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Gestão da Informação a Serviço da Inteligência dos Negócios

Análise sobre gestão da informação a serviço da inteligência dos negócios.

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Nas modernas organizações, a combinação de inovação tecnológica e a crescente competitividade fazem com que a Gestão da Informação se torne um enorme desafio e, consequentemente, passe a exigir decisões construídas sobre informações seguras, oportunas e abrangentes

Em relação à Tecnologia de Informação (TI), depois de anos de investimentos a fim de implementar uma plataforma tecnológica que apoiasse os processos empresariais e fortalecesse a eficiência da estrutura operacional, muitas empresas têm alcançado um estágio onde a implementação de soluções de TI para níveis estratégicos não só é possível, mas necessária.

OS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO

A humanidade está em constante crescimento e evolução e, segundo Gonçalves (2017), em quase todos os aspectos a área de Sistemas de Informação não ficou de fora desta evolução, os elementos que a envolve evoluíram com o tempo e principalmente com a interação das atividades, dos recursos e das decisões que estão envolvidas. Vianna (2016) aborda que, praticamente qualquer coisa que possa ser decomposta em partes, não importando aqui o seu tamanho, pode ser caracterizada como um sistema: o átomo, o sistema solar, a circulação sanguínea etc. E, de acordo com ele: “Um sistema ao ser estabelecido tem um proposito e este proposito requer por muitas vezes uma abordagem muito especifica, de modo que um sistema projetado para determinado objetivo geralmente não resiste as exigências de outra abordagem”.

Segundo esse autor, cada sistema possui um nível de abstração e uma abordagem (approach) específicos e será valido dentro destes limites de contorno (boundaries). As partes que compõe um sistema poderão ser chamadas de subsistema e, dependendo do nível de abstração, poderá ser considerado um sistema, assim é o sistema de frenagem, de alimentação, elétrico etc. Por sua vez, podem fazer parte de um sistema maior. O autor destaca que muitos sistemas são colocados como vitais para o funcionamento do sistema maior. Assim, derivado do próprio latim “systema”, podemos chegar ao conceito de que um sistema é um conjunto de elementos, que geralmente possuem uma ordem e que possuem inter-relações ou interligações entre estes elementos e que provavelmente podem interagir entre si, quase sempre com um objetivo comum.

Vianna (2016) destaca que, a partir da segunda guerra mundial, devido a questões de resolver problemas comuns, trouxe à tona uma nova abordagem desenvolvida por Kenneth Bouding e Ludwig von Ber-talanffy (economista e biólogo respectivamente):  a famosa teoria geral dos sistemas. A teoria de sistema tinha como algumas premissas, de que a organização é aberta e muito dinâmica, além de ter inúmeras funções, também tem a possibilidade de ter muitos subsistemas. Quando abordamos sistema como algo complexo, ao mesmo tempo observamos que sistema é a sociedade, as organizações sociais, todas elas são consideradas sistemas e, dentro delas, há muitos subsistemas. No âmbito de Sistemas de Informação, a questão da palavra informação pode ser colocada como informe, parecer, ensinar, comunicar, pode destacar a importância que cada autor e comunidade científica como um todo coloca sobre as devidas interpretações. 

Ainda, quando falamos de Sistemas de Informação, o autor destaca o papel importante da comunicação no qual envolve a transmissão e interpretação de dados ou informações, destacando o papel de armazenagem e o processamento de dados.

OS DADOS

De acordo com Gonçalves ([1]), os dados podem ser caracterizados como um conjunto de valores ou ocorrências em um estado bruto, ou seja, podem ser inúmeros e não relacionados entre si, portanto, precisam de tratamento, para que virem uma informação e, então, descrevam as características de um evento aleatório. Os dados são o primeiro estágio, ou seja, representam a informação em sua forma bruta e dificilmente irão sustentar uma boa decisão; necessariamente, necessitam ser coletados, tabulados, transformados e preparados para que se tenha alguma relevância.

Vianna (2016) destaca que os dados precisam ser transformados em informação, para que tenham a sua devida utilidade na tomada de decisão nas organizações.

Logo, após ser transformados de maneira que possam ser entendidos, podem, sim, servir de fontes para as relativas tomadas de decisão das organizações como um todo não tendo aqui distinção a um determinado setor ou situação.

Peter Drucker (1989), em uma das suas obras, destaca que os dados devem ter um significado e um propósito. Desta forma, é preciso que tenha seu significado reconhecido, faça sentido e seja de interesse daquele a quem se destina. Segundo Drucker, dentro das organizações, as informações que foram realizadas por meio dos dados têm como objetivo atingir alguns pontos que, para Drucker, foram considerados como essenciais:

  • Indicar um caminho para se atingir uma meta: são informações geradas nos planejamentos.
  • Indicar se um caminho que está sendo trilhado é o caminho que foi planejado: informações de controle.
  • Indicar uma direção a ser seguida, diante de duas ou mais opções: informações de apoio aos processos decisórios. Apropriada pela empresa por meio de Bancos de Dados, documentos, procedimentos, métodos, equipamentos e pessoas, a base do conhecimento facilita reconhecer quais dados e informações são úteis para se atingir os objetivos traçados pela organização.

A INFORMAÇÂO

Quando relatamos sobre a informação, não podemos separar esse conceito dos conceitos de dados, devido a essa situação, muitos dos autores, em suas obras, conceituam, em paralelo, informação e dados. Conforme Gonçalves (2017), informação pode ser definida como um conjunto de dados organizados, que nos trazem uma mensagem sobre um evento ou fenômeno.  Será aqui determinada como a base do conhecimento, além de trazer inúmeras situações para a resolução dos problemas, pode aqui também auxiliar nas devidas tomadas de decisão. 

Outra definição indica que a informação é um fenômeno que confere significado ou sentido às coisas, já que, por meio de códigos e de conjuntos de dados, formam-se os modelos do pensamento humano, transformando os dados em contexto significativo e de utilidade. Segundo Vianna (2016), sempre quando falamos sobre novas tecnologias, estamos refletindo sobre mudanças e, com isso, novas situações que emergem a cada dia, elevando os ganhos de produtividade em todas as áreas e muito especialmente na área de produção.

O conhecimento passou a ser acessível à grande parte da população, surgindo, assim, uma população mais crítica; esse conhecimento nem sempre é aproveitado por essa parte da população. Cabe destaque à globalização, segundo Vianna (2016), a que nos referimos, principalmente à globalização de indivíduos, a globalização do acesso aos mais diversos recursos que existem no mundo, esse conhecimento era muito limitado e, com isso, tínhamos alguns limitadores, fato esse que já não existem mais ou deixam de existir. De acordo com Vianna (2016, p. 27): o homem da era agrícola, passou pela industrial, chegou à era da informação e hoje está um passo adiante, na chamada era do conhecimento.  Tudo isto se traduz em novos modelos de gestão, onde a administração científica, a burocrática, a administração participativa, o modelo japonês, a administração chamada “empreendedora”, tudo isto, passa a ter o enfoque da empresa virtual, da gestão do conhecimento, da teoria do caos e da teoria da complexidade. Ainda complementa Vianna (2016, p. 34):

  • Economicidade: O custo e o valor da informação devem ser compatíveis, bem como informações fora do contexto não terão qualquer valor direto para o sucesso da organização.
  • Tempestividade: a informação deve chegar no tempo certo e deve ser atual. De pouco adianta chegar depois que foi tomada a decisão ou apresentar dados desatualizados.
  • Completude: a informação deve ser completa. Não deve ser tão longa a ponto de ser repetitiva ou complexa, mas também não pode ser tão resumida que não possa ser interpretada corretamente (lacônica)
  • Flexibilidade: ser flexível significa que poderá ser utilizada em diferentes contextos ou vários setores da economia ou mesmo para diversas áreas da empresa.
  • Confiabilidade:  indica que a fonte da informação é confiável.  Deve ser também acessada, apenas para aqueles a que se destina.
  • Verificabilidade: Capacidade de ser verificar sua veracidade ou reproduzir os resultados que indica;
  • Precisão e exatidão: Deve apresentar os dados com fidedignidade e sem erros. Deve estar o mais próximo da realidade. As características evidenciadas da informação demonstram a grandeza do assunto, deixa claro o autor que essa abordagem passa por transformações, porém sua essência de algo importante permanece indiferente sobre o conceito de inovação ou até mesmo de tecnologia aplicada à mesma.

O CONHECIMENTO

Hoje em dia, podemos considerar que a nova Sociedade do Conhecimento tem como fator de produção não mais o produto palpável, a matéria física, mas, muitas vezes, o conhecimento tácito e, na maioria das vezes, o conhecimento explícito.  Neste novo mundo, intenso em mudanças, flui e se expande a informação, sendo este o recurso dominante sempre em expansão, em constante mudança (HARGREAVES, 2004). Destaca o interessante em Hargreaves sua apresentação sobre a dicotomia:  consumismo x inovação, a qual é intensamente vivida pelos docentes nesta nova era do conhecimento, a quem prioritariamente se coloca a responsabilidade pela transmissão do conhecimento, não somente como o papel de facilitador. As denominações como sociedade da informação ou sociedade (em rede) alicerçada no poder da informação (CASTELLS, 2003), sociedade do conhecimento (HARGREAVES, 2004) ou sociedade de aprendizagem (POZO, 2004).

A verdadeira importância do conhecimento, na chamada Sociedade do Conhecimento, coloca novamente o papel daquele que se intitula o possuidor do conhecimento. Especialmente, iremos aprender suas fontes e como gerir este conhecimento. Daí, nasce o termo “Gestão do Conhecimento”. Tem como principal objetivo, em Sistemas de Informação, facilitar o acesso humano à informação e ao conhecimento para a tomada de decisão eficaz e para as devidas resoluções dos problemas das instituições como um todo bem como do cotidiano (KEBEDE, 2010, p. 421). Ainda para Hargreaves, este é um mundo, no qual, o fluxo de informações é intenso e se encontra em permanente mudança.  Para ele, “onde o conhecimento é um recurso flexível, fluido, sempre em expansão e em mudança” (HARGREAVES, 2004, p. 33).

Referências

([1])  GONÇALVES, G. R. B. Sistemas de informação. Porto Alegre: SAGAH, 201

JULIO CESAR S. SANTOS

Professor, Jornalista e Palestrante. Articulista de importantes Jornais no RJ, autor de vários livros sobre Estratégias de Marketing, Promoção, Merchandising, Recursos Humanos, Qualidade no Atendimento ao Cliente e Liderança. Por mais de 30 anos treinou equipes de Atendentes, Supervisores e Gerentes de Vendas, Marketing e Administração em empresas multinacionais de bens de consumo e de serviços. Elaborou o curso de Pós-Graduação em “Gestão Empresarial” e atualmente é Diretor Acadêmico do Polo Educacional do Méier e da Associação Brasileira de Jornalismo e Comunicação (ABRICOM). Mestre em Gestão Empresarial e especialista em Marketing Estratégico


Publicado por: JULIO CESAR DE SOUZA SANTOS

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