Logística – Elementos Básicos, Conceitos e Evolução
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Quais São as Origens da Logística? Como se Define a Logística? Quais as Características da Primeira Fase de Atuação Segmentada da Logística? Como Traçar Uma Análise Cronológica da Logística?
Na Grécia Antiga e no Império Romano, os oficiais militares com o título de “Logistikas” eram responsáveis pelos assuntos financeiros e de distribuição de suprimentos e, em função disso, o conceito de Logística estava essencialmente ligado às operações militares. Ao decidir avançar suas tropas seguindo uma determinada estratégia militar, os generais precisavam ter sob suas ordens uma equipe que providenciasse o deslocamento de munição, viveres, equipamentos e socorro médico para o campo de batalha. E, por se tratar de um serviço de apoio, sem o glamour da estratégia bélica e sem o prestígio das batalhas ganhas, os grupos logísticos militares trabalhavam em silêncio, na retaguarda.
Conceitos de Logística
MARTINS e LAUGENI ([1]) definem a Logística como sendo o processo de planejamento, implementação e controle da eficiência e do custo efetivo relacionado ao fluxo de armazenagem de matéria-prima, material em processo e produto acabado, bem como do fluxo de informações do ponto de origem ao ponto de consumo com o objetivo de atender às exigências do cliente. Mas, para CARVALHO ([2]), a Logística seria a parte do gerenciamento da cadeia de abastecimento que planeja, implementa e controla o fluxo e armazenamento eficiente e econômico de matérias-primas, materiais semiacabados e produtos acabados, bem como as informações relativas a eles, desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o propósito de atender às exigências dos clientes.
Já o Conselho Profissional de Administração de Cadeias de Suprimentos, define a Logística como um conjunto de todas as atividades de movimentação e armazenagem necessária, de modo a facilitar o fluxo de produtos do ponto de aquisição de matéria-prima até o ponto de consumo final, como também dos fluxos de informação que colocam os produtos em movimento, obtendo níveis de serviço adequados aos clientes, a um custo justo para ambas as partes. Como se observa nessa abrangência de atividades logísticas, uma posição em uma empresa pequena pode envolver todas estas atividades, enquanto o trabalho em uma grande corporação pode significar estar envolvido com uma única ou algumas poucas áreas.
Evolução da Logística
Segundo NOVAES ([3]), a evolução da Logística pode ser dividida em quatro (4) fases, sendo elas:
Primeira Fase (Atuação Segmentada):
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O estoque é o elemento-chave no balanceamento da cadeia de suprimento.
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A manufatura produz um determinado produto e o coloca no estoque do depósito da fábrica, funcionando como repositores de estoques
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Os estoques atuam como um pulmão entre a manufatura e os depósitos e centros de distribuição.
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Consideram-se os estoques em trânsito (sendo transportados entre pontos diversos).
Segunda Fase (Integração Rígida):
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O marketing incute nos consumidores o interesse por produtos mais variados;
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A manufatura se torna mais flexível;
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Os estoques aumentam ao longo da cadeia logística;
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Maior racionalização da cadeia de suprimento, visando menores custos e maior eficiência;
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Novas alternativas de escoamento dos fluxos logísticos através da multimodalidade no transporte de mercadorias (combinado de caminhão, trem, navio e avião);
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Racionalização integrada da cadeia logística de suprimento através da otimização de atividades e planejamento.
Terceira Fase (Integração Flexível):
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Integração dinâmica e flexível dentro da empresa;
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Integração dinâmica e flexível nas inter-relações da empresa com seus fornecedores e clientes;
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Intercâmbio de informações entre elementos da cadeia de suprimento (EDI – Intercâmbio Eletrônico de Dados);
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Maior preocupação com a satisfação plena do cliente;
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Busca pelas reduções continuadas nos níveis de estoques (estoque zero).
Quarta Fase (Integração Estratégica):
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As empresas participantes da cadeia de suprimentos passam a buscar soluções novas, usando a Logística para ganhar competitividade e novos negócios;
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Surgimento do conceito SCM – Suplly Chain Management (Gerenciamento da Cadeia de Suprimento);
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Busca a redução de estoques e maior qualidade do serviço logístico;
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Intenso intercâmbio de informações, visando formação de parcerias entre fornecedores e clientes.
Diante disso, pode-se traçar uma análise cronológica da Logística da seguinte forma:
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Antes dos Anos 50: Não havia uma filosofia dominante para conduzi-la.
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Entre os Anos 50 e 70: Com um ambiente voltado para novidades na área administrativa, realmente houve a decolagem da teoria e da prática da Logística.
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Anos 70: Melhoria contínua e qualidade total
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Anos 80: Excelência em manufatura (Kanban. JIT, células de produção e estoque zero)
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Anos 90: Globalização, proporcionando a redução no ciclo de pedidos e terceirização das atividades logísticas.
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Anos 2000: Integração no Suply Chain, tecnologia, colaboração de fornecedores e clientes.
Referências
([1]) MARTINS, Petronio G.; LAUGENI, v. 1. Fernando P. Administração da produção. 3.ed. São Paulo: Saraiva, 2005.
([2]) CARVALHO, José Meixa Crespo de. Logística. 3ª ed. Lisboa: Edições Silabo, 2002.
([3]) NOVAES, A. G. Logística e Gerenciamento da Cadeia de Distribuição. Elsevier, 2007.
Publicado por: JULIO CESAR DE SOUZA SANTOS
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