Princípios Contábeis Aplicados à Contabilidade de Custos
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Quais São as Consequências Empresariais da Aplicação dos Princípios Contábeis? Quais as Diferenças Entre os Custos de oportunidade, Custos Primários, Custos Comuns e os Custos Marginais?
Os princípios contábeis que regem a Contabilidade sempre devem ser praticados pelos profissionais do setor contábil nas organizações. Pode-se afirmar que esses princípios atuam como uma bússola, orientando as práticas contábeis, representando o pilar da Contabilidade e seguindo as determinações legais das Resoluções do Conselho Federal de Contabilidade (CFC).
Os Princípios Contábeis estão diretamente relacionados ao exercício da profissão contábil, contribuindo para o cumprimento das exigências dos Códigos de Pronunciamento Contábeis. A aplicação desses princípios garante o registro correto dos fatos contábeis, assim como permite a mensuração exata do patrimônio empresarial.
Segundo CREPALDI e CREPALDI (2018), os princípios contábeis são: Princípio da Entidade, Princípio da Continuidade, Princípio da Oportunidade, Princípio do Registro pelo Valor Original, Princípio do Regime de Competência e Princípio da Prudência. Os Princípios Contábeis surgiram a partir da necessidade de padronização das práticas contábeis, gerando maior segurança e confiabilidade à situação financeira da empresa.
Cada princípio está relacionado a uma prática ou processo contábil que visa aos processos éticos e legais determinados pelo Conselho Federal de Contabilidade (CFC). Os Princípios Contábeis são considerados a essência da Contabilidade, norteando todas as práticas contábeis, visando ao controle e à manutenção do patrimônio das organizações. Todo bem possui um tempo de vida útil, ou seja, todo bem possui um tempo de vida relacionado diretamente ao seu funcionamento e tal informação é relevante para o registro contábil desse bem e, durante o tempo de vida útil de um bem, todas as despesas necessárias – desde a instalação até manutenção – são consideradas no custo histórico desse bem.
Existem outros conceitos relevantes nesta disciplina que são os custos de oportunidade, os custos primários, custos comuns e os custos marginais. A abordagem de tais conceitos é importante para a gestão dos custos. Uma vez conhecendo os custos, é possível geri-los eficientemente, planejá-los e reduzi-los, mantendo um controle adequado.
Os custos de transformação, também conhecidos como custos de conversão, configuram a mão de obra, tanto a direta quanto a indireta, energia, horas de máquina etc. Não são incluídos nos custos de transformação a matéria-prima nem produtos comprados para uso ou para industrializar. A mão de obra de uma indústria de produtos eletrônicos é um exemplo típico de custo de transformação.
Os custos primários são representados por dois elementos relevantes: a matéria-prima e a mão de -obra direta. Por exemplo, o tecido, que é a matéria-prima utilizada na confecção de roupas, é um custo primário. Vale ressaltar que nos custos primários não estão incluídos os custos diretos restantes, bem como são diferentes dos custos diretos.
Para exemplificar, vamos pensar na embalagem do produto. Esse item é considerado um custo direto, e não um custo primário. Ambos os tipos de custos, direto e primário, apresentam diferenças entre si. Vale ressaltar que os custos diretos são diversos custos relacionados diretamente à produção; já os custos primários são formados por apenas dois elementos. Temos custos comuns, que são considerados até um dado momento da produção.
A partir do ponto de segregação, os produtos acabados passam a ter diferença entre si. No segmento de indústria farmacêutica, isso é muito comum. Os custos marginais representam o custo incorrido a mais que a empresa tem na produção de uma unidade extra de um produto. Duas características importantes desse custo são: tem relação com os custos variáveis e acontece no momento em que a empresa opera em capacidade ociosa.
Os custos de oportunidade são um conceito também muito utilizado em economia. Eles representam o quanto a empresa sacrificou de recursos em termos de remuneração por ter aplicado seus recursos numa alternativa em vez de outra, sendo denominados custo econômico ou custos não contábeis. Trata-se do valor associado à melhor alternativa não escolhida. Ao se fazer determinada escolha, deixam-se de lado as demais possibilidades, pois são excludentes. À alternativa escolhida associa-se como “custo de oportunidade” o maior benefício NÃO obtido dentre as possibilidades NÃO escolhidas, isto é, a escolha de determinada opção impede o usufruto dos benefícios que as outras opções poderiam proporcionar ([1]).
Em outras palavras, o custo de oportunidade ocorre quando uma empresa que produzia determinada quantidade de um produto resolve produzir um novo produto. Para isso, terá de deixar de produzir alguns itens do primeiro produto para produzir esse novo produto, transferindo recursos do primeiro para o segundo produto. O custo de oportunidade é exatamente no valor perdido por não produzir o primeiro produto. Sendo assim, a empresa transfere recursos de um produto para produzir outro produto. O valor da renúncia de um produto em detrimento de outro produto caracteriza o custo de oportunidade. Vejamos outros termos utilizados em contabilidade de custos.
- Materiais Diretos: São materiais que representam diretamente os produtos, como matéria-prima e embalagem.
- Mão-de-Obra Direta: É a mão de obra utilizada diretamente na produção de um bem, como o operário que manuseia um equipamento de produção.
- Rateios: São os custos indiretos relacionados aos produtos em processo. Como exemplos, temos a depreciação de equipamento rateado, em função do tempo de utilização.
REFERÊNCIAS
CREPALDI, S. A.; CREPALDI, G. S. Contabilidade de Custos. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2018.
MARTINS, E. Contabilidade de custos.11. ed. São Paulo: Atlas, 2018.
VICECONTI, P.; NEVES, S. das. Contabilidade de custos: um enfoque direto e objetivo. 12. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2018.
([1]) CREPALDI, S. A.; CREPALDI, G. S. Contabilidade de Custos. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2018. P. 26
JULIO CESAR S. SANTOS
Professor, Jornalista e Escritor. Articulista de importantes Jornais no RJ, autor de vários livros sobre Estratégias de Marketing, Promoção, Merchandising, Recursos Humanos, Qualidade no Atendimento ao Cliente e Liderança. Por mais de 30 anos treinou equipes de Atendentes, Supervisores e Gerentes de Vendas, Marketing e Administração em empresas multinacionais de bens de consumo e de serviços. Elaborou o curso de Pós-Graduação em “Gestão Empresarial” e atualmente é Diretor Acadêmico do Polo Educacional do Méier e da Associação Brasileira de Jornalismo e Comunicação (ABRICOM). Mestre em Gestão Empresarial e especialista em Marketing Estratégico
Publicado por: JULIO CESAR DE SOUZA SANTOS
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