Novo canal do Brasil Escola no
WhatsApp!
Siga agora!
Whatsapp

Produção, Custos e Renda na Macroeconomia

Breve análise sobre produção, custos e renda na Macroeconomia.

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.

Que Fórmula Pode Expressar a Função de Produção Básica? Como Alcançar a Eficiência Produtiva? Quais os Custos Existentes na Produção? Qual a Relação Entre a Produção Total e o Custo Total?

Em função da quantidade limitada de recursos – dinheiro, pessoas ou máquinas – e das necessidades ilimitadas de uma sociedade, são necessárias escolhas em termos econômicos e, em consequência disso, surgem algumas perguntas como: O que produzir? Como produzir? Quando produzir? Quanto produzir? Para quem produzir?

A busca por essas respostas implica em maior ou menor utilização de recursos pelas organizações. Em razão disso, outro fator importante se faz presente: a questão da eficiência produtiva. Nesse sentido, deve-se estudar a relação do resultado desta produção com seus custos envolvidos e sua receita obtida e, consequentemente, o lucro (ou prejuízo) obtido.

Não distante disso, devemos lembrar do envolvimento dos conceitos com os consumidores, pois eles sempre buscam preços menores condizentes como o seu poder aquisitivo. Em Economia, produção é um processo, um método que consiste na combinação dos fatores de produção cuja finalidade é a de satisfazer as diversas necessidades humanas promovendo a geração de bens ou serviços.

Numa visão mais simplista, seria a combinação dos fatores de produção que estudamos para a criação dos bens ou serviços de que os consumidores (pessoas ou organizações) necessitam. Segundo Fontes (2010), o termo produção remete aos produtos e aos fatores de produção utilizados na elaboração de bens e serviços. E ao resultado de um processo de produção denomina-se de produto, sendo este o resultado que será consumido pela sociedade. A função de produção básica é expressa por Q = A f (L, K, T), onde:

  • Q é a quantidade total produzida por unidade de tempo;
  • L é a quantidade de mão de obra utilizada por unidade de tempo;
  • K é o capital físico utilizado por unidade de tempo;
  • T é a quantidade de área ou terra utilizada por unidade de tempo; e
  • A é a tecnologia utilizada na produção. ([1])

Não se pode esquecer que, quando empregados nas atividades de mercado, a associação dos fatores de produção (Terra, Trabalho e Capital), realiza a produção e o produto gerado. Porém, há também uma variável importante e imprescindível: a tecnologia que, conforme Fontes (2010), são os conhecimentos técnicos e científicos aplicados à atividade econômica. A técnica economicamente mais eficiente será aquela que permite a obtenção do mesmo nível de produção que as técnicas alternativas, ao menor custo possível.

Todas as organizações são sistemas de recursos que perseguem determinados objetivos e, todas as pessoas que as administram, são as responsáveis pela realização de objetivos e pela forma como os recursos serão utilizados. Nesse sentido, dois (2) novos conceitos são introduzidos no nosso estudo: o da eficiência e o do custo:

A) Podemos entender por “eficiência” a relação entre os resultados que foram obtidos e os recursos que foram utilizados. É a palavra que indica que a organização utiliza produtivamente ou de maneira econômica, todos os seus recursos. Quanto maior o grau de produtividade ou otimização na utilização dos recursos, dizemos que mais eficiente é a organização. Segundo Stoner (1999), eficiência é a capacidade de minimizar o uso de recursos para alcançar os objetivos da organização; para Drucker (apud STONER, 1999, p. 136), eficiência é “fazer as coisas certo”.

Uma abordagem da eficiência como uma medida de desempenho é feita por Chiavenato (2000, p. 177) quando diz que: "[. . . ] eficiência é uma relação técnica entre entradas e saídas, [. . . ] é uma relação entre custos e benefícios, ou seja, uma relação entre os recursos aplicados e o resultado final obtido: é a razão entre o esforço e o resultado, entre a despesa e a receita, entre o custo e o benefício resultante”.

Em relação à teoria da produção, podemos ainda distinguir dois conceitos: eficiência técnica e eficiência econômica. Conforme Fontes (2010), a eficiência técnica existe quando um método é tecnologicamente mais eficiente, permitindo a obtenção da mesma quantidade de produtos que os outros processos, com a utilização de menor quantidade de todos os fatores de produção ou menor quantidade de pelo menos um fator. A eficiência econômica é alcançada quando se obtêm a mesma quantidade de produto, ao menor custo possível. Numa linguagem mais simplista, a existência de eficiência significa dizer que ocorre ausência de desperdício.

B) Custo pode ser definido como o gasto relativo ao bem ou serviço utilizado na produção de outros bens ou serviços. Os custos são determinados de acordo com o grau de eficiência com que os fatores de produção e a tecnologia são utilizados. Como resultado, quando confrontados com as receitas de vendas obtidas, irão determinar a lucratividade das organizações advinda da maior ou menor otimização do uso dos fatores e da tecnologia, ou seja, com maior ou menor eficiência produtiva aplicada aos modelos produtivos.

Eficiência Produtiva

Evidencia-se eficiência produtiva quando o uso das tecnologias de produção – e dos fatores de produção – não conseguem produzir maior quantidade de um determinado bem sem sacrificar a produção de outro; quando isso ocorre, significa que a economia está sobre a sua fronteira de possibilidades de produção.

Em termos microeconômicos, podemos afirmar que a existência de eficiência produtiva significa que, utilizando a tecnologia disponível e os preços correlacionados dos fatores de produção, uma determinada organização conseguiu produzir o máximo de bens com o mínimo de fatores produtivos.

Relação Entre a Produção Total e o Custo Total

O Custo Total é a soma de todos os custos de uma empresa, não importando se eles são fixos ou variáveis. Sendo eles insignificantes ou não, pode-se afirmar que se trata de qualquer tipo de gasto que a organização efetue, em qualquer esfera. É comum esquecemos de alguns gastos, como por exemplo o custo com as embalagens usadas ou com a customização de outros produtos.

Dessa forma, o Custo só é reconhecido como tal no instante do uso de fatores de produção na manufatura de um produto ou na realização de um serviço. Um exemplo disso é a matéria-prima utilizada na confecção de um determinado produto.

Fontes (2010) nos dá conta que o Custo é o inverso da produção; ou seja, ele diminui quando a produção aumenta e aumenta quando a produção cai. Esta afirmativa, embora de difícil interpretação, pode ser entendida como resultado da existência dos custos fixos, pois na medida em que os volumes de produção aumentam, eles são, na mesma proporção, diluídos pela maior quantidade produzida.

O inverso também deve ser assim entendido. Custos Fixos são aqueles menos propensos a apresentar variações em relação ao volume de produção – ou de vendas e, ao contrário, os Custos Variáveis, estão relacionados ao aumento ou diminuição de gastos proporcional ao nível de atividade. A Produção Total definida pela organização também dependerá dos Custos Totais envolvidos nesta produção e a maior ou menor eficiência conseguida será fator preponderante para obtenção dos lucros.

REFERÊNCIAS

FARINA, E. M. ; AZEVEDO, P. F. ; SAES, M. S. Competitividade: Mercado, Estado e Organizações. São Paulo: Editora Singular, 2000.

FONTES, R. Economia: um Enfoque Básico e Simplificado. São Paulo: Atlas, 2010.

STONER, R. Teoria Geral da Administração. São Paulo: Makron Books, 1999.

([1]FONTES, R. Economia: um Enfoque Básico e Simplificado. São Paulo: Atlas, 2010, p. 23

JULIO CESAR S. SANTOS

Professor, Jornalista e Escritor. Articulista de importantes Jornais no RJ, autor de vários livros sobre Estratégias de Marketing, Promoção, Merchandising, Recursos Humanos, Qualidade no Atendimento ao Cliente e Liderança. Por mais de 30 anos treinou equipes de Atendentes, Supervisores e Gerentes de Vendas, Marketing e Administração em empresas multinacionais de bens de consumo e de serviços. Elaborou o curso de Pós-Graduação em “Gestão Empresarial” e atualmente é Diretor Acadêmico do Polo Educacional do Méier e da Associação Brasileira de Jornalismo e Comunicação (ABRICOM). Mestre em Gestão Empresarial e especialista em Marketing Estratégico


Publicado por: JULIO CESAR DE SOUZA SANTOS

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.