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A força da imagem

A força da imagem, a influência da televisão na vida das pessoas, a falta de interação entre os membros da família, a falta de diálogo, o doce sabor da ilusão.

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.

Já mencionei minha opinião à cerca da influência que a televisão exerce na vida das pessoas, a ponto de torná-las escravas de horários, de programas, de emissoras, das mensagens diretas ou camufladas (subliminares) emitidas nos comerciais e até mesmo no desenrolar das novelas, de modo que nem percebem que aquilo está sendo absorvido, pela forma sutil (às vezes nem tanto) que são inseridas. Em decorrência deixam de ter maior convivência, mais entrosamento, momentos de diálogo e de interação com os demais membros da família.

            Antigamente, toda a família reunia-se na sala para assistir televisão. Hoje, adultos, adolescentes e crianças têm aparelho nos respectivos quartos, o que favorece o distanciamento, cada um assistindo o que lhe interessa, sendo que muitas vezes assistem programas inadequados para a idade, absorvendo conteúdos de programas violentos, impróprios para a idade e consequentemente para seu grau de amadurecimento.

            O diálogo torna-se raro, a influência positiva que deveria ser transmitida no convívio familiar torna-se escassa, sendo suprida de forma errônea pelos programas de televisão, no geral sem cunho educativo, formando conceitos distorcidos, transmitindo valores falsos, além de habituar a quem assiste às situações violentas, absurdas (agressão, morte, espancamento, estupro, discriminação, furtos, roubos, seqüestros, extorções, corrupção, estelionato e uma gama enorme de condutas tipificadas no Código Penal) de forma que assim acaba ocorrendo o fenômeno denominado psicoadaptação, no qual o indivíduo já não reage mais frente à ocorrência dos mesmos, porque eles se tornaram habituais, estão inseridos no cotidiano de todos.

            A substituição do hábito da leitura - no qual cada um dá asas à fantasia e produz a imagem que lhe parece representar o que está lendo, desenvolvendo desta forma a imaginação - pela imagem pronta recebida através da televisão ou mesmo do computador, empobreceu a fantasia, o sonho a imaginação de cada um, assim como o vocabulário e o diálogo. Muitas vezes ocorre de compararmos a leitura de determinado livro, com o respectivo filme e verificarmos que o livro parece sempre melhor, mais completo que o filme, isto porque a imagem substitui muito do livro além de ser passada da forma que é interpretada, entendida pelo diretor e transmitida pelo ator, não correspondendo ao imaginado no desenrolar da leitura.

            Por tudo isto creio que a criança parece crescer rápido demais, perdendo muito cedo o doce sabor da ilusão, da fantasia, da pureza, da ingenuidade, pela forte influência da mídia; o jovem torna-se descrente de certos valores que podem lhe parecer ultrapassados, pelo que está faltando ser passado pela família e frente às “verdades” ou realidade que lhe é transmitida pela televisão, de maneira muito forte; o adulto sente-se frustrado pela impotência de enfrentar um concorrente tão poderoso e que ao invés disto deveria ser um auxiliar na educação dos filhos; o idoso fica totalmente fora deste contexto, tão distanciado de tudo aquilo que vivenciou no passado e que se processa numa velocidade acentuada, num ritmo diferente daquele que a idade lhe permite acompanhar, entender e absorver.

            A leitura, a televisão, o computador, a internet, todos os avanços tecnológicos são ótimos, devem ser valorizados, mas não podemos cultuá-los como se fossem mais importantes que os seres humanos e os relacionamentos.

            É importante usá-los com discernimento e colocá-los a serviço da evolução do ser humano e de uma convivência melhor e mais fraterna.                                                         


Publicado por: Isabel C. S. Vargas

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