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Não deixe o medo do novo impedir seu sucesso

Muitas pessoas deixam de conquistar maravilhas na vida por medo.

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.

“A única coisa que devemos temer é o medo”

Franklin Delano Roosevelt

 Você tem medo? Já deixou de fazer algo por medo? Já perdeu uma venda por causa do medo? O medo já lhe causou algum prejuízo? Qual o consultor de vendas que nunca sofreu um friozinho na barriga na hora de fechar uma venda? Pois saiba que muitas pessoas deixam de conquistar maravilhas na vida por medo. Eu já estive diante de muitas situações em que tive de superar o medo para vencer.

 Trabalhei com um colega chamado Luiz Paulo. Todos os dias saíamos juntos para visitar clientes. Luiz Paulo era um consultor de vendas competente e muito talentoso. Orgulhava-se de ter concluído a universidade de administração e dos muitos troféus, conquistados em concursos de vendas, que decorava o seu local de trabalho. Sentia-me privilegiado ao lado daquele profissional exemplar. Não posso negar que muito do que aprendi foi graças ao convívio com ele.

 Mas com todo aquele background, teria, Luiz Paulo medo de enfrentar seus clientes? Foi o que acabei descobrindo em uma bela manhã de segunda-feira quando fomos fazer uma visita. Habitualmente, antes de abordar o cliente, ele, me contava sobre a estratégia que usaria e em muitos casos chegava até a antever como seria o resultado. O que eu mais admirava é que na maioria das ocasiões era batata! Acontecia exatamente como ele previa.

 Não deixe o medo do novo impedir seu sucesso

No entanto, naquele dia eu percebi que ele estava um pouco tenso, demonstrando um pouco de desconforto. Lembro de ter lhe perguntado se havia acontecido algum problema no final de semana. Como permaneceu em silencio, indaguei sobre a possibilidade de adiar o encontro para uma outra ocasião, e disse-me que estava tudo bem, porém, ao contrário das vezes anteriores, Luiz Paulo não fez qualquer comentário ou previsão da visita. Continuei estranhando o seu comportamento, mas me contive.

Chegamos à empresa e enquanto aguardávamos atendimento na recepção, procurei fazer o “dever de casa” buscando nos quadros de gestão a vista sinais que pudessem ser explorados na fase do “quebra gelo”. O local era bem decorado e rico em informações sobre a empresa. Daí, o que não faltava era assunto para ser abordado. Tudo parecia ir muito bem até que fomos convidados para adentrar a sala. Eu imaginava ser recebido por um senhor ou um homem de terno bem preparado para negociar. Ao contrário disso, veio uma linda e jovem mulher que, gentilmente, nos convidou a sentar em um confortável sofá.

Pude perceber um grande desconforto na postura do Luiz Paulo. Nós estávamos lá para vender uma cota de consórcio (um investimento para o cliente) que acabou não acontecendo. Fiquei sem entender o que havia de errado. Afinal de contas, não houve nenhuma objeção que pudesse impedir a venda, mas ainda assim falhamos.

Não há plano a prova de fracasso, nem projeto que mereça perfeita confiança.

Saímos da empresa e fomos almoçar. Chegando ao restaurante fui logo questionando: por que falhamos Luiz Paulo? Com a voz ainda um pouco embargada ele me confessou que não estava preparado para fazer aquela abordagem. Disse temer “empurrar” uma cota de consórcio para uma jovem e inexperiente mulher. Sem titubear, eu quis saber a razão de ele pensar daquele jeito. Então Luiz Paulo disse que a sua filha, que aparentava a mesma idade daquela moça, havia comprado algo similar de um consultor de vendas espertalhão que se aproveitou da situação para vender-lhe algo indesejável.

 Disse a ele que respeitava seu ponto de vista, mas não via razão para temer a negociação uma vez que sua proposta era honesta. E continuei: não há plano a prova de fracasso, nem projeto que mereça perfeita confiança. Não há como evitar todos os riscos da vida. Quando vamos para o trabalho corremos o risco de voltar desempregados; quando dirigimos nosso automóvel, corremos o risco de sofrer uma colisão; quando corremos, arriscamos a cair; quando andamos, arriscamos a tropeçar. A verdade é que todos que voam arriscam-se a queda.

 “No ousar está o valor e no tardar o temor”.

 Eu sabia que de alguma forma tinha de retribuir a Luiz Paulo por tantas contribuições que ele havia proporcionado à minha vida. Não sei de onde tirei tanta inspiração para continuar dizendo a ele que o medo não nos ajuda em nada. Que é mais cômodo e seguro viver no status quo, na mesmice, do que tentar algo novo. “Se queres estar seguro, seja mudo, cego e surdo”. Muitas pessoas deixam de ter uma vida feliz por medo de conhecer algo novo. Não podia acreditar que um homem com tantas qualidades pudesse ter sido derrotado pelo medo do fracasso. Lembro-me, ao fim daquele nosso encontro, ter dito algo que eu havia lido e que jamais esqueci: “No ousar está o valor e no tardar o temor”.

Pense nisso e muito sucesso.

Evaldo Costa

Escritor, Consultor, Conferencista e Professor.

Autor dos livros: “Alavancando resultados através da gestão da qualidade”, “Como Garantir Três Vendas Extras Por Dia” e co-autor do livro “Gigantes das Vendas”- www.evaldocosta.com.br. E-mail: evaldocosta@evaldocosta.com.br.


Publicado por: evaldocosta

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