A internet na vida do jovem brasileiro
A internet na vida do jovem brasileiro, a era da globalização, o Brasil entre os primeiros no ranking de acesso à internet, a internet e suas possibilidades, a influência da internet no comportamento do jovem.O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.
LAN house, cyber café, e-mails, Orkut®, MSN®, MORPG's, Skype®, Power scrap®... Nunca antes o brasileiro foi tão familiarizado a tantas palavras estrangeiras. O que possibilita isso é a informática e a Internet na era da globalização. É já fato conhecido que esta forma de intercâmbio de informações – a Internet – chegou para ficar.
E as estatísticas mostram que, apesar de estar entre os países com maior índice de desigualdade social e de ter IDH's (Índice de desenvolvimento humano – indicador que procura avaliar diversos aspectos, características e fatores da qualidade de vida de determinada população) baixíssimos em seu território, o Brasil está entre os primeiros no ranking Latino Americano de acesso e uso da Internet.
Se já não mais se pode ignorar que ela está aí e é bastante utilizada, cabe ainda nos perguntar o quanto, como e por quais brasileiros é feito esse uso. Bem como, como é a relação dos jovens, que representam a fatia maior de usuários e os quais são não apenas o futuro como também o presente de um povo, com essa “nova” forma de comunicação.
A Internet oferece uma gama de possibilidades que vai do lazer e pesquisa escolar à interligação das redes terroristas. Portanto, o usuário faz a todo instante escolhas a respeito de quais conteúdos são acessados e quais não são. Num país em que mais da metade da população já teve pelo menos alguma vez o acesso à Internet via computador, e que a maior parte dos que se conectam com freqüência gasta diariamente 1h a 5h, a relevância dessas escolhas e dos critérios que as definem não pode ser ignorada.
É isso que não vai permitir responder a questões como: a Internet é boa ou ruim em si mesma? Ou ainda: ela é neutra? O quanto? Que conseqüências ela traz para os jovens?
Escrever cartas não é uma atividade fora de moda ou menos prazerosa com o advento da Internet. Contudo, é inegável o benefício da praticidade e da velocidade com que podemos trocar e-mails. O telefone não precisa ser substituído, mas também é muito bom que se consiga matar saudades não apenas pela voz, como vendo também o ente querido, coisa que conexão à Internet e uma webcam resolvem para nós. Quando o assunto é lazer, basta constatar a proliferação das LAN Houses, cyber cafe's, blogs, flogs, sites de relacionamento entre outras coisas para perceber que também aí a rede mundial de computadores tem sua parcela gorda de contribuição.
Estatísticas revelam que, entre os brasileiros de 16 a 24 anos, são “os assuntos particulares e pessoais” que lideram o ranking dos propósitos do uso, e que a troca de e-mails é seguida pela troca de mensagens instantâneas (com os programas adequados), participação em sites de relacionamento, listas de discussões e fóruns, criação e atualização de blogs e afins e, por último, ligações telefônicas e vídeo conferências via Internet.
Até sexo virtual já foi inventado nas salas de bate-papo da Rede; “sexo seguro”, dizem os praticantes. Aliás, nos sites de busca, o pornografia está, senão no topo, bem próximo a ele, no que tange aos assuntos pesquisados. O que confirma a estatística de os “assuntos particulares” liderarem o ranking. Só de pois é que vêm as pesquisas escolares, as atividades remuneradas e profissionais e, por último, as de voluntariado.
Como já foi acenado, praticamente de tudo é possível encontrar no mundo virtual. Por isso, também há a polêmica pirataria (e de toda espécie), prostituição, tráfico de drogas, violência, conferências de grupos neonazistas, terroristas e afins. Basta lembrar, por exemplo, comunidades do Orkut® cuja atividade principal é rivalizar com outro grupos ou “tribos urbanas” e acertar encontros em Shopping's para deliberadamente promoverem a violência mútua. No meio de tudo isso está quem? Isso mesmo, o jovem! Geralmente da classe média, mas não só.
Diante dessa realidade ambivalente seria no mínimo imprudente sentenciar que a Internet seja boa ou demoníaca, para o jovem ou para quem quer que seja. Deve-se, portanto, ter em mente que, como a fissão nuclear, importantíssima para o entendimento maior sobre a estrutura básica da matéria e a produção de energia, mas que foi utilizada posteriormente para Hiroshima e Nagasaki, a Internet não veio do céu ou do inferno, mas da inteligência do ser humano. É, pois, no coração e na consciência do ser humano que residirá a solução do impasse.
Publicado por: Saulo Maurício Silva Lobo
O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.