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Liderança Vigilante versus Liderança Operacional

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O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.

Que tipo de líder as empresas precisam? Os autores do livro Peripheral Vision de George Day e Paul Schoemaker editado pela Harvard Business School Press, dão o exemplo da diferença entre liderança vigilante e liderança operacional. Os autores identificam quatro dimensões da liderança: foco externo; habilidade conceitual; papel organizacional e horizonte de tempo.

Líderes vigilantes são aqueles que têm firme orientação para fora: estão abertos a novas idéias, ouvem muitas fontes e inspiram à formação de amplas redes sociais e profissionais. Os líderes operacionais caracterizam-se por um foco estreito: têm pouco interesse nas opiniões alheias e limitam suas redes aos ambientes que se tornam familiares.

Quanto à habilidade conceitual, ou visão estratégica, os lideres vigilantes não temem a incerteza, aprendem com seus erros e são mais criativos. Enquanto os lideres operacionais são mais previsíveis, concentram-se na tarefa que têm nas mãos, confiam na experiência e procuram evitar os erros a qualquer custo.

Em seu papel organizacional, os líderes vigilantes são ao mesmo tempo facilitadores e visionários, dispostos a permitir que a empresa explore áreas alheias ao seu negócio central. Os líderes operacionais são mais controladores e se concentram na eficiência e na diminuição de custos como solução principal. No comparativo entre um e outro, o horizonte de tempo do líder vigilante é muito mais amplo que o do operacional.

A Ford, recentemente, anunciou a nomeação de Alan Mulally executivo da Boeing, para substituir William Ford no cargo de presidente executivo, a falta de uma liderança vigilante ficou demonstrada, segundo Day, autor do livro, pelo tempo que a empresa levou para mudar o foco nos veículos 4x4 de alto consumo de gasolina, para a produção de novos modelos de híbridos entre 4x4 e carros convencionais, com os quais a Toyota assumiu a liderança. “O certo é que eram veículos muito rentáveis e a Ford sabia fabricá-los”, diz Day, “mas um líder vigilante nesse setor teria protegido suas apostas quando começou a subir os preços do petróleo” acrescenta.

O que se demonstrou, na realidade, é que os líderes operacionais ao procurar resolver a situação com esse enfoque operacional, não enxergam o perigo real - o desgaste da confiança dos consumidores em um mercado de grande magnitude. Nesse sentido, fica claro então, que esses líderes, podem ter sido muito eficientes no passado, mas desde que o mundo se tornou mais complexo e interconectado, é fundamental que à frente das empresas haja pessoas que sejam capazes de ver o cenário total e saber em que tipo de líderança se enquadram.


Amazildo de Medeiros – Analista Organizacional
Matéria Técnica Resumo/Resenha
Fonte: HSM Management 60 janeiro-fevereiro 2007


Publicado por: Amazildo de Medeiros

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