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Estrutura Hierárquica da Controladoria nas Organizações

Breve resumo sobre Estrutura Hierárquica da Controladoria nas Organizações.

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Quais São as Duas Grandes Áreas em Que Se Dá a Controladoria? Qual é o Desenho Organizacional da Controladoria nas Empresas? Quais São as Principais Atribuições de Um Controller?

Basicamente, a Controladoria é o setor responsável pelo sistema de informação contábil e gerencial de uma organização e, dessa forma, sua principal função é assegurar o resultado da companhia. Para tanto, ela deve atuar fortemente em todas as etapas do processo de gestão das empresas, sob pena de não exercer adequadamente sua função de controle e reporte na correção do planejamento. Segundo PADOVESI ([1]) a estrutura da Controladoria se dá em duas grandes áreas:

  • Área Contábil e Fiscal: É responsável pelas informações societárias, fiscais e funções de guardas ativos, tais como: demonstrativos a serem publicado, controle de inventários, etc.
  • Área de Planejamento e Controle: Incorpora à questão orçamentária, projeções e simulações, custos, e a contabilidade por responsabilidades.

Vale ressaltar que, dentro da Controladoria, é imprescindível a existência de um setor em que se realize o acompanhamento do negócio, o qual se responsabiliza pelos dados estatísticos para análise de mercado, análise ambiental, análise conjuntural e projeção de cenários, elaboração e acompanhamento de projetos, análise de investimentos etc. Por meio dos sistemas de informações de apoio às operações, o setor possibilita ao Controller sua efetiva participação no processo de planejamento estratégico.

De acordo com OLIVEIRA ([2]) o desenho organizacional depende do nível de autoridade e responsabilidade definidas para a área de controladoria, assim como do ambiente organizacional no qual ela se insere, podendo variar conforme variam as organizações.

Mas, de forma geral, quanto mais verticalizada for uma empresa, maior sua dificuldade de comunicação e motivação devido aos controles serem mais eficazes. Frezatti et al (2009) abordam que a posição hierárquica da Controladoria varia de acordo com a maneira como está concebida a estrutura organizacional da empresa como um todo. De acordo com os autores, essa estrutura depende do porte, tipo de atividade, origem do capital acionário e da complexidade das atividades da organização, bem como do modelo de gestão adotado pelos principais administradores.

FREZATTI ([3]) não atribui o título de Controller ao profissional responsável apenas pela Contabilidade, pois, para esse caso, existem designações mais apropriadas, como por exemplo, “Gerente de Contabilidade”. Um Controller geralmente exerce, se não todas, pelo menos muitas das atribuições dentro da organização, especialmente aquelas relacionadas à sua participação nos processos de planejamento e controle, o que implica não apenas elaborar e divulgar relatórios gerenciais, mas também, principalmente, analisar e interpretar as informações, oferecendo sugestões para aperfeiçoar o processo de gestão da empresa (FREZATTI et al, 2009).

Corroborando esses autores, é possível que após estruturadas, as ações exercidas pela Controladoria de monitoria dos controles gerenciais poderão melhorar os sistemas de controles e, consequentemente, haverá aumento da performance dos gestores e da eficácia organizacional devido às deficiências se tornarem mais transparentes, permitindo adotar medidas corretivas.

PADOVEZE (2012) define que a Controladoria é uma ciência e, na realidade, é o atual estágio evolutivo da Ciência Contábil. De acordo com ele, a Contabilidade saiu, nas últimas duas ou três décadas, da teoria do lucro (mensuração, comunicação de informação) para a teoria da decisão (modelo de decisão e produtividade). Segundo ele, a Controladoria seria a Ciência Contábil dentro do enfoque controlístico da escola italiana e, pela escola americana, a Contabilidade Gerencial é o que denominamos de Controladoria.

Desde sua origem, a Contabilidade sempre teve por objetivo prover seus usuários de informações para gerenciamento das atividades e que as alterações ocorridas ao longo dos tempos – inclusive aquelas havidas nos processos de custeio da produção – se referem ao aperfeiçoamento das técnicas de gestão, e não – como propuseram Johnson e Kaplan em 1986 e, outros, antes deles – a marcos iniciais da Contabilidade.

Com o objetivo principal de prover seus usuários com informações para o gerenciamento das atividades realizadas pelas organizações, a contabilidade gerencial necessitou responder à globalização e às mudanças políticas e tecnológicas. O profundo impacto do ambiente hipercompetitivo nas empresas vem trazendo consigo há décadas uma crescente insatisfação com os sistemas contábeis tradicionais e, cada vez mais, a necessidade de uma nova abordagem da contabilidade gerencial como resposta ao novo enforque competitivo da gestão (OLIVEIRA et al, 2009 apud CATELLI; SANTOS, 2003, p. 4).

Sendo assim, pode-se concluir que a Controladoria contém funções da Contabilidade Gerencial, o que significa mais do que a administração de um sistema financeiro, e com enfoque e responsabilidade de apoio as atividades operacionais gerando valor. Oliveira (2009) apud Mosimann et al. (1993), Farias (1998) e Santos (2004), corresponde a um conjunto de conceitos oriundos das ciências da Administração, Economia, Psicologia, Estatística, tendo como fundamento a informação contábil, para fins de gestão econômica nas organizações afim de garantir a eficácia de seu desempenho.

Dessa forma Oliveira (2009) apud Mosimann e Fisch (1999) definem dois (2) enfoques para o estudo da Controladoria:

  • Como um órgão administrativo com missão, funções e princípios norteadores definidos no modelo de gestão do sistema empresa;
  • Como uma área do conhecimento humano com fundamentos, conceitos, princípios e métodos oriundos de outras ciências.

Assim, conclui-se que a Controladoria tem por finalidade garantir informações adequadas ao processo decisório, contribuindo com os gestores em seus esforços e garantir a eficácia empresarial por meio da coordenação dos esforços dos gestores da área.

Referências

([1]PADOVEZE, Clóvis Luís. Introdução à administração financeira: texto e exercícios. São Paulo: Thomson, Cengage Learning, 2005.

([2]OLIVEIRA, Antônio Benedito Silva. Controladoria: fundamentos do controle empresarial. São Paulo: Saraiva, 2009.

([3]FREZATTI, Fábio. Orçamento empresarial: planejamento e controle gerencial. 5. ed. São Paulo: Atlas, 2009.

JULIO CESAR S. SANTOS

Professor, Jornalista e Palestrante. Articulista de importantes Jornais no RJ, autor de vários livros sobre Estratégias de Marketing, Promoção, Merchandising, Recursos Humanos, Qualidade no Atendimento ao Cliente e Liderança. Por mais de 30 anos treinou equipes de Atendentes, Supervisores e Gerentes de Vendas, Marketing e Administração em empresas multinacionais de bens de consumo e de serviços. Elaborou o curso de Pós-Graduação em “Gestão Empresarial” e atualmente é Diretor Acadêmico do Polo Educacional do Méier e da Associação Brasileira de Jornalismo e Comunicação (ABRICOM). Mestre em Gestão Empresarial e especialista em Marketing Estratégico


Publicado por: JULIO CESAR DE SOUZA SANTOS

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