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Lições do passado

Projetos malsucedidos e a criação de um potifólio de oportunidade, história do programa Java, insights, recombinação.

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.

Quando uma oportunidade não prospera, a tentação é esquecer o fato e seguir em frente, o que é um grande erro. É como jogar fora o bebê com a água do banho. As oportunidades perdidas podem ser valiosa fonte de informações, insights do mercado ou de recursos. Assim, gerir com eficiência um portifólio de oportunidade muitas vezes exige o uso de lições deixadas por projetos malsucedidos. Nossos insucessos são às vezes mais frutíferos que os êxitos, dizia Henry Ford.

Uma anomalia causada por resultado não satisfatório, pode ser a descoberta de uma nova oportunidade. Um bom exemplo é a história do programa Java. Em 1.990, a Samsung montou uma equipe para criar um produto inovador. O resultado foi um aparelho com uma tela sensível ao toque, capaz de controlar todos os equipamentos de uma casa. Quando o projeto inicial falhou, a equipe então, adaptou o modelo para criar caixas específicas para televisão interativa usando o programa chamado Oak, para serviços on-line, iniciativas que também não obtiveram êxito.

Vários planos de negócios e milhões de dólares depois, a Sun acertou. O presidente Scott McNealy quis saber o que poderia ser aproveitado e, ao tomar conhecimento de que o Oak atuava em diversos sistemas operacionais, realocou a equipe para outra unidade de negócios e abortou o projeto do hardware.

Bill Joy, tido como o “guru” da companhia, procurava um modo de colocar a Sun no mundo da internet e viu no Oak um programa rápido, seguro e com trânsito entre plataformas - a melhor opção. O lançamento inicial da Sun foi um sucesso e a empresa licenciou o programa chamado “Java” no mercado, a fim de estimular sua adoção. O resto o mundo sabe.

Embora esse processo de aproveitamento seja confuso, sempre é possível organizar um sistema que reúna os insights das iniciativas malsucedidas e as recombine. Em uma empresa de serviços, um comitê de orientação de inovação avaliou o portifólio e descobriu que muitas oportunidades promissoras baseavam-se em insights tirados de experiências sem resultados satisfatórios, mas bem-sucedidas após ajustes em outras áreas da empresa. Contudo, essa recombinação de oportunidades era exceção, porque fronteiras rígidas entre práticas, setores e geografia impediam a passagem de aprendizados e de recursos. Muitas iniciativas morriam em segredo, sem que ninguém aprendesse com os erros.

O comitê de orientação de inovação contratou então, uma empresa de consultoria que desenvolveu um programa capaz de gerar todas as combinações entre os principais grupos de práticas, tipos de cliente e os dez principais produtos. Após várias reuniões, o comitê fez das 150 combinações resultantes, a base para discutir a distribuição dos projetos por área. Para garantir o aproveitamento dos recursos existentes, os executivos compararam as combinações com iniciativas passadas (bem-sucedidas ou não), algumas eram, pouco práticas, mas muitas despertaram interesse genuíno e o processo estimulou a criatividade dos profissionais para obter modos de aproveitar as lições do passado.

Matéria Técnica Análise – Resumo/Resenha
Fonte: HSM Management 61 março-abril 2007


Publicado por: Amazildo de Medeiros

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