Crescimento e Evolução dos Sistemas de Informação
Breve análise sobre crescimento e evolução dos sistemas de informação.O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.
Como se Caracteriza um Sistema? Quais São as Partes Que Compõem um Sistema? Qual a Relação Entre Dados e Informação? Quais as Principais Características da Informação?
Nos últimos tempos a humanidade experimentou um constante crescimento demográfico e uma enorme evolução científica. E, em quase todos os aspectos, a área de Sistemas de Informação não ficou de fora desta evolução, pois os elementos que a envolve evoluíram com o tempo e com a interação das atividades, dos recursos e das decisões que estão envolvidas.
TURBAN afirma que praticamente qualquer coisa que possa ser decomposta em partes – não importando o seu tamanho – pode ser caracterizada como um sistema: o átomo, o sistema solar, a circulação sanguínea etc. Para alguns especialistas, ao ser estabelecido, um sistema tem um proposito que requer uma abordagem muito especifica, de modo que um sistema projetado para determinado objetivo geralmente não resiste as exigências de outra abordagem (p. 26)
Cada sistema possui um nível de abstração e uma abordagem (approach) específicos e será valido dentro destes limites de contorno (boundaries). As partes que compõe um sistema poderão ser chamadas de subsistema e, dependendo do nível de abstração, poderá ser considerado um sistema, assim é o sistema de frenagem, de alimentação, elétrico etc. Muitos sistemas são colocados como vitais para o funcionamento do sistema maior.
Assim, derivado do próprio latim “systema”, pode-se chegar ao conceito de que um sistema é um conjunto de elementos, que geralmente possuem uma ordem e que possuem inter-relações ou interligações entre estes elementos e que provavelmente podem interagir entre si, quase sempre com um objetivo comum.
Vianna (2016) trouxe à tona uma nova abordagem desenvolvida por BERTALANFFY – a famosa Teoria Geral dos Sistemas ([1]) – a qual tinha como algumas premissas de que a organização é aberta e muito dinâmica, além de ter inúmeras funções, também tem a possibilidade de ter muitos subsistemas. Quando abordamos os sistemas como algo complexo, ao mesmo tempo observamos que sistema é a sociedade, as organizações sociais, todas elas são consideradas sistemas e, dentro delas, há muitos subsistemas.
Mas, no âmbito de Sistemas de Informação, a questão da palavra “informação” pode ser colocada como “informe”, “parecer”, “ensinar”, “comunicar”, podendo-se destacar a importância que cada autor e comunidade científica como um todo coloca sobre as devidas interpretações. Ainda, quando falamos de Sistemas de Informação, podemos destacar o importante papel da comunicação no qual envolve a transmissão e a interpretação de dados ou informações, destacando o papel de armazenagem e o processamento de dados.
Os Dados e Sua Importância Para a Informação
Conforme GONÇALVES ([2]), os dados podem ser caracterizados como sendo um conjunto de valores ou ocorrências em um estado bruto, ou seja, podem ser inúmeros e não relacionados entre si, portanto, precisam de tratamento, para que virem uma informação e, então, descrevam as características de um evento aleatório. Os dados são o primeiro estágio; ou seja, representam a informação em sua forma bruta e dificilmente sustentarão uma boa decisão; necessariamente, necessitam ser coletados, tabulados, transformados e preparados para que se tenha alguma relevância.
Os dados precisam ser transformados em informação para que tenham a sua devida utilidade na tomada de decisão nas organizações. E, logo após ser transformados de maneira que possam ser entendidos, podem, sim, servir de fontes para as relativas tomadas de decisão das organizações como um todo não tendo aqui distinção a um determinado setor ou situação.
Para PADOVEZE ([3]), o valor da informação está relacionado à redução da incerteza no processo de tomada de decisão, à relação do benefício gerado pela informação versus custo de produzi-la e ao aumento da qualidade da decisão. Os dados devem ter um significado e um propósito e, desta forma, é preciso que tenha seu significado reconhecido, que faça sentido e seja de interesse daquele a quem se destina.
Segundo DRUCKER ([4]), dentro das organizações, as informações que foram realizadas por meio dos dados têm como objetivo atingir alguns pontos que, para Drucker, foram considerados como essenciais:
- Indicar um caminho para se atingir uma meta: são informações geradas nos planejamentos.
- Indicar se um caminho que está sendo trilhado é o caminho que foi planejado, informações de controle.
- Indicar uma direção a ser seguida, diante de duas ou mais opções: informações de apoio aos processos decisórios.
Apropriada pela empresa por meio de Bancos de Dados, documentos, procedimentos, métodos, equipamentos e pessoas, a base do conhecimento facilita reconhecer quais dados e informações são úteis para se atingir os objetivos traçados pela organização.
Informação: Conceitos e Definições
Quando relatamos sobre a informação não se pode separar esse conceito dos conceitos de dados e, devido a essa situação, muitos autores conceituam, em paralelo, informação e dados. Conforme Gonçalves (2017), informação pode ser definida como um conjunto de dados organizados, que nos trazem uma mensagem sobre um evento ou fenômeno. Então, pode-se aqui determina-la como a base do conhecimento, além de trazer inúmeras situações para a resolução dos problemas, pode aqui também auxiliar nas devidas tomadas de decisão.
Outra definição indica que a informação é um fenômeno que confere significado ou sentido às coisas, já que, por meio de códigos e de conjuntos de dados, formam-se os modelos do pensamento humano, transformando os dados em contexto significativo e de utilidade. Segundo Vianna (2016), sempre quando falamos sobre novas tecnologias, estamos refletindo sobre mudanças e, com isso, novas situações que emergem a cada dia, elevando os ganhos de produtividade em todas as áreas e muito especialmente na área de produção.
O conhecimento passou a ser acessível à grande parte da população, surgindo, assim, uma população mais crítica; esse conhecimento nem sempre é aproveitado por essa parte da população. Cabe destaque à globalização, segundo Vianna (2016), a que nos referimos, principalmente à globalização de indivíduos, a globalização do acesso aos mais diversos recursos que existem no mundo, esse conhecimento era muito limitado e, com isso, tínhamos alguns limitadores, fato esse que já não existem mais ou deixam de existir.
De acordo com ele “o homem da era agrícola, passou pela industrial, chegou à era da informação e hoje está um passo adiante, na chamada era do conhecimento. Tudo isto se traduz em novos modelos de gestão, onde a administração científica, a burocrática, a administração participativa, o modelo japonês, a administração chamada “empreendedora”, tudo isto, passa a ter o enfoque da empresa virtual, da Gestão do Conhecimento, da Teoria do Caos e da Teoria da Complexidade” (p. 27). Assim, para VIANNA (p. 34), a informação é dividida conforme as seguintes características:
- Relevância: se a informação realmente é importante para a pessoa que irá utilizá-la, ou seja, deve estar no contexto daquele que vai tomar a decisão. Deve ter uma correta destinação.
- Simplicidade: não adianta colocar demasiada informação, basta ser simples e compreensível, portanto, a complexidade pode gerar confusão. O complexo pode ser confuso. Simplicidade e clareza devem seguir a linha neste caso.
- Economicidade: O custo e o valor da informação devem ser compatíveis, bem como informações fora do contexto não terão qualquer valor direto para o sucesso da organização.
- Tempestividade: a informação deve chegar no tempo certo e deve ser atual. De pouco adianta chegar depois que foi tomada a decisão ou apresentar dados desatualizados.
- Completude: a informação deve ser completa. Não deve ser tão longa a ponto de ser repetitiva ou complexa, mas também não pode ser tão resumida que não possa ser interpretada corretamente (lacônica)
- Flexibilidade: ser flexível significa que poderá ser utilizada em diferentes contextos ou vários setores da economia ou mesmo para diversas áreas da empresa.
- Confiabilidade: Indica que a fonte da informação é confiável. Deve ser também acessada, apenas para aqueles a que se destina.
- Verificável: Capacidade de ser verificada sua veracidade ou reproduzir os resultados que indica.
- Precisão e Exatidão: Deve apresentar os dados com fidedignidade e sem erros. Deve estar o mais próximo da realidade.
Sendo assim, as características evidenciadas da informação demonstram a grandeza do assunto, deixando claro o autor que essa abordagem passa por transformações, porém sua essência de algo importante permanece indiferente sobre o conceito de inovação ou até mesmo de tecnologia aplicada à mesma.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GONÇALVES, G. R. B. Sistemas de informação. Porto Alegre: SAGAH, 2017.
SHEDROFF, N. Information interaction design: an unified field theory of design. In: JACOBSON, Robert (Org.) Information design. Massachusetts: The MIT Press, 1999.
TURBAN, E. et al. Business Intelligence: um enfoque gerencial. Porto Alegre: Bookman, 2009.
([1]) Ludwig von Bertalanffy. Teoria Geral dos Sistemas: Fundamentos, Desenvolvimentos e Aplicações. 5ª ed. Ed. Vozes, Petrópolis, 2010
([2]) GONÇALVES, G. R. B. Sistemas de informação. Porto Alegre: SAGAH, 2017.
([3]) PADOVEZE, Clóvis Luís. Introdução à administração financeira: texto e exercícios. São Paulo: Thomson, Cengage Learning, 2005, p. 44
([4]) DRUCKER, Peter. Administração Para o Futuro: os Anos 90 e a Virada do Século. Ed. Pioneira, São Paulo, 1989
JULIO CESAR S. SANTOS
Professor, Jornalista e Escritor. Articulista de importantes Jornais no RJ, autor de vários livros sobre Estratégias de Marketing, Promoção, Merchandising, Recursos Humanos, Qualidade no Atendimento ao Cliente e Liderança. Por mais de 30 anos treinou equipes de Atendentes, Supervisores e Gerentes de Vendas, Marketing e Administração em empresas multinacionais de bens de consumo e de serviços. Elaborou o curso de Pós-Graduação em “Gestão Empresarial” e atualmente é Diretor Acadêmico do Polo Educacional do Méier e da Associação Brasileira de Jornalismo e Comunicação (ABRICOM). Mestre em Gestão Empresarial e especialista em Marketing Estratégico
Publicado por: JULIO CESAR DE SOUZA SANTOS
O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.