Rastro de conflitos
Rastro de conflitos, a linguagem de cada empresa, a interpretação da competitividade, a inteligência competitiva, a captação de indícios, regras para obter inteligência competitiva.O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.
A linguagem característica de cada empresa denominada de DNA corporativo ou organizacional é poderosa ferramenta para a busca de informações inteligentes, na era do conhecimento. Para uma inteligência competitiva, o saber interpretar o mercado ao invés de confiar em interpretações on-line, que podem ser equivocadas, atravessadas ou internacionalmente manipuladas, é o melhor caminho.
A questão que deve ser levada em consideração é que o mundo dos negócios não é um âmbito científico que busca a perfeição, é pragmático, não pretende descobrir todas as respostas, ou seja, trata-se de encontrar respostas que sejam suficientemente boas. Por isso, a inteligência competitiva não consiste em fazer raios X do concorrente, mas saber o que ele quer e desenhar estratégias ou táticas que permitam antecipar sua ação.
O observador é uma espécie de artista. Ele deve captar os indícios importantes e, com eles, desenvolver inteligência. Às vezes demora um minuto para entendê-los, em outras ocasiões é preciso dedicar semanas inteiras na coleta de dados. Faz pouco tempo, o presidente executivo de uma empresa têxtil norte-americana estava preocupado porque tinha ouvido um boato de que um concorrente asiático fabricaria produtos de menor custo em uma nova planta na Indonésia. Alíás, vários meios de comunicação publicaram notícias sobre a iminente inauguração da fábrica.
O presidente, após falar com diversos especialistas do setor e nenhum deles ter ratificado a informação, resolveu encaminhar um consultor de sua empresa para visitar o local da suposta fábrica, o qual encaminhou uma foto de uma “cabra” pastando. O concorrente nem sequer havia erguido os pilares do novo edifício.
A partir daí, foi realizada outras pesquisas que modificaram a decisão do presidente executivo. Ele ficou inclinado a investir no aumento da produção e em campanhas publicitárias. Foi a imagem da “cabra” e não um número nem um artigo jornalístico ou um blog da internet que lhe permitiu tomar essa decisão.
Aprender a arte da inteligência competitiva é como aprender um ofício. É preciso dominar as regras da coleta de informação, do uso da internet e dos modelos analíticos, ou seja, aprender, principalmente, escutar as pessoas. Não se trata de divulgar o que é importante para nós, mas do que poderia ser relevante para nosso interlocutor, diz o Consultor Leonard Fuld – mestre em inteligência competitiva, da Consultoria Fuld & Company, de Massachusetts nos Estados Unidos.
Muitos gestores confiam plenamente naquilo que lêem e nas informações que estão na internet como fatos concretos, quando na realidade ali são difundidos boatos e cortinas de fumaça que nos afastam da inteligência competitiva, ocasionando rastros de conflitos entre o real e o abstrato.
Amazildo de Medeiros – Analista Organizacional
Matéria Técnica Análise – Resumo/Resenha
Fonte: HSM Management 61 volume 2 - março-abril 2007
Publicado por: Amazildo de Medeiros
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