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Decisões Adiadas – Desde Sempre

O Que é Administração Por Ação Postergada? O Que Podemos Aprender Com Fábio – Cônsul Romano do Século III a.C.?

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.

O Que é Administração Por Ação Postergada? O Que Podemos Aprender Com Fábio – Cônsul Romano do Século III a.C.?

Mark Twain – pseudônimo de Samuel Langhorne Clemens – foi um escritor, humorista e romancista americano que viveu na Flórida entre 1835 e 1910. Tornou-se a celebridade mais conhecida na sua época, não apenas pela sua fina ironia quanto sua visão sobre as tomadas de decisões dos governantes. Analisando decisões de vários líderes da sua época ele observou que “jamais deveríamos fazer antes de amanhã o que podemos fazer depois de amanhã tão bem quanto hoje”.

Esse sentimento jamais substituirá o famoso slogan – tempo é dinheiro – do mundo dos negócios atual, mas há ocasiões em que a decisão bem pensada de retardar uma iniciativa pode ser a diferença entre o sucesso e o fracasso dos líderes empresariais.

A história de Fábio – cônsul romano do século III a.C. – é um exemplo clássico de administração por ação postergada. Ele teve a infelicidade de ser um dos governantes romanos quando Aníbal avançava em direção ao coração da Itália. Conforme Plutarco, poucos colegas do cônsul acreditavam que ele estava altura do desafio.

Fábio podia ser lento, mas não era simplório. Os romanos, em pânico diante de eminente ataque de Aníbal, exigiam de Fábio uma rápida decisão de ação imediata.

O general Flamínio avançou para o norte, tentando bloquear o avanço de Aníbal em direção ao Sul do Itália, mas, os cartagineses se desviaram e romperam as linhas romanas através de uma passagem desprotegida nos Montes Apeninos.

Flamínio se viu cercado e sua impulsividade o derrotara. Trinta mil dos seus soldados foram mortos ou aprisionados. Por sua vez, Fabio sabia que as linhas de suprimento de Aníbal estavam esticadas ao limite e decidiu interrompê-la de vez, devastando as terras circunvizinhas. Não pretendia arriscar seu exército e preferiu acompanhar de perto Aníbal, enquanto este seguia para o sul, retirando-se da Itália com seus guerreiros morrendo de fome.

Pelo menos dois mestres dos dias de hoje concordam com essa tese. Peter Drucker salienta que a prática de tomada imediata de decisões deve ser encorajada e, Alan Cox, afirma que o principal problema dos administradores é a sua tendência em tomar decisões rapidamente.

Platão – juntamente com seu mestre Sócrates e seu aluno Aristóteles – estabeleceu os fundamentos filosóficos da cultura ocidental. Platão desenvolveu um sistema perspicaz e abrangente de pensamento que era, ao mesmo tempo, ético, místico e racional, revelando-se numa verdadeira inovação educacional e num triunfo empresarial que durou mais de 500 anos.

Ao escrever “A República”, Platão nos mostrou o primeiro relatório de consultoria da história para os líderes de uma organização, a qual estava sendo fragorosamente derrotada pelos competidores. A “Administração Democrática” é uma idéia extremamente atraente, aliada à política filosófica igualitária do Ocidente e vem sendo defendida por professores de Economia de todo o mundo, além de aplicada aos programas de treinamento. Seu maior seguidor foi o cientista comportamental Douglas McGregor.

Em “A República”, Platão nos fornece uma segunda opinião estimulante, pois ele exasperou-se com a não moderação da democracia ateniense radical. Observou seus líderes sendo conduzidos a darem ao povo o que quer que este desejasse. Atenas estava caminhando para uma situação em que o bem estar do povo era garantido pelo governo e não pelas instituições privadas. Observou enorme número de jurados, conselheiros e funcionários mais e menos graduados, ganhando a vida a partir dos cofres públicos.

Platão criticou a “Administração Democrática” temendo a liderança de amadores sobre os profissionais e temeroso que a “Democracia Radical” levasse à consagração de líderes mais preocupados em agradar às massas do que em fazer o que era certo.

O “navio” de Platão é semelhante à qualquer empresa atual que esteja naufragando pelo “divisionismo”. As pessoas ficam rondando ao acaso, esperando que alguém assuma a responsabilidade da decisão, freqüentemente escolhendo o sujeito mais popular – não o mais qualificado – entre eles para ser o seu Líder. 


Publicado por: JULIO CESAR DE SOUZA SANTOS

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.