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RELATÓRIO DE LABORATÓRIO DE GESTÃO E PRÁTICA PROFISSIONAL: DIZAÍ COMUNICAÇÃO E MARKETING DIGITAL

Vivência na prática do funcionamento de um escritório contábil através do laboratório de gestão e prática profissional.

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INTRODUÇÃO

A Dizaí Comunicação é uma empresa voltada a comunicação e ao marketing, que tem como propósito ajudar empreendedores e empresários a alavancarem seus negócios nas redes sociais através de estratégias desenvolvidas para obtenção de resultados eficazes com a prestação dos seus serviços.

Com base no que foi visto em sala, escolhemos uma empresa nova na área da comunicação e marketing, que por sua vez ainda não possui processos e sistemas contábeis, com propósito de implementar, desde o cadastro, lançamentos contábeis, fiscais e pessoal até a emissão e elaboração dos relatórios que auxiliarão no acompanhamento do desempenho e controle da organização.

Portanto, com esse trabalho temos o objetivo de aprender vivenciando na prática, como um escritório contábil funciona. Para isso, utilizaremos do sistema contábil Fortes, onde será registrado todas as movimentações da empresa juntamente com os dados fornecidos pela mesma.

APRESENTAÇÃO DA EMPRESA

A Empresa Jessé Mendes Rodrigues – MEI conhecida como Dizaí Comunicação é uma agência de comunicação e marketing digital que iniciou suas atividades informalmente em setembro de 2018, desenvolvida por causa da busca do sócio da empresa de se desenvolver em uma nova área e ser dono do seu próprio negócio.

 Em janeiro de 2019, a empresa se formalizou no portal do empreendedor, obtendo o seu registro de CNPJ e Inscrição Municipal, proporcionando mais credibilidade aos possíveis clientes e fornecedores, como também possibilitando a contratação de 1 (um) funcionário e a regulamentação da empresa para com o Estado.

DADOS BÁSICOS DA ORGANIZAÇÃO

A Dizaí Comunicação, sediada em Mossoró/RN, é uma agência estruturada conforme a necessidade da empresa, seguindo as orientações disponibilizadas pelo SEBRAE. A organização é dividida nos seguintes setores: Atendimento ao cliente, redação, criação, social media e financeiro. 

DESCRIÇÃO GERAL DO AMBIENTE (INTERNO E EXTERNO)

O atendimento é responsável pela captação de novos clientes, realização de visitas, acompanhamento de campanhas e apresentação de resultados. A redação por sua vez tem como finalidade redigir e desenvolver campanhas junto ao setor de atendimento.  A criação desenvolve e elabora mídias, vídeos e matérias off (impressão de outdoor, panfletos, cartões de visita e materiais empresariais). Social media, estuda estratégias de marketing digital (Facebook Ads, Instagram Ads e Google Ads), como também acompanha e analisa o desempenho das mesmas. Já o financeiro, controla e administra as entradas e saídas de recursos, bem como emissão notas, realização de cobrança e efetuação de pagamentos.

As principais ameaças diagnosticadas é a prostituição da profissão, inadimplência dos clientes e a resistência dos mesmos a implementação de novos processos.

HISTÓRICO E REALIDADE DA ORGANIZAÇÃO

No início das suas atividades a agência seguia uma metodologia limitada, no qual não trazia resultados satisfatórios, tanto para empresa como para o cliente, porém, após capacitações em cursos e palestras, foi identificada a necessidade de reajustar a metodologia trabalhada.

Portanto a Dizaí Comunicação foi desenvolvida com o propósito de ajudar empreendedores e empresários que desejam se relacionar com seus clientes, de forma instantânea e humanizada, proporcionando uma experiência diferenciada aos clientes que buscam pelos seus serviços ou produtos.

PRINCIPAIS CARACTERÍSTICAS ORGANIZACIONAIS

A agência é responsável, por desenvolver, estudar e realizar estratégias de comunicação e marketing que atenda às necessidades das empresas contratadas.  Atualmente comercializa prestação de serviços na área de comunicação e marketing, mais precisamente gerenciamento de redes sociais, criação de logotipo, produção de flyers e materiais empresariais.  A empresa se diferencia no mercado por oferecer não só a identidade visual da empresa, mas por oferecer uma consultoria na qual se acompanha o desempenho das ações realizadas, onde são realizadas visitas aos clientes para instruir o uso correto das ferramentas.

RELATÓRIO DE INFORMAÇÕES CONSUBSTANCIADAS

CONSTITUIÇÃO/LEGALIZAÇÃO SIMULADA

O seguinte relatório tem como objetivo demonstrar como constituir de forma legalizada uma empresa. Para obter um CNPJ como MEI através da Lei n° 128, que se refere ao tipo de empresa estudada nesse trabalho, devem-se avaliar as seguintes exigências:

  • Não ser sócio ou titular de outra empresa;
  • A atividade deve ser enquadrada no MEI, segundo a Resolução CGSN nº 140, de 2018;
  • O local onde será realizada a atividade deverá ser aceito pela prefeitura municipal;
  • Faturamento até R$ 81.000,00 por ano;
  • Relatório mensal das receitas brutas;
  • Registro de 01 funcionário com salário mínimo ou piso da categoria, elaborar folha de pagamento com declarações e encargos;
  • Aposentadoria do sócio por idade e comum salário mínimo;
  • Apresentar declaração anual (DASN) até 31/05 de cada ano para Receita Federal;
  • Pagamento mensal do DAS no valor atual que varia de (R$ 50,90 à R$ 55,90).

Para atividades de Comércio e Indústria, o valor é R$ 49,90.

Para atividades de Serviços, o valor é R$ 54,90.

Para atividades de Comércio e Serviços, o valor é R$ 55,90

Após se informar e verificar que se enquadra em todas as exigências, o primeiro passo é preencher suas informações cadastrais no formulário de inscrição que está disponível no site (www.portaldoempreendedor.gov.br/). Para isso, se faz necessário os seguintes documentos:

  • RG;
  • CPF;
  • Título de Eleitor;
  • Comprovante de endereço da Empresa e da Residência do Sócio;
  • Nº da Declaração de Imposto de Renda Pessoa Física (se declarou nos últimos dois anos);
  • Consulta prévia de localização aprovada (se o município exigir).

Uma vez que a inscrição no Portal do Empreendedor está concluída, pode-se avançar para o passo 2, que é providenciar os seguintes documentos para o funcionamento da atividade:

  • Alvará e licenças da sua atividade;
  • Inscrição Municipal;
  • Cadastro para Emissão de Notas Fiscais.

CONSTRUÇÃO DE PLANO DE CONTAS

Conforme a ITG 1000 – Modelo Contábil para Microempresa e Empresa de Pequeno Porte, o plano de contas, mesmo que simplificado, deve ser elaborado considerando as especificidades e natureza das operações realizadas. Sendo assim, o Plano de Contas Simplificado, deve conter no mínimo 4 (quatro) níveis, conforme descrito abaixo:

Nível 1: Ativo;

              Passivo e Patrimônio Líquido; e

              Receitas, Custos e Despesas (Contas de Resultado).

Nível 2: Ativo Circulante e Ativo Não Circulante;

              Passivo Circulante, Passivo Não Circulante;

              Receitas de Venda, Outras Receitas Operacionais, Custos e Despesas Operacionais.

Nível 3: Contas sintéticas que representam o somatório das contas analíticas que recebem os lançamentos contábeis, como, por exemplo, Caixa e Equivalentes de Caixa.

Nível 4: Contas analíticas que recebem os lançamentos contábeis, como, por exemplo, Bancos Conta Movimento.

Com base nessas instruções, o Plano de Contas da empresa analisada, foi constituído contemplando as necessidades e especificidades de controle de informações da entidade.

ESCRITURAÇÃO CONTÁBIL

De acordo com a ITG 1000 – Modelo Contábil para Microempresa e Empresa de Pequeno Porte, a escrituração contábil deve ser realizada com observância aos Princípios de Contabilidade, aprovados pela Resolução CFC n.º 750/93.

Os lançamentos contábeis no Livro Diário devem ser feitos diariamente, sendo permitido, contudo, que os lançamentos sejam feitos ao final de cada mês, desde que tenham como suporte os livros ou outros registros auxiliares escriturados em conformidade com a ITG 2000 – Escrituração Contábil, aprovada pela Resolução CFC n° 1.330/11.

Portanto, a partir dessa resolução, segue abaixo, descrição da escrituração contábil:

Operação de Abertura:

O início da Escrituração Contábil deve ter por base o instrumento de constituição da empresa que dependendo de sua natureza jurídica, será:

  • A Declaração de Firma Individual;
  • O Contrato Social;
  • A Ata da Assembleia de Constituição.

O Capital Social subscrito ou comprometido pelos sócios é que dá origem ao patrimônio da sociedade, nascendo ali um direito da empresa em relação aos seus participantes.

A integralização do Capital, ou seja, o cumprimento da obrigação pelos sócios, pode se dar de várias formas, sendo mais comum com dinheiro, com bens e/ou com direitos.

A empresa que aplicamos a Prática Contábil, por se tratar de uma empresa MEI, não há obrigação com sócios, pois é uma entidade de microempreendedor individual, e a forma de integralização do Capital, foi realizada por meio de móveis e máquinas já possuídas pelo Proprietário, uma vez que o mesmo não possuía dinheiro.

Ex.: D_ Máquinas, Aparelhos e Equipamentos

        D_ Móveis e Utensílios

        C_ Capital Social Subscrito

Operações com Sistema Fiscal:

A Escrituração Contábil Fiscal (ECF) é uma obrigação acessória imposta às pessoas jurídicas, no qual os mesmos deverão informar, na ECF, todas as operações que influenciem a composição da base de cálculo e o valor devido do Imposto sobre a Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL).

Porém para o Microempreendedor Individual – MEI ficou estabelecido pela Lei completar 128/2008, art. 18-A, que o mesmo poderá optar pelo recolhimento dos impostos e contribuições abrangidos pelo Simples Nacional em valores fixos mensais, independente da receita bruta por ele auferida no mês. Com isso, a lei não exige que o MEI tenha auxílio de um contador profissional devido às simplificações legais da prestação de contas.

Porém, ressalta-se que mesmo sendo bastante simplificada a questão de escrituração contábil e fiscal para participantes do MEI, isso não quer dizer que é uma tarefa simples, ou que não possuí obrigação para com o Fisco.

É importante lembrar que, apesar das facilidades, o Microempreendedor é possuidor de um CNPJ, que traz com ele todas as atribuições legais inerentes a esse tipo de documentação. Entre suas obrigações está a entrega da Declaração Anual do Simples Nacional do MEI, conhecida pela sigla DASN-SIMEI.

Ex.: Pela provisão do valor a recolher:

        D_ Despesas Tributárias

        C_ Imposto e Contribuições – Simples a Recolher

        Pelo pagamento:

        D_ Imposto e Contribuições – Simples a Recolher

        C_ Caixa

Operações Especiais:

Nas operações especiais, temos a contabilização das despesas operacionais, recebimentos das duplicatas, contabilização dos bens e direitos adquiridos e suas contrapartidas que no caso são as obrigações.

É essencial que esses registros sejam efetuados, pois assim o controle e gerenciamento do patrimônio serão realizados adequadamente.

Uma vez que as Operações Especiais contemplam grande parte dos atos/fatos contábeis, o exemplo dado será de um lançamento que é de duplicatas a receber, conforme foi utilizado no sistema Fortes, respeitado as necessidades e especificações da Dizaí Comunicação.

Ex.: D_ Caixa

       C_ Duplicatas a receber (Fizemos uma conta específica para cada cliente, uma vez que são pouco, para que assim tivéssemos um maior controle).

Lançamento Setor Pessoal:

Esta parte da contabilidade é responsável por tudo o que diz respeito a obrigações fiscais e trabalhistas, sendo responsável pelo lançamento contábil de provisionamento e pagamento da folha de pagamento, férias, 13° salário, recolhimento de contribuições tributárias e previdenciárias, e analise de cálculo de rescisão.

Para MEIs, conforme Lei complementar 128/2008, ficou estabelecida o registro de até 01 funcionário com salário mínimo ou piso da categoria. A legislação fiscal estabelece a dispensa, para fins fiscais, da apresentação e manutenção da escrita contábil. No entanto, por tratar-se de Decreto fiscal, não pode contrariar ou dispensar uma obrigação prevista em uma Lei, como o Código Civil Brasileiro, portanto, mesmo sem obrigação contábil, a Pessoa Jurídica fica obrigada a elaborar folha de pagamento com declarações e encargos, caso sua empresa tenha um funcionário.

A empresa Dizaí Comunicação, não possuí funcionário, a não ser o proprietário e, portanto não possuí elaboração de folha de pagamento. Porém, como o sócio recebe pró-labore, ao analisarmos as entradas e saídas de recursos, aplicamos na prática contábil, o lançamento contábil de provisão e pagamento do pró-labore e encargos, para um maior controle e planejamento dos recursos que entram na entidade.

Ex.: Registro relativo a registro de salários/pró-labore

        D_ Folha de Pagamento/Despesa com Pró-labore

        C_ Salários a Pagar

        Registro relativo a registro de contribuição ao INSS

        D_ INSS – Folha de Pagamento

        C_ INSS a Recolher

        Registro de pagamento de salários/pró-labore

        D_ Salários a Pagar

        C_ Caixa

        Registro de pagamento de contribuição ao INSS

        D_ INSS a Recolher

        C_ Caixa                        

CONCLUSÕES – GERAÇÃO DO RELATÓRIO GERENCIAL: ÍNDICES DE AVALIAÇÃO

Uma vez que a empresa só obtém um pouco mais de um ano de mercado, as análises verticais e horizontais foram realizadas de forma trimestral, ou seja, separando os resultados obtidos em três meses diferentes do mesmo ano, sendo assim, possibilitando visualizarmos a performance da empresa no seu primeiro ano de atividade.

Após efetuar os lançamentos contábeis de todos os atos e fatos contábeis da empresa, referente ao período de um ano no sistema Fortes, foi realizado em seguida o Encerramento do Período de Exercício 2018/2019. Após o encerramento foram gerados os relatórios de Analise Vertical e Horizontal, que auxiliou na aplicação dos cálculos dos índices de liquidez, endividamento, rentabilidade e atividade e rotação.

Com base, no relatório de analise vertical, da demonstração do balanço patrimonial, é possível acompanhar um crescimento continuo da empresa.

Referente à liquidez da empresa é possível observar bons resultados, segue abaixo resultado encontrado por trimestre:

Trimestre

Valor

Resultado

Janeiro 2019

2.442,93 / 530,90

4,60

Maio 2019

3.693,50 / 867,05

4,25

Agosto 2019

1752,26 / 166,00

10,55

Por meio dos resultados encontrados, a empresa Dizaí Comunicação apresenta um índice de liquidez muito bom, pode-se observar que no Índice de Liquidez Geral, o qual foi aplicado os valores encontrados no Balanço Patrimonial, no período de janeiro de 2019, a empresa obteve um resultado acima de 1, que é o recomendado. Já na segunda analise feita em maio de 2019, verificamos uma leve queda, mas nada relevante, uma vez que a mesma manteve o seu resultado acima de 1. Por último temos o resultado de agosto de 2019, onde é possível observar um aumento na sua capacidade de liquidez, o que permite a empresa uma maior capacidade financeira de cumprir com seus compromissos.

Referente ao endividamento da empresa segue resultados:

  • Endividamento Total

Trimestre

Valor

Resultado

Janeiro 2019

530,90 / 10.522,03

0,05

Maio 2019

867,05 / 14.547,03

0,06

Agosto 2019

166,00 / 15.825,93

0,01

  • Imobilização de Recursos Não Correntista

Trimestre

Valor

Resultado

Janeiro 2019

8.079,10 / 9.991,13

0,80

Maio 2019

10.853,53 / 13.679,98

0,79

Agosto 2019

14.073,67 / 15.991,93

0,88

Pode-se observar que o índice de endividamento da empresa é igualmente bom, uma vez que os resultados de endividamento total e de imobilização de recursos não correntistas, foram todos abaixo de 1, que é o recomendado. Nos dois primeiros trimestres nota-se que os resultados são parecidos, mantendo sempre no nível bom de endividamento, porém é na última analise que podemos ver uma queda significativa no endividamento total, que chega quase a 0, por sua vez no imobilizado, acontece o contrário, há um aumento, o que nos mostra que a empresa possui muito imobilizado em seu ativo, porém não chega a ser uma coisa ruim para empresa, uma vez que esses imobilizados são a fonte de geração dos serviços, sendo assim, sendo a fonte de geração dos recursos da empresa.

  • Lucratividade das Vendas

Trimestre

Valor

Resultado

Janeiro 2019

2.874,40 / 11.014,95 x100

26,09

Maio 2019

  3.698,80 / 14.529,30 x100

46,10

Agosto 2019

 3.931,60 / 12.571,50 x100

31,27

  • Rentabilidade do Ativo

Trimestre

Valor

Resultado

Janeiro 2019

2.442,93 / 10.522,03 x100

23,22

Maio 2019

  6.131,78 / 14.547,03 x100

42,15

Agosto 2019

  8.443,73 / 15.825,93 x100

53,35

  • Rentabilidade do Patrimônio Liquido

Trimestre

Valor

Resultado

Janeiro 2019

2.442,93 / 9.991,13 x 100

24,45

Maio 2019

  6.131,78 / 13.679,98 x100

44,82

Agosto 2019

 8.443,73 / 15.991,93 x100

52,79

  • Payback

Trimestre

Valor

Resultado

Janeiro 2019

100 / 24,45

4,09

Maio 2019

100 / 44,82

2,23

Agosto 2019

100 / 52,79

1,89

  • Giro do Ativo

Trimestre

Valor

Resultado

Janeiro 2019

11.014,95 / 10.522,03

1,05

Maio 2019

14.529,33 / 14.547,03

1,00

Agosto 2019

12.571,51 / 15.825,93

0,79

Ao aplicar os Índices de Rentabilidade, foi possível observar o desempenho da empresa. Na primeira analise trabalhada, Lucratividade das Vendas, observou-se um crescimento de 20,01% na receita do segundo trimestre, já no último trimestre foi possível identificar uma redução das receitas de 14,83% comparadas ao trimestre anterior. Pode-se concluir que a empresa em seu primeiro ano de exercício obteve uma boa lucratividade, mesmo em seu último trimestre ter ocorrido uma queda nas suas vendas.

Em seguida, foram realizadas as análises nos índices de Rentabilidade do Ativo e Rentabilidade de Patrimônio Líquido. Para o primeiro índice foi identificado um crescimento  11% em média a cada trimestre, ou seja, um bom resultado, levando em consideração a teoria da fórmula aplicada que tem como base, quanto maior for o resultado melhor para o desempenho da empresa. Já com o índice de Rentabilidade do Patrimônio Líquido, a organização manteve um resultado satisfatório, em seu primeiro trimestre obteve 24,45%, já no segundo trimestre foi possível identificar um aumento de 20,37% comparado ao trimestre anterior, pode afirmar que a empresa analisada vem obtendo bons desempenhos com seu patrimônio líquido.

Dentre as análises realizadas, foi aplicado o payback, este que por sua vez evidencia o retorno financeiro do investimento com organização. Após a realização das analises, foi identificada uma redução gradativa do payback nos trimestres analisados, o que torna a empresa mais saudável, e segura para possíveis acionistas e investidores que desejarem investir nesta organização, este índice tem como base, quanto menor for o índice, melhor para a saúde da empresa.

  • Ciclo Financeiro

Trimestre

Valor

Resultado

Janeiro 2019

1.912,03 / 11.014,90 x300

52,07

Maio 2019

2.826,45 / 14.529,30 x300

70,03

Agosto 2019

1.586,26 / 12.571,50 x300

45,42

  • Prazo Médio Pagamento Fornecedor

Trimestre

Valor

Resultado

Janeiro 2019

530,90 / 11.014,90 x360

17,35

Maio 2019

867,05 / 14.529,30 x360

21,48

Agosto 2019

166,00 / 12.571,50 x360

4,75

Para identificar a atividade e rotação da empresa, foram aplicados os seguintes índices: Ciclo Financeiro e Prazo Médio Pagamento de Fornecedor, onde por sua vez a empresa obteve bons resultados em ambas as análises. Tendo em seu ciclo financeiro um prazo relativamente satisfatório entre o recebimento das suas vendas e os pagamentos a seus fornecedores, tendo assim uma boa movimentação em seu fluxo de caixa e mantendo as suas obrigações em dia.       

Já o prazo médio para pagamento dos fornecedores, observou-se uma redução gradativa em seus trimestres analisados, o que significa um bom resultado para a organização, tendo em vista que a mesma no início do exercício não obtinha muitos recursos próprios para gerir e para isso utilizou-se de capital de terceiros para gerir e manter o bom funcionamento da mesma.

Os índices de prazo médio de cobrança e prazo médio estoque não se aplicam nesta análise, pois, a empresa estudada e analisada tem como sua principal fonte de receita a prestação de serviços, e não possuí uma grande carteira de clientes, ou seja, os recebíveis são mensais, o que inviabiliza a realização das fórmulas.

AUTOAVALIAÇÃO

Carlos Jodiler Costa de Oliveira – Ao desenvolver este relatório de práticas contábeis em uma empresa real, foi possível identificar como realmente é o dia a dia de um profissional contábil e como essa profissão é importante para quaisquer organizações. O relatório foi desenvolvido em uma agência de comunicação e marketing digital, onde a mesma não possuía qualquer procedimento contábil, fiscal e pessoal. Aprendemos na prática quais os processos seriam necessários implantar nessa organização, desde a sua abertura junto ao portal do empreendedor e a prefeitura municipal, como também toda a sua regularização interna de processos para emissão de relatórios que são fundamentais para o bom desenvolvimento do negócio, desde a lançamentos fiscais, livro razão, balanço patrimonial – BP, demonstração do resultado do exercício – DRE, demonstração de fluxo de caixa – DFC, notas explicativas e por fim a elaboração da análise destas demonstrações.

Sinto-me grato e orgulhoso por ter executado esse trabalho de forma ética e coerente, onde pude extrair aprendizados que levarei para sempre comigo e que foram de suma importância para o meu desenvolvimento profissional, como também por ter ajudado a uma empresa que necessitava dos serviços e agora possuí processos que auxiliarão no crescimento da mesma.

Sara Larissa Alves Pereira de Lima – Com o desenvolvimento do relatório e das práticas contábeis, foi possível vivenciar de forma mais realista a rotina de um escritório de contabilidade, sendo assim, promovendo um melhor e mais completo aprendizado na área, e desenvolvendo habilidades referente à diversos tipos de situações relacionadas ao ambiente contábil.

Este trabalho proporcionou aprimoramento dos conhecimentos em questões organizacionais e profissionais, habilidades para resolução de problemas e desenvolvimento de capacidade para atuação no mercado, por meio do ensino de como formalizar uma empresa, o que é necessário para o funcionamento continuo de suas atividades, conhecimento sobre as obrigações legais da entidade, como também, a elaboração de todos os processos contábeis, desde a escrituração, a elaboração das demonstrações, auditoria das contas, até a análise das demonstrações. Desta forma, fazendo com que fosse vivenciado de forma completa a utilização das técnicas contábeis.

Pessoalmente, esse trabalho de conclusão de curso foi essencial para o encerramento da graduação, uma vez que ele me permitiu ter a experiência da prática, de tudo aquilo que vimos teoricamente, concedendo uma familiarização com os sistemas e softwares contábeis, logo, me auxiliando a concluir o curso e me aprimorando para deixar a instituição apta à trabalhar no mercado.

REFERÊNCIAS

Coelho Neto, Pedro (Coordenador). Manual de procedimentos contábeis para micro e pequenas empresas. 5 ed. Brasília: CFC e SEBRAE, 2002.

CONSELHO Federal de Contabilidade. Resolução CFC nº 1.418/12, de 05 de dezembro de 2012. ITG 1000 – Modelo Contábil para Microempresa e Empresa de Pequeno Porte. Brasília – DF. Disponível em: http://www.crcsp.org.br/portal/fiscalizacao/projetos/downloads/ITG1000.pdf. Acesso em 16 de outubro de 2019.

Lei Complementar nº 128/2008 – Constitui a figura do Microempreendedor Individual – MEI e modifica partes da Lei Geral da Micro e Pequena Empresa – Lei Complementar 123/2006.

Portal do Empreendedor, Formalize-se, Disponível em: http://www.portaldoempreendedor.gov.br/. Acesso em 16 de outubro de 2019.

Portal do Sebrae, O que é ser MEI?, Disponível em: http://www.sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/sebraeaz/o-que-e-ser-mei,e0ba13074c0a3410VgnVCM1000003b74010aRCRD. Acesso em 16 de outubro de 2019.

Walter Schnoor, Paulo (Coordenador). Escrituração contábil simplificada para micro e pequena empresa. Brasília. Conselho Federal de Contabilidade, 2008.

 

Carlos Jodiler Costa de Oliveira, Graduando da 8ª série do curso de Ciências Contábeis da Universidade Potiguar – Campus Mossoró

Sara Larissa Alves Pereira de Lima, Graduando da 8ª série do curso de Ciências Contábeis da Universidade Potiguar – Campus Mossoró

Silmara Pereira Alves da Silva, Docente da disciplina Laboratório de Gestão da Universidade Potiguar – Campus Mossoró

Kennedy Paiva da Silva, Docente Supervisor de Práticas da Universidade Potiguar – Campus Mossoró


Publicado por: SARA LARISSA ALVES PEREIRA DE LIMA

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.