Poesia: Sociedade Paralela
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Sociedade, educação arcaica,
Seja no Brasil ou na Jamaica,
Educa o homem, pura balela,
O homem é fruto de uma favela.
A favela diretriza, molda,
Faz crescer, conceitua,
Adolesce, cresce,
Mostra a vida crua..., enaltece.
Mesmo sendo curta,
À vida enobrece,
Padrão monetário..., prevalece,
Mesmo sendo otário,
Que pouco a vida curta,
O prazer de um moleque,
Ceifa a vida de um homem,
Que mesmo não sendo celebridade,
Seria ao menos um belo operário.
Mas a favela se impõe,
Pela força contra o Estado,
A guerra de idéias se esquece,
E a agressão vem de ambos os lados.
Antes era no morro,
Hoje é também no asfalto,
Favela era coisa de pobre,
Hoje é coisa de esperto,
Pois o povo trabalha,
Mas quem tem dinheiro, é o certo.
Então, de que vale ser sociável?
Se o conceito que tinha,
Onde o centro era a coletividade,
Dá-nos o exemplo o político,
Que parecendo ser amigável,
Usa o voto que dei,
Em acertos com quem não votei,
Deixando de lado a sociedade,
O estado se divide,
E a ganância prevalece,
Seja na comunidade do morro,
Ou no asfalto, hoje favela,
Quem não morre, sobrevive,
Nesta sociedade paralela.
Publicado por: Paulo Cesar Araujo
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