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Elementos do Custo de Manufatura

Breve análise sobre elementos do custo de manufatura.

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.

Como se Formam os Custos em Manufatura? O Que São Objetos de Custeio? Quais as Suas Finalidades e Como São Classificados? Quais os Elementos Que os Compõem os Custos em Manufatura?

Objeto de custeio (ou método de custeio) é a metodologia utilizada para que os custos sejam apropriados aos produtos. Basicamente, são dois os tipos de métodos utilizados: o custeio por absorção e o custeio variável (ou direto), que servem para qualquer sistema de acumulação de custos ([1]). Basicamente, a diferença entre esses dois métodos está na forma pela qual os custos fixos são tratados e, diante disso, é importante saber como os custos são classificados em relação ao volume de produção. O termo “custear” quer dizer reunir ou definir custos. Por outro lado, o termo “custeio” (ou “custeamento”) diz respeito a metodologias utilizadas para apurar os custos, as quais procedem as ações de acumular e apurar os custos. A escolha do método de custeio deverá seguir alguns critérios, tais como:

  • Ser compatível com o perfil da empresa.
  • Atender às demandas da gestão da empresa
  • Considerar o custo-benefício de uso.

O ponto de vista das pessoas em relação ao que é custo de produto é variado e, em função disso, existem alguns métodos de custeio.

  • Quando Não Ocorre Apropriação dos Custos a um Produto: O lançamento dos custos que não são apropriados ao custo de um produto ou serviço ocorre de forma objetiva na Demonstração do Resultado do Exercício (DRE).
  • Possíveis Destinação Para os Custos: Existem duas alternativas para os custos: serem agregados aos produtos, sendo apurados ao custo unitário de um produto, ou serem contabilizados como despesas do período, sem que haja qualquer destinação desses custos ao produto ou serviço.

Finalidade dos Métodos de Custeio

O método do custeio por absorção tem por finalidade o rateamento dos custos fixos e variáveis. De acordo com Viceconti e Neves (2018), isso ocorre em cada etapa da produção. Nesse sentido, esse método de custeio absorve e atribui o custo a um produto ou item de produção, até que o valor devido seja por completo absorvido, seja pelo custo dos produtos vendidos, seja pelos estoques finais. Para atingir sua finalidade, as etapas de apuração do método do custeio por absorção são as seguintes:

  • Identificar custos e despesas, separando-os;
  • Apropriar os custos diretos e indiretos aos produtos no período;
  • Apurar o custo dos produtos acabados;
  • Apurar o custo dos produtos vendidos;
  • Verificar o resultado.

Esse método é básico para a avaliação de estoque, tendo a finalidade de levantar o balanço patrimonial e o resultado do exercício, conforme exigência da contabilidade societária. O custeio variável (ou custeio direto) tem por finalidade ratear os custos, considerando somente os custos variáveis e eliminando os custos fixos. Os custos fixos existentes, independentemente de ocorrer produção ou não, são encerrados diretamente no resultado do exercício, sendo, assim, considerados despesas. Considerando-se a necessidade de tomadas de decisão, o método do custeio variável viabiliza com rapidez informações fundamentais e reais para a empresa, por excluir os custos fixos, tratando-os como despesas. Sob esse ponto de vista, os custos fixos são valores repetidos e independentes na produção. Algumas considerações sobre o método do custeio variável são pertinentes, tais como:

  • Custeio Variável é Aplicado em Curto Prazo: O custeio variável é atribuído para análise de custos envolvendo decisões de curto prazo (subestimando-se os custos fixos). Isso é importante saber porque a produção e o planejamento das empresas estão atrelados a decisões de longo prazo.
  • Custos Mistos: São os tipos de custos compostos por uma parcela fixa e outra variável. Assim, no momento da separação, pode haver falta de objetividade, configurando-se, dessa forma, arbitrariedade.

A não aceitação do método do custeio variável não impede que as empresas o utilizem internamente. No entanto, posteriormente, são necessários ajustes para adequação à legislação fiscal.

Tipos de Objetos de Custeio

Conforme Viceconti e Neves (2018), o custeio por absorção é o tipo de objeto que apropria todos os custos (fixos e variáveis) aos produtos referentes ao período. As despesas são excluídas. O custeio por absorção diferencia as despesas dos custos e, tal distinção é importante, pois as despesas recebem registro contábil contra o resultado do período. Em contrapartida, os custos relativos aos produtos vendidos receberão tratamento igual. Os custos referentes aos produtos em processo e aos produtos acabados que não foram vendidos ainda serão incorporados aos estoques desses mesmos produtos. Apenas o método do custeio por absorção é aceito pela auditoria externa, pelo fato de atender aos princípios contábeis da realização da receita, da competência e da confrontação. Ademais, é o único aceito pela legislação referente ao Imposto de Renda (IR).

No caso do custeio variável, apenas os custos variáveis sofrem apropriação à produção. Já os custos fixos são contabilizados diretamente, em forma de débito, na conta de resultado (juntamente com as despesas). Essa prática ocorre sob o argumento de que os custos fixos ocorrerão de qualquer forma, independentemente do volume de produção da empresa. Esse método de custeio fere os princípios da realização da receita, da competência e da confrontação, já que os custos fixos são considerados despesas independentemente de os produtos fabricados terem sido todos vendidos ou não. É o método de custeio que serve de referência para as tomadas de decisão. Viceconti e Neves (2018) reforçam que o custo dos produtos vendidos e dos estoques de produtos em processo e acabados será formado apenas pelos custos variáveis. Vejamos algumas observações sobre o método do custeio por absorção:

  • O Fisco desconsidera determinados gastos que são difíceis de apropriar, como, por exemplo, os gastos concernentes à administração da produção geral e do departamento de compras.
  • Com a não obrigatoriedade desses gastos, a empresa fica com a opção de definir os critérios a serem adotados para separar custos e despesas.

Portanto, creio que o leitor deve ter percebido que as empresas trabalham diariamente consumindo bens e serviços, que são incorporados direta ou indiretamente à produção, necessitando constantemente identificar tais custos para a correta interpretação desses elementos.

REFERÊNCIAS

CREPALDI, S. A.; CREPALDI, G. S. Contabilidade de Custos. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2018.

MARTINS, E. Contabilidade de custos.11. ed. São Paulo: Atlas, 2018.

VICECONTI, P.; NEVES, S. das. Contabilidade de custos: um enfoque direto e objetivo. 12. ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2018.


([1]CREPALDI, S. A.; CREPALDI, G. S. Contabilidade de Custos. 6. ed. São Paulo: Atlas, 2018, p. 55

JULIO CESAR S. SANTOS

Professor, Jornalista e Escritor. Articulista de importantes Jornais no RJ, autor de vários livros sobre Estratégias de Marketing, Promoção, Merchandising, Recursos Humanos, Qualidade no Atendimento ao Cliente e Liderança. Por mais de 30 anos treinou equipes de Atendentes, Supervisores e Gerentes de Vendas, Marketing e Administração em empresas multinacionais de bens de consumo e de serviços. Elaborou o curso de Pós-Graduação em “Gestão Empresarial” e atualmente é Diretor Acadêmico do Polo Educacional do Méier e da Associação Brasileira de Jornalismo e Comunicação (ABRICOM). Mestre em Gestão Empresarial e especialista em Marketing Estratégico


Publicado por: JULIO CESAR DE SOUZA SANTOS

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