Whatsapp

Sugestões para converter ideias criativas em inovações empresariais

Como produzir a passagem de ideias criativas ao projeto de inovação empresarial

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.

Como se Produz a Passagem das Ideias Criativas ao Projeto de Inovação Empresarial?

A Criatividade empresarial deve ser entendida como parte de uma nova cultura que afeta a todos os departamentos e âmbitos da organização e, portanto, seus resultados, para além do nível geral da empresa, refletem-se em cada departamento. Nesse texto, tentaremos descrever como se produz a passagem das ideias ao projeto; ou seja, como se passa da criatividade à inovação empresarial (novos produtos, serviços, processos melhorados, novos mercados, novas formas de venda, melhoramento da gestão, etc.) nas diferentes áreas da organização.

Organização Interna: A gestão é a atividade que organiza e dirige a empresa. Os sistemas tradicionais baseados exclusivamente nos resultados quantitativos ou nas novas metodologias de gestão coordenada, embora úteis, apresentam limitações no momento de oferecer respostas ao desafio criativo das empresas. Para isso, não existe uma receita única, pois é a própria empresa que deve definir a sua filosofia e o seu modelo de gestão. Neste processo, deve-se levar em conta:

  • O engenho e as atitudes criativas dos diretores e trabalhadores;

  • A motivação dos trabalhadores e das equipes de trabalho;

  • A existência de incentivos monetários em relação a aspectos relacionados com a criatividade (riscos, proposta de ideias, utilização de novas formas de trabalho, etc.);

  • O equilíbrio entre o controle de resultados e a flexibilidade na maneira de alcançá-los;

  • A forma de gerir as ideias geradas no processo criativo;

  • O modo de pôr em contato determinados departamentos (por exemplo, marketing com desenvolvimento de produto) para potenciar o fluxo de ideias;

  • A necessidade de adaptar processos ao novo modelo organizativo.

Tomada de Decisões: A tomada de decisões está presente tanto em aspectos triviais como estratégicos da empresa. A criatividade, em comparação com posturas pouco flexíveis, pode ser utilizada para a procura de soluções que beneficiem todas as partes implicadas. A criatividade não diminui; pelo contrário, ela permite aumentar ou alterar os fatores das operações a fim de alcançar consensos que a priori pareciam inalcançáveis.

A utilização de técnicas criativas pode ser recomendável para este âmbito da atividade da empresa, sendo especialmente benéfica para criar um clima mais horizontal e proativo dentro da própria empresa.

Atendimento ao Cliente: Favorecido pela crescente concorrência que existe entre as empresas, o cliente exige mais do que bom tratamento: exige aos fornecedores, que gerem sensações, que ultrapassem a mera satisfação. Neste sentido, o cliente atual procura, para além da satisfação entendida como uma resposta às suas necessidades, entusiasmo e emoções, pelo que é necessário abordar a relação com o cliente também em termos de personalização do tratamento, o que em determinadas ocasiões, implica tomar decisões arriscadas relativamente a estes.

Qualquer estratégia neste sentido pode ser imitada e reproduzida sobre um papel, mas as emoções e o atendimento pessoal só são eficazes se existir uma verdadeira cultura criativa que persiga a resposta aos clientes, antecipando as respostas às suas solicitações.

Inovação e Desenvolvimento: Talvez seja o departamento onde é mais adequada a utilização da criatividade e onde se consiga alcançar resultados mais benéficos para a empresa. No entanto, embora seja este o âmbito onde mais ideias surgem numa empresa, talvez não respondam à perspectiva de cultura criativa recomendada. Algumas sugestões práticas para que o departamento de Investigação e Desenvolvimento (I&D) seja um fervedouro de ideias dentro da empresa são:

  • Trabalhar em constante contato com os departamentos comerciais e de marketing, para incorporar não apenas os últimos avanços tecnológicos, como também saber responder de maneira rápida às contínuas mutações do mercado.

  • Abordar a atividade com o objetivo da procura de inovações radicais que permitam transformar e dar um salto qualitativo à empresa.

  • Utilizar novas metodologias de trabalho que favoreçam a proatividade e a geração de ideias inovadoras.

  • Contratar pessoas com um perfil aparentemente não tão ajustado aos requisitos técnicos da empresa, mas que contribuam com novas ideias a partir da perspectiva de outras áreas de conhecimento.

Marketing: É baseado em estudos e análises de mercados, mas também na intuição e na experiência acumulada das pessoas responsáveis desta área. Neste sentido, a criatividade oferece notáveis vantagens para o desenvolvimento desta atividade que, precisamente devido a essa carência de utilização de técnicas criativas, deve servir de guia para outros departamentos. A criatividade aplicada ao marketing pode servir de apoio a tarefas como:

  • Lançamento no mercado de novos produtos ou serviços da empresa;

  • Procura de novos nichos de mercado;

  • Redesenhar os produtos e serviços existentes, a sua embalagem ou imagem;

  • Campanhas publicitárias, sobre produtos concretos ou da empresa em geral (imagem corporativa);

  • Melhoramento das relações com os meios de comunicação;

Design e Espaço: O design de produtos significa mais do que colocar adornos. É realmente um melhoramento do produto de modo a que permita gerar sensações ao cliente. Por isso, é recomendável dar mais cor e novas formas aos produtos, aos folhetos, aos edifícios, às embalagens, etc. Para isso:

  • Decore o seu local de trabalho com cores atrativas; destine um espaço para que os trabalhadores possam se juntar e discutir ideias; crie espaços diáfanos que favoreçam a comunicação.

  • Desenhe os seus produtos tendo em mente que os clientes devem poder distingui-los dos outros com facilidade. A diferenciação deve ser uma das características da empresa.

  • Realize campanhas de comunicação que ofereçam uma imagem da empresa criativa, de vanguarda, que esteja a par dos avanços do mercado.

Recrutamento e Recursos Humanos: Não se trata apenas da existência de pautas criadas de um ponto de vista técnico, mas sim de que este procedimento nasça de critérios que incluam os valores criativos. Neste sentido é recomendado:

  • Não utilizar provas standard (testes, formulários) e criar um procedimento que se adeque às necessidades da empresa, incluindo as criativas;

  • A informação que fornece um teste é limitada em comparação com as impressões proporcionadas pelas entrevistas, pelo que deve prepará-las com cuidado;

  • Os indicadores habituais (estudos; formação contínua; salário) não mostram o potencial criativo das pessoas. Procure-o noutro tipo de informações do entrevistado: atividades fora do trabalho; interesses; projetos concretos em que tiver trabalhado e de que mais se orgulha, etc.

  • Contrate pessoas com uma personalidade proativa e alternativa, em vez de perfis obedientes e convencionais.

Formação Contínua: A formação pode ser ocasionalmente entendida pelos trabalhadores como uma atividade imposta pela direção ou que serve apenas para aumentar o currículo, e pelos diretivos como um encargo no seu orçamento que não gera um rendimento visível para a empresa. Porém, a formação é um âmbito que contribui positivamente para alimentar a atitude proativa e inovadora dos membros da organização através da seleção das matérias e das pessoas encarregadas de dar formação. Para obter um benefício desta atividade, tanto para o empresário como para o trabalhador, é necessário assegurar-se de que:

  • Os formadores estão devidamente qualificados;

  • As sessões são dinâmicas;

  • As metodologias são inovadoras;

  • A abordagem é principalmente prática;

  • A formação é alvo de avaliação e melhoria contínua;

  • O trabalhador adopta uma atitude proativa com sugestões;

  • Os participantes não se aborreçam

REFERÊNCIAS

GAVRIL OFF, I; JARR OSS ON, B. (2002): “Existe uma hormiga de seis pisos? Claves de la creatividad.” Grupo ANA YA. Madrid.

GENES CÁ,E. et alt. (2003): “Creación de empresas. Entrepreneurship.” Universidad Autónoma de Barcelona; Servei de Publicacions. Barcelona. 


Publicado por: JULIO CESAR DE SOUZA SANTOS

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.