O que um lider tem em comum com um contador de histórias?
A relação entre líderes e contadores de histórias, a impotância de ser um líder e de ser um narrador, empresas.O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.
Um líder é um indivíduo que influencia significativamente o pensamento, os sentimentos ou a maneira de ser dos demais. Existem dois tipos de líderes: diretos e indiretos. A maioria dos líderes que a sociedade reconhece é de líderes diretos, porque se relacionam “cara a cara” com seus interlocutores. Os líderes indiretos são os que exercem influência sobre os demais pelas obras ou trabalhos que realizam.
O que há de comum a todos eles é a capacidade de elaborarem narrativas e, particularmente, histórias voltadas para a formação da identidade de seus seguidores. É importante que um líder seja narrador, capaz de personificar ou tornar emblemática a história que estiver contando. Um narrador para que seja eficiente em seu objetivo, deve se aprofundar no tema e saber definir bem o grupo, se sofisticado – que trilhe caminhos diferente, ou heterogêneo – em que existem diferentes níveis de entendimento, neste caso, sua história deve ser simples, para que seja compreendida por todos.
O Sistema de valores de qualquer sociedade se fundamenta no poder que uma narrativa tem de cativar os corações e mentes daqueles que a ouvem e, ao mesmo tempo, de sua capacidade de estabelecer parâmetros e diretrizes morais. Todos os mitos que fundam e constituem a “alma” de um país, assim como os da vasta maioria das religiões são, no fundo, histórias que encerram valores morais, nas quais, a sociedade encontra coesão necessária para alcançar objetivos comuns.
Isso também se aplica ao mundo das empresas. Sempre há histórias às quais um líder pode recorrer para convencer e inspirar seus empregados. Esse fenômeno foi profundamente pesquisado por Howard Gardner, professor titular da Faculdade de Medicina da University of Boston e autor de diversos livros sobre os fenômenos da liderança e da inteligência. Para ele, a arte de contar histórias é característica que define todos os grandes líderes, dentro e fora do âmbito empresarial.
Há um conto da escritora chilena Isabel Allende que relata a história de Belisa. Uma bela jovem que, para sair da pobreza, vendia palavras. Por cinco centavos, versos de amor; por sete, carta de amor completas e, por 12, insultos capazes de fazer chorar durante vários dias os inimigos mais duros e frios.
Certo dia, Belisa deparou-se com o Coronel – político que mandou seqüestrá-la ao perceber o poder de suas palavras. Enquanto seus homens a intimidavam, o Coronel revelava a ela seus desejos de se tornar presidente. E, como precisaria de um discurso capaz de conquistar o voto popular, ele a obrigou a lhe vender as palavras necessárias. A jovem fez isso e ele ganhou as eleições, graças à forma simples, inspiradora e universal da linguagem que utilizou para articular seu discurso.
O Coronel já era um líder, mas de natureza restrita, pois havia se acostumado a falar para públicos especializados em guerra. Dessa forma, diante de suas tropas, era indiscutivelmente um líder. No entanto, ao sentir a necessidade de se dirigir a um público mais amplo, notou que deveria mudar a forma como se expressava, contando outro tipo de história que usa a razão e a emoção, o que determinou no alcance de seus objetivos.
Amazildo de Medeiros – Analista Organizacional
Matéria Técnica Análise – Resumo/Resenha
Fonte: HSM Management 61 março-abril 2007
Publicado por: Amazildo de Medeiros
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