis, e outros atos de desamor, de ódio mesmo, de pecado. Não é uma demonização da instituição casamento. São constatações, públicas, diárias, de vários casos concretos que, antes de casar a pessoa agia de forma A e, após a confirmação, oficial, do casamento, a pessoa passa a agir de forma B. A relação a dois, nos moldes escolhidos pelas partes, precisa ser de sentimentos bons e não de experiências de mortes, físicas e da própria alma, esta última. Um relacionamento saudável deve ser composto pelo tripé Mente/Coração/Alma-Espírito para dar bons frutos, no casamento ou na união estável. Não é o tema que importa para o relacionamento, o que vale são sinais de vida plena que estas pessoas optaram em suas convivências. A tradição religiosa ou familiar não ditar a vida das pessoas. Estas apenas são luzes, e deveriam ser, para presentear estas pessoas, casadas ou estáveis, viverem, conviverem, bem e melhor por uma longa vida ou por um tempo. A vida é uma particularidade de cada pessoa. Não cabe a terceiros dar palpites que queiram impor suas experiências para a outra.

“(...) seja qual for o núcleo familiar, este merece especial proteção do Estado a fim de que seja assegurada a dignidade aos seus integrantes, pois é certo que toda e qualquer entidade familiar deve estar, sempre, pautada na mesma base sólida: o afeto. (...) nas situações em que forem atendidos os pressupostos caracterizadores da união estável (publicidade, continuidade e durabilidade, com o intuito de constituir família) e estiver presente a boa-fé dos envolvidos na relação, não há porque deixar de conferir todos os efeitos jurídicos inerentes à referida entidade familiar e a todos os seus componentes.” 3

4- Veganismo

A defesa da vida animal, para tantas pessoas, passa pela opção de não alimento dos mesmos e de suas produções, como acontece no cotidiano do mundo moderno, principalmente no mundo ocidental. São pessoas que possuem um sentimento de preservação que transcendem ao simples gesto de gritar, protestar. Radicalizam. Entendem que para, por exemplo, se ter uma alimentação saudável é fundamental se mudar os hábitos alimentares de antes e de hoje. Carnes, não fazem parte do cardápio de uma pessoa que faz a opção pelo veganismo. A eliminação de toda e qualquer forma de destruição do mundo animal, é a bandeira que os veganos carregam, defendem e projetam em suas vidas. O respeito ao mundo animal é um mantra a seguir seguido pelo grupo. É um estilo de vida que pessoas passaram a possuir, principalmente a partir da chegada do século XX. Todo vegano deverá libertar os animais, e é uma filosofia de vida, dos sofrimentos causados por mãos humanas. Enfim, para mergulhar mais, e melhor, no mundo do veganismo, é relevante estudar, pesquisar e, se assim entender, mergulhar em um mundo novo que, para tantos, será realmente novo, pois trará uma mudança radical de vida para a pessoa que fizer tal opção. Para os que fazem tal opção, o veganismo é um estilo de vida ético.

É possível preparar todos os pratos tradicionais sem nenhum derivado animal (...). 4

5- Vegetarismo

A pessoa que faz a opção pelo vegetarismo entende, por questões tantas, que no mundo vegetal estar o que esta precisa para viver bem e melhor. Carnes não faz falta. Também entendem que a defesa da vida dos animais e o fim dos seus usos, de seus produtos, faz parte do respeito e do cuidado com estes. É entendido por tantos como sendo uma dieta, por questões de fé, saúde ou outro tema da vida. A pessoa humana do tempo pré-histórico era basicamente vegetariano. É algo que vem sendo cultivado faz um bom tempo da história do próprio mundo. Uns até acolhem por moda. Outros, para se enturmar. Muitos mais por quererem uma mudança radical de vida já que uma alimentação a base de carnes, vermelhas ou brancas, não faz bem para as suas saúdes e sua própria vida. É, mais tarde, da Índia a tradição do vegetarismo. Para o veganismo, o vegetarismo é um regime alimentar.

“(...) o vegetarianismo é uma escolha alimentar na qual se tira os produtos de origem animal do cardápio. (...)” 5

6- Refugiados

As guerras, os conflitos internos nos países, os regimes políticos ou de fé, são sinais de que suas populações vão embora, para outras nações, para terem paz. Uma paz que parece nunca chegar. Está muito longe de acontecer. São homens e mulheres que caminham como zumbis, almas sem rumos, mundo afora, clamando por um cantinho para se proteger de tantas mortes, de tantas desgraças, de tantas tragédias humanitárias. Entretanto, também podem acontecer em tempos de paz. O mais comum de acontecer são em tempos de guerras e outras misérias humanas. Atualmente o mundo convive com tempos estranhos, principalmente no oriente. Muitas pessoas são obrigadas a deixarem sua terra natal para mergulhar em um novo mundo. Famílias e mais famílias estão sendo desabrigadas, e não por questões climáticas, estão sofrendo com as misérias humanas de pessoas que se acham seres que transcendem as paredes desta vida temporal. Muitos não sonham em uma vida andarilha, retirante, de passagem. Estes querem um cantinho para chamar e sentir que é seu. Para viverem suas vidas com paz, conforto, segurança, saúde, sossego, tranquilidade. Lamentavelmente, é o que, em tantos casos concretos, não acontece mundo afora. E o mais triste é que tantos são desprezados por outras nações por não serem filhos da terra. São jogados nas fronteiras. Outros tentam entrar por meios não tão ortodoxos. E vários morrem no caminho. Esta pessoa humana não sai correndo de sua terra natal por vontade própria, por opção particular. Esta é forçada a sair, caso contrário, morrerá.

“(...) O entendimento para definir se uma pessoa é refugiada ou não parte de uma justificativa, que é definida como “fundado temor”. Embora o termo seja polêmico, porque o que pode ser temeroso para alguém pode não ser para outro, ele é usado como parâmetro pela Acnur para justificar o que levou determinada pessoa a fugir de sua terra de origem. (...)” 6

7- Emigrantes

Muitas pessoas querem, e assim entendem, que outra nação fará bem para seu projeto de vida, particular, individual, pessoal ou, até mesmo familiar.  Decidem sair de sua terra natal para lograr altos voos em busca, e assim tantos acreditam, de novas experiências, sucessos. Claro que a chega, a adaptação não é coisa fácil. Os obstáculos, as barreiras, as limitações, os desafios, são muitos. Altos muros para serem ultrapassados. E não são muros de pedras. São caminhos que precisam percorrer para alcançarem seus objetivos. Diferente do povo refugiado, os emigrantes são ousados e querem desafiar limites na vitória da vida sobres as misérias humanas. Sucessos, fracassos, mistérios, vão existir nas vidas destas pessoas. Entretanto, a opção foi feita. Cabe as outras pessoas entender, compreender, respeitar, sem interferências desnecessárias. No livre arbítrio, você faz a opção independentemente do que a divindade, a transcendência quer, no entendimento das pessoas, desta pessoa. Ai está uma liberdade consciente. Erros ou acertos, vai depender do tipo de vida que esta pessoa vai viver em sua nova casa comum de convivências individuais ou em grupo. Muitas pessoas têm emigrado do Brasil para outras nações. E ao contrário também sempre aconteceu. Acontece que em muitos casos concretos, o retorno para a sua terra natal acontece, por motivos tais que não cabe detalhes agora aqui.

“(...) A emigração sempre foi um movimento populacional muito comum na história. (...)”7

A pessoa humana precisa de liberdade, não uma liberdade que atrope outros, e sim uma liberdade consciente, que busque manutenção de direitos e conquistas de outros.

E é diante de tal liberdade, individual e de grupo, que a humanidade vive e sobrevive, dando sentido a vida, um dom precioso da natureza.

As esperanças sempre precisam vencer os medos. E viver bem deve ser resultado de lutas que realmente transforme o corpo, a alma, o espírito e as mentes.

Comer bem, dormir bem, se divertir como gosta, ter amigos, viver em paz, sonhar, são alguns dos sinais de um mundo melhor que começa aqui e a gora.

Os temas aqui tratados, sem maiores aprofundamentos, são modos de viver que já existem, mesmo que discretamente, nesta sociedade. Eles trazem reflexões que contribuem com o pensar a pós-modernidade e os seus desafios diante de gerações de homens e de mulheres nascidos em tempos outros e que convivem com a geração da Inteligência Artificial. Muito estudo, consciência aberta, e uma sabedoria ampla, são elementos que trazem olhares diferentes para temas novos que surgem no meio do povo.

Webgrafia:

1. PEREIRA, Warley Alves. Direitos do(a) amante. Disponível em: https://www.conteudojuridico.com.br/consulta/Monografias-TCC-Teses/55352/direitos-do-a-amante

2. CELI, Roberta Robera. Poliamor: Você sabe como funciona esse novo movimento social? Disponível em: https://blog.psicologiaviva.com.br/poliamor/

3. LAURINDO, Douglas da Silva. O reconhecimento de uniões estáveis simultâneas à luz da boa-fé. Disponível em: https://repositorio.ufsc.br/handle/123456789/223754

4. Perguntas e Respostas. Disponível em: https://veganismo.org.br/perguntas-e-respostas/

5. Vegetarianismo. Disponível em: https://svb.org.br/vegetarianismo-e-veganismo/o-que-e/

6. SILVA, Daniel Neves. O que é um refugiado? Disponível em: https://mundoeducacao.uol.com.br/curiosidades/o-que-e-um-refugiado.htm

7. Emigração. Disponível em: https://www.suapesquisa.com/religiaosociais/emigracao.htm

Autor:  Pedro Paulo Sampaio de Farias

Professor; Pedagogo; Especialista em Educação; Especialista em Gestão Pública; Mestrando em Educação; Pós-graduado em Teologia; Pós-graduado em Antropologia; Graduando em Direito; Líder Comunitário; Líder de Associação de Professores; Sindicalizado da Educação; Servidor Público Estadual e Municipal; Atuante em Movimentos Populares e Movimentos Sociais; Cristão Romano.


Publicado por: PEDRO PAULO SAMPAIO DE FARIAS

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