A Semana do Folclore como elemento de difusão da cultura popular
Homenagem à semana do Folclore. Suas origens e etimologia.O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.
A Semana do Folclore como elemento de difusão da cultura popular
Por: João Almir Mendes de Sousa
No dia 22 de agosto, o Brasil comemora o dia do Folclore, criado através de um Decreto Federal nº 56.747, de 17 de agosto de 1965, época que se iniciou grande interesse pela cultura no Brasil. O Folclore é o conjunto de todas as tradições, lendas e crenças de um país e pode ser percebido na gastronomia, linguagem, artesanato e religiosidade de uma nação. Segundo a Carta do Folclore Brasileiro, aprovada pelo I Congresso Brasileiro de Folclore em 1951, “constituem fato folclórico as maneiras de pensar, sentir e agir de um povo, preservadas pela tradição popular, ou pela imitação”. A palavra surgiu a partir de dois vocábulos saxônicos antigos. “Folk”, em inglês, significa “povo”. E “lore”, conhecimento. Assim, folk + lore (folklore) quer dizer ”conhecimento popular”. O termo criado por W.JohnThoms (1803-1885), um pesquisador da cultura europeia que, em 22 de agosto de 1846, publicou um artigo intitulado “Folk-lore”. No Brasil, após a reforma ortográfica de 1934, que eliminou a letra k, a palavra perdeu também o hífen e tornou-se “folclore”.
O resultado disso é que atualmente o folclore brasileiro encontra-se em uma posição privilegiada. Além de ser a base alimentadora de boa parte do turismo cultural do país, tornou-se instrumento de educação nas escolas e está protegido por lei, sendo considerado um bem do patrimônio histórico e cultural do Brasil. A Constituição protege o folclore através dos artigos 215 e 216, que tratam da proteção do patrimônio cultural brasileiro pelos órgãos estatais responsáveis pelo estudo, proteção e divulgação do folclore nacional, como a Comissão Nacional de Folclore ligada à UNESCO e ao Instituto Brasileiro de Educação, Ciência e Cultura.
Diante da orientação e também pela angústia de colocá-la em prática como determina a carta do Folclore Brasileiro, por iniciativa nossa no ano de 2014 realizamos a primeira edição da Semana do Folclore em Luziânia, com objetivo de comemorar o dia mundial do folclore. A mobilização foi intensa com os grupos de catira, foliões, artesãos, sindicatos, feirantes, artistas, agentes culturais e diversos segmentos da cultura popular. Após a mobilização e diversas reuniões com servidores da Secretaria de Cultura, que a príncipio não achavam possivel realizar um evento nessa perspectiva, “tendo em vista o povo de Luziânia sere muito parado”, como salientou um servidor, de forma imediata convidei a todos a fazer uma expêriencia e que para tanto carecia a participação efetiva de todos no projeto.
Deste modo, trabalhamos com afinco e buscamos parcerias como o Senar, Sebrae, Associação dos Artesãos, e a propria Prefeitura de Luziânia no sentido de realizar a semana multicultural. Naquele ato, buscamos apoio das demais secretarias como a de Educação, Promoção Social, Esportes e Turismo, porém poucos participaram das atividades e muito menos da execução do projeto. Nesse sentido, realizamos o evento com quatro dias de duração, com várias apresentações culturais, musicais, feira de artesanato, oficinas, palestras, lançamento de livros, grupos de quadrilha junina, literatura de cordel, grupos folclóricos de folias, catira masculino e feminina, além de apresentações teatrais para adultos e crianças.
No ano seguinte em 2015, em virtude do sucesso da primeira edição, foi instituido de forma oficial vindo a ser incluido no calendário anual de eventos a Semana do Folclore de Luziânia, conforme Decreto Lei nº 197 de 01 de julho de 2015. Deste modo, o evento multicultural tem ganhado publicidade e repercusão na cidade e região.
O Evento Semana do Folclore de Luziânia já teve 5 (cinco) edições de forma sistêmica e conta com grande participação da população e o apoio da prefeitura. Nas últimas edições temos estendido o convite às cidades vizinhas, com objetivo de participarem das atividades trazendo as potencialidades de cada localidade, os grupos folclóricos, artistas solo, orquestra de violeiros, grupos teatrais, tradições gaúchas, além de outras manifestações da cultura popular e do folclore brasileiro.
O evento Semana do Folclore na cidade, assim como outros eventos tradicionais como a Festa do Divino Espirito Santo com seus 266 anos, a festa nordestina da qual somos um dos fundadores com 18 anos de forma constante, dos grupos de folia Nossa Senhora da Abadia com 37 anos, Folia de Roça Fazenda Ferraz com mais de 50 anos, faz parte do folclore e por tratar da cultura popular é um elemento que visa o fortalecimento e a permanência, na perspectiva de conservar os bens partimonias, importante no processo de preservação da identidade de um povo.
Assim, os eventos são tidos como importantes mecanismos que visam objetivamente fomentar a cultura popular, gerando oportunidades para os grupos, coletivos e associações como a (FIGURA 42) Andreoni o Presidente da Adhas – Associação de Desenvolvimento Humano Artístico e Social, que exercesse a cidadania com projetos socioculturais na cidade satélite do Cruzeiro- Distrito Federal, de forma sistêmica há 30 anos. Deste modo, possibilitando o desenvolvimento de estratégias globalizadoras de conhecimento, a partir ou mediante o tratamento das informações, enfatizando ainda as características da festa. O projeto em sua sexta edição quer proporcionar à comunidade o conhecimento popular repassado através da oralidade presente nas manifestações folclóricas, musicais, danças, crenças, costumes, literatura, na gastronomia, artesanato e grupos para folclóricos.
Do texto: Foi extraído na íntregra do Livro Tinguis Di Repente 50
Fonte:
Sousa, João Almir Mendes de.Tinguis! Di Repente 50 - O estradar de um nordestino (1978 - 2018). / João Almir Mendes de Sousa. Goiânia: / Kelps, 2019. 270 p.: il.
Publicado por: João Almir
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