Novo canal do Brasil Escola no
WhatsApp!
Siga agora!
Whatsapp

Empreendedor: Saiba Reconhecer as Oportunidades

Breve resumo sobre o processo de empreender.

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.

Quais as Fases Iniciais do Processo de Empreender? Quando Ocorre a Geração de Novas Ideias nos Indivíduos? Qual o Primeiro Passo Para Identificar Uma Boa Oportunidade?

Em um primeiro momento, saber identificar uma oportunidade no mercado parece ser uma tarefa encantadora para quem quer empreender e, ficar sentado observando os fatos acontecerem e de repente essa oportunidade aparece à sua frente, é a tarefa dos sonhos de qualquer empreendedor. Porém, essa tarefa envolve recursos financeiros que sempre está atrelada aos riscos inerentes ao processo. Já a algum tempo, empreendedorismo passou a ser visto como um processo e não mais como um evento único e isolado e, nesse sentido, o processo de empreender passou a envolver algumas fases:

  • Geração de uma ideia para uma nova empresa e/ou reconhecimento de uma oportunidade;
  • Reunião dos recursos (financeiros, humanos, computacionais) necessários para desenvolver a oportunidade;
  • Lançamento do novo empreendimento (administrando o crescimento e colhendo as recompensas)

Grande parte dos empreendedores não tem dificuldades para criar e iniciar um negócio, no entanto, o problema é descobrir qual o negócio criar. Muitos se aventuram nos ramos de alimentação e vestuário, justamente onde os riscos são consideravelmente maiores. Nesse sentido, a identificação da oportunidade certa será o fator-chave para o êxito do empreendimento. Daí as chances de sucesso são maiores em empresas de alta tecnologia do que em negócios de baixa tecnologia (como o varejo ou um restaurante), onde a taxa de fracassos é alta e os lucros médios mais baixos.

Quando pensamos em alta tecnologia, não devemos pensar apenas em computação e telecomunicações – há muitas oportunidades latentes em biotecnologia, indústria aeroespacial, eletrônica, equipamentos médicos e farmacêuticos, robótica e muitos outros. É possível percebermos a falta de unanimidade sobre a definição de empreendedorismo como uma área de estudos ou como uma atividade com a qual pessoas se ocupam. Nesse sentido, BARON e SHANE (2007) indicam que o empreendedorismo, como uma área de negócios, procura compreender como surgem as oportunidades para se criar algo novo. E ainda, de que modo as oportunidades são descobertas ou criadas por pessoas que utilizam maneiras diversas para explorá-las ou desenvolvê-las, produzindo desta forma, uma enorme quantidade de efeitos. Sendo assim, se você escolher a carreira de empreendedor, tenha em mente que os desafios serão constantes.

Conforme os autores acima, os empreendimentos bem-sucedidos têm início por meio de um somatório de eventos, nem sempre percebidos. São, portanto, decorrentes de oportunidades que resultam de frequentes mudanças na tecnologia ou nas condições políticas, sociais e demográficas que geram o potencial para criar algo novo. Conhecida como a principal competência do empreendedor, a inteligência emerge a partir de três conceitos: a formação de novas ideias, a criatividade e a capacidade de reconhecer oportunidades. Esses conceitos encontram-se ancorados na capacidade intrínseca dos indivíduos de acessar, armazenar, processar e utilizar informações, intimamente ligada ao sistema cognitivo humano. A geração de novas ideias acontece quando indivíduos utilizam o conhecimento existente que adquiriram e armazenaram para gerar algo novo.

Em outros termos, o fenômeno acontece a partir de um estímulo e da qualidade da resposta, que é diretamente proporcional ao estoque de conhecimento desses indivíduos. O reconhecimento de oportunidades é considerado uma das etapas iniciais do processo empreendedor e ocorre de uma sequência de eventos envolvendo novas ideias, criatividade, motivação e muita energia. Essa sequência de eventos sugere o motivo pelo qual se deve examiná-lo como um processo composto de diversas questões-chave. Nossos avós costumavam dizer que a oportunidade é como um cavalo encilhado que passa à nossa frente. Caso não o montemos, até que ele passe novamente pode levar um bom tempo. No entanto, é necessário que analisemos as oportunidades e se estamos preparados para ela.

Fontes de Oportunidades

Para os empreendedores, oportunidades são situações nas quais existem chances de se introduzir um produto que gere mais receitas do que seu custo de produzi-lo. Essas situações ocorrem quando as necessidades dos clientes não estão sendo satisfeitas ou quando for possível satisfazê-las de uma maneira melhor do que a atual. De acordo com SHANE (2005, p. 38), “o primeiro passo para identificar uma oportunidade valiosa é perceber a mudança que torna a oportunidade possível”. Mas, para perceber a mudança é preciso estar atento, observando o ambiente interno e externo a todo o momento. O melhor exemplo são os dados estatísticos oficiais mostrando que a população brasileira está envelhecendo. Um observador mais atento já apontaria suas ações empreendedoras nesse segmento, pois uma agência de cuidadores de idosos poderia ser um bom negócio. O importante é estar atento às mudanças que tornam as oportunidades possíveis e, em geral, são quatro (4) tipos de mudanças elencadas por SHANE (2005):

  • Mudança Tecnológica: Permite que as pessoas façam coisas que antes não podiam ser feitas ou apenas podiam ser feitas de uma maneira muito menos eficiente. Tome como exemplo, a invenção do software para correio eletrônico. Esse software tornou possível a comunicação de formas mais eficientes do que o telefone, o fax ou cartas, e assim abriu uma oportunidade valiosa;
  • Mudanças Políticas e de Regulamentação: Cria oportunidades por que aumenta a produtividade. Por exemplo, a desregulamentação das telecomunicações permitiu que muitas novas empresas se formassem e introduzissem maneiras mais baratas de transmitir voz e dados, o que beneficiou tanto os negócios como os clientes;
  • Mudança Social e Demográfica: Abre oportunidades para negócios de alta tecnologia alterando as preferências das pessoas e criando novas demandas. Por exemplo, o deslocamento demográfico de mulheres para a força de trabalho e o correspondente aumento na demanda por rapidez na preparação de comida criaram a oportunidade para introdução de muitos tipos de comidas congeladas no mercado.
  • Mudanças na Estrutura da Indústria: Às vezes a estrutura muda porque as empresas que forneciam para outras empresas ou grandes clientes fecham ou porque as empresas se fundem ou uma adquire a outra. Esses tipos de mudanças afetam a dinâmica da concorrência em uma indústria e abrem ou fecham nichos que podem proporcionar oportunidades para empreendedores. Por exemplo, quando a indústria das empresas aéreas se consolidou baseada no projeto eixo e raios que as principais linhas aéreas usam, surgiu a oportunidade para os empreendedores entrarem e criarem novas linhas aéreas que voam ponto a ponto (SHANE, 2005, pp. 38-41).

REFERÊNCIAS

BARON, R. A.; SHANE, S. A. Empreendedorismo: uma visão do processo. São Paulo: Editora Cencage Learning, 2007.

SHANE, S. Sobre solo fértil: como identificar grandes oportunidades para empreendimentos em alta tecnologia. Porto Alegre: Bookman, 2005.

VIEIRA, L. Seu futuro em administração [recurso eletrônico]: reflexões, dicas e conselhos para você se tornar um administrador fora de série. Rio de Janeiro: Elsevier, 2012.

JULIO CESAR S. SANTOS

Professor, Jornalista e Palestrante. Articulista de importantes Jornais no RJ, autor de vários livros sobre Estratégias de Marketing, Promoção, Merchandising, Recursos Humanos, Qualidade no Atendimento ao Cliente e Liderança. Por mais de 30 anos treinou equipes de Atendentes, Supervisores e Gerentes de Vendas, Marketing e Administração em empresas multinacionais de bens de consumo e de serviços. Elaborou o curso de Pós-Graduação em “Gestão Empresarial” e atualmente é Diretor Acadêmico do Polo Educacional do Méier e da Associação Brasileira de Jornalismo e Comunicação (ABRICOM). Mestre em Gestão Empresarial e especialista em Marketing Estratégico


Publicado por: JULIO CESAR DE SOUZA SANTOS

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.