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O que será da gestão e dos gestores

O desafio da mudança, de acordo com Gary Hamel em seu livro "O futuro da administração"

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.

Em algum momento da próxima década, sua empresa enfrentará o desafio da mudança, e isso acontecerá, inevitavelmente, de maneira abrupta, adverte Gary Hamel, consultor da Mckinsey e especialista em estratégia, em seu livro “O Futuro da Administração”.

O que mais preocupa, argumenta ele, é que décadas de ortodoxia em práticas de tomada de decisão, desenhos organizacionais e abordagens de recursos humanos não oferecem esperança real de que as empresas conseguirão evitar o enorme sofrimento das dolorosas reestruturações.

Os consultores da Mckinsey chegaram a uma conclusão que o modelo de desenho e de gestão das empresas do século 20 - com ênfase na hierarquia e na importância do capital e do trabalho - apresenta resultados negativos simultâneos. Esses modelos não satisfazem a necessidade corporativa de enfatizar a colaboração e a criação de riqueza pelos empregados talentosos e gera uma complexidade desnecessária, que podem funcionar no sentido oposto a essas metas centrais.

Bryan e Joyce concluíram ainda, que, diante de um cenário que tem como pano de fundo a era digital, a globalização crescente e menor previsibilidade, apenas enfoques inovadores de gestão e de organização de talentos darão vantagem competitiva às companhias.

Quando lemos à história da administração e rastreamos seus pioneiros, como Frederick Taylor, é evidente que o objetivo era algo muito específico: encontrar um método perfeitamente repetível, que permitisse trabalhar com uma escala sempre crescente e com uma eficiência constantemente superior. Hoje, porém, enfrentamos desafios distintos: como construir organizações ágeis que se adaptem à velocidade das mudanças mundiais? Como mobilizar e monetizar a imaginação de cada empregado, diariamente? Como criar empresas atraentes para trabalhar? Portanto, é impossível enfrentar esses desafios sem reinventar nosso centenário modelo de gestão.

O Velho modelo era: Como fazer com que as pessoas cumpram as metas da organização? Hoje nos perguntamos: Como construir organizações que despertem e inspirem criatividade, paixão e iniciativa? Não é possível impor essas capacidades às pessoas. A imaginação e o compromisso são valores que as pessoas escolhem trazer ao trabalho todos os dias ou não.

É verdade que a inovação nas organizações está ocorrendo em todos os lugares, mas muitas inovações fracassam em sua aplicação, ao chocar-se com as próprias barreiras organizacionais que impedem a inovação plena.

Parte do problema está na definição de “talento”, mas não é de gente intrinsecamente talentosa que uma organização precisa. O desafio autêntico consiste em gerar resultados (lucros) com esses talentos. Para isso, as empresas de hoje combinam talento, tecnologia e desenho organizacional.

Amazildo de Medeiros - Analista Organizacional
Matéria Técnica - Resumo Resenha
Fonte: HSM 58 - set/out 2006 e HSM 68 mai/jun/2008


Publicado por: Amazildo de Medeiros

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