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Estresse Ocupacional de Docentes do Ensino Superior

Como as mudanças de valores que ocorrem na sociedade afetam o profissional de ensino, integridade do docente, estresse, depressão, fontes do estresse.

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As mudanças de valores que ocorre na sociedade, bem como discursos e modelos propagados pelo mercado em relação à formação do cidadão pela escola. Acarretam diversas conseqüências no ambiente acadêmico, e afeta diretamente o profissional de ensino, o professor como um profissional valorizado e como uma missão de transmitir e formar conhecimento são aspectos que nos dias atuais vem sofrendo mudanças afetando o profissional e sua integridade como docente. A pesquisadora da UFMG Kely de Paiva, inicia sua analise relacionando o ambiente dos profissionais docentes e como o ambiente vem sofrendo mudanças no aspecto profissional e no próprio objetivos das organizações de educação.

Para autora Selye (1956) define o estresse como conjunto de relações que o organismo desenvolve ao ser submetido a uma situação que exige esforço para adaptação. Sendo um fator que acarreta transtornos psicológicos e desanimo e sintomas físicos.
Devido às novas fontes de informação e mudanças da imagem do profissional docente conforme expectativas da sociedade trazem as organizações de ensino incertezas sobre o objetivo do sistema educacional, onde o mercado de trabalho do docente torna um grande mercado concorrente com outros bens. A autora chama o processo de mudanças no comportamento da sociedade rente ao docente de proletarizacao do docente.

As fontes da depressão no trabalho, o estresse como foi definido por Selye (1956) define como uma resposta especifica ou generalizada de ajustamento que visam recuperar o equilíbrio entre o individuo e sua condição ocupacional especifica. O papel do docente na instituição torna fundamental para que o mesmo tenha uma vida profissional saudável. As fontes do estresse encontram-se na organização e como o individuo pode encontrar nesta uma auto-realização ou frustração. Ocasionando os sintomas físicos do estresse (aumento da pressão arterial, dores nos ombros e coluna, consome de álcool, irritabilidade, As conseqüências do estresse na organização se manifestam por meio do absenteísmo, rotatividade, dificuldade).

O docente frente ao estresse ira manifestar comportamentos diversos ao estresse, o que determina sua personalidade. A autora relata que existem tipos de personalidade propensos ao estresse sendo essa do tipo A, onde pessoas impacientes apressadas, competitivas, nervosas, perfeccionistas que se sentem culpadas por relaxar em momentos de lazer. Outros do tipo B são aqueles que não sentem necessidade de impressionar terceiros, não tem senso de urgência e é capaz de trabalhar de forma mais serena. Porem está num ambiente onde os valores da organização se voltam para aqueles que são Maníacos por trabalho.
A Saúde mental do docente foi analisada pela autora de uma forma ampla onde se analisa a interferência do estresse na vida cotidiana do docente, onde a soma do mal estar e do esgotamento produzido pela acumulação de exigências repercute na personalidade dos docentes.

As atividades do profissional de ensino tornam-se cada vez mais com tarefas acumulativas, pois possui funções de tutoria, aconselhamento, investigação, pesquisa administrativo-burocratica, assessoramento, erudição e docência, com tantas tarefas surgem alguns desvios do comportamento pela soma do estresse como o desejo de abandonar a docência, absenteísmo laboral, esgotamento, auto-cupabilização. A síndrome de Burnout é um tipo de estresse ocupacional que acomete profissionais envolvidos com qualquer tipo de cuidado em uma relação de atenção direta, contínua e altamente emocional. As profissões mais vulneráveis são geralmente as que envolvem serviços, tratamento ou educação. Atualmente, a definição mais aceita do burnout é a fundamentada na perspectiva social-psicológica de Maslach e colaboradores, sendo esta constituída de três dimensões: exaustão emocional.

A pesquisadora kely da UFMG, realizou uma pesquisa cientifica com objetivo de saber quais as diferenças entre professores de instituições publicas e privadas relacionada as variáveis de estresse ocupacional. A metodologia utilizada foi por intermédio de questionários, entrevista analise documental, e observação direta durante o período de pesquisa.
Os resultados da pesquisa mostram que a relação da escolaridade há certa heterogeneidades com 53% dos docentes das organizações públicas são doutores e 18% das escolas provadas tem esse titulo.A analise dos questionários mostram que aos fatores de depressão e insatisfação no trabalho não obteve muitas diferenças em escolas publicas e privadas onde os insatisfeitos ficaram numa faixa entre 52% em privadas e 43% em publicas.Conclui-se que nas instituições privadas existe maior disposição e ambiente para se desenvolver os males do estresse.

CASO: Universidade UNIOESTE - campus Francisco Beltrão.
Um segundo texto de Franciane Necke l utilizado para compreensão da pesquisa sobre estresse foi um estudo de caso, onde a pesquisa foi realizada entre docentes da Universidade publica no estado do Paraná. O objetivo da pesquisa consiste em avaliar o ambiente de trabalho e as implicações deste sobre a saúde dos docentes efeitos da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (UNIOESTE) - Campus de Francisco Beltrão. O método utilizado foi o estudo de caso, com 47 docentes efetivos da UNIOESTE – Campus de Francisco Beltrão, com idade entre 28 a 61 anos, e que em média estão trabalhando na área do estudo entre 02 a 37 anos. Para a coleta dos dados aplicou-se questionário semi-estruturado. Os resultados foram os seguintes: 62% dos docentes citaram o ruído como uma grande dificuldade do ambiente, 49% informaram que o espaço físico é inadequado, 17% dos docentes acreditam que há uma sobrecarga de trabalho gerando um desgaste mental e físico e 40% dos docentes sentem dificuldades de relacionamento entre colegas e interação social.

Uma Analise do pesquisador Leandro De Lajonquiére, pesquisador da USP e com pesquisa reconhecida por trabalhos na França, conclui o seminário :

Despersonalização e baixa realização pessoal no trabalho. Dessa forma, todas as crianças logo registraram o meta transmitido pelo mundo adulto sobre a escola: “Não é necessário empenhar-se, pois escola alguma tem algo de muito valor a oferecer”. As experiências de satisfação que hoje uma escola pode propiciar pouco valem perante os orgasmos existenciais propiciados pela TV ou pelas notícias sobre o consumo dos famosos graças a quaisquer circunstâncias. O diploma deixou de ser uma chave abridora de futuros - o significante de uma esperada transformação existencial. Se ele é ganho, vale quase nada, enquanto aqueles que valem, bem podem ser comprados e, portanto, perdem seu valor. O sonho difuso de um futuro diferente se esfumou. Ambas as escolas só deslocam a mesmice no tempo.

Assim, a sombra do objeto amado perdido – a escola que outrora funcionava - passou a recair sobre o processo de escolarização inibindo seu funcionamento. Estamos então condenados? Não, em absoluto. Basta recuperarmos os cacos da equação, bem como tecermos os sonhos de uma Nação para todos. Sem eles, qualquer dia nasce melancolicamente igual ao anterior. [1]

Por: Douglas Fabiano de Melo
Aluno de Graduação em Administração- Comercio Exterior
Centro Universitário Salesiano de São Paulo
Campinas/SP

Bibliografia

CAMPOS, Vera Lucia. Imagens da Profissão Professor. Caderno de Educação. Editora Unigranrio,2002.


CARLOTTO, Mary Sandra. A Síndrome de Burnout e o Trabalho Docente. Revista psicologia em Estudo, Maringá, 2002.


PAIVA, Kely César Martins de. Estresse Ocupacional de Docente do Ensino Superior, Revista Administração USP, 2005.

NECKEL, Franciane. Avaliação do Ambiente de Trabalho dos Docentes da UNIOESTE Campus de Francisco Beltrão-PR. Revista Faz Ciência, Vol. 8, No 1,2006.

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[1]A propósito do documentário Pro dia nascer feliz-Autor Leandro de Lajonquière- disponível em http://www.cappf.org.br/tiki-index.php?page=Leandro%3A+Pro+Dia+Nascer+Feliz


Publicado por: Douglas Fabiano de Melo

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