Ética até que ponto?
Crises éticas no ambiente corporativo, porque as grandes corporações possuem código de ética, pesquisa realizada com 500 empresas constatou...O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.
O Bom senso é o limite. Isto nos faz refletir sobre a ética em todos os níveis, tanto nas grandes corporações quanto na atividade política brasileira.
As crises éticas geralmente são omitidas por empregados e gestores que costumam fingir não saber o que se passa em seus ambientes corporativos, nesse jogo de esconde-esconde a eficiência é sempre colocada à prova. Conviver com a afronta à ética é mais comum do que se imagina e isto nem sempre é por covardia. É que as pessoas geralmente não sabem o que fazer e preferem se calar.
As grandes corporações têm um Código de Ética. Este instrumento é constituído para evitar as crises morais de ética - é a chamada carta magna da organização. Só que isto não é um documento que fará com que uma empresa seja ética. São os empregados, os diretores, os componentes dos conselhos que dão vida a um negócio decente. É nele que há os principais parâmetros para enfrentar-se o dilema da ética.
Em recente pesquisa com 500 empresas brasileiras de maior faturamento, realizada pela ONG, Ética nos Negócios, coordenada pelo seu presidente Douglas Flinto, constatou que 30% delas têm um Código de Ética e todas sugerem que os empregados se reportem a um superior caso descubram alguma irregularidade. Mas apenas a metade oficializa, com receio de ter represália. Há um paradigma no ambiente corporativo que diz que o denunciante é um dedo-duro, não sendo bem visto até pela própria organização.
Os conselhos de classe têm o poder de punir administrativamente os profissionais. Por isso, é bom procurá-los se a questão é criminal ou civil. A saída é a justiça comum. É bom ressaltar que a omissão pode ser perigosa. Nos processos de improbidade administrativa, por exemplo, o empregado pode ser penalizado por ter feito e também por ter deixado de fazer. Portanto, o bom senso deve prevalecer nessa hora.
A lógica precisa ser invertida. A empresa segundo o seu próprio Código de Ética deveria resguardar seus valores e princípios, postura essa valorizada nas relações globalizadas por meio das certificações internacionais, como ISO, que dão maior qualidade aos procedimentos e exigem código de ética com o objetivo de proteger os direitos e valores dos empregados e do público-alvo envolvido.
Amazildo de Medeiros – Analista Organizacional
Resumo/Resenha
Fonte: Correio Braziliense/Trabalho & Formação Profissional/outubro/2008
Publicado por: Amazildo de Medeiros
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