Como o Instagram impactou nas vendas pelo comércio eletrônico durante a pandemia do Covid-19: um estudo bibliográfico
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Resumo
Esse artigo tem como principal objetivo estudar como a rede social, Instagram, por meio de sua plataforma, conseguiu alavancar um potencial avanço nas vendas de produtos por meio das vendas eletrônicas durante a maior pandemia vivenciada nos últimos tempos que foi a Covid-19, acarretando o fechamento do comércio físico e instituições, causando inúmeras mortes, gerando altos níveis de desemprego, porém com um crescimento considerável de empregos informais e autônomos. Será explanado, portanto, sobre a disseminação do vírus de forma exponencial, assim como o impacto causado em todo comércio eletrônico.
Palavras-chave: Comércio eletrônico. Pandemia. Covid-19. Instagram.
INTRODUÇÃO
A pandemia gerada pela disseminação do Coronavírus provocou grandes impactos negativos, sendo eles na saúde, na economia, no meio social, cultural, político e educacional, trazendo diversas mudanças para toda a humanidade.
Com essa propagação de forma célere todos os setores de diferentes âmbitos e classes trabalhistas tiveram que parar e se adequar a uma nova realidade. E assim, o setor comercial também precisou se adaptar e ressignificar os seus processos para enfrentar essa nova condição.
Uma das medidas tomadas foi o aumento das vendas on-line. O não acesso ao comércio físico, gerou alguns conflitos de rotinas, pois as pessoas estavam acostumadas à irem as lojas para verem pessoalmente os produtos os quais gostariam de adquirir. Com a pandemia do novo Coronavírus se alastrando, essas compras presenciais tiveram que ser suspensas e passaram a ser on-line por muitas lojas. O isolamento social, portanto, tornou-se o grande aliado para conter novas contaminações.
Com o investimento destacado no uso das tecnologias, as lojas passaram a proporcionar ao seu público uma dinâmica essencial para o funcionamento real de todos os setores durante as primeiras atividades propiciando uma tecnologia flexível e com rápida capacidade de reação.
Os primeiros processos, então, com equipe reduzida, passaram a ser trabalhados de modo que atendesse todas as exigências das orientações das organizações de saúde, com todos os cuidados possíveis. O delivery foi o grande aliado em todos os processos de vendas e as lojas que não tinham tanto costume de vender eletronicamente, passaram a adquirir esse novo método até pela sua própria sobrevivência financeira.
Sobre a Covid-19
A pandemia de Covid-19, causada pelo vírus SARS-CoV-2 ou Novo Coronavírus surgiu após alguns casos serem registrados em dezembro de 2019 na China. Tendo histórico de registros dessa contaminação em 1937, a propagação atual desse vírus se deu especificamente na cidade de Wuhan (11 milhões de habitantes), ocasionando uma série de casos e mortes.
Após uma severa contaminação em todo o país, o vírus tomou dimensão maior vindo a se espalhar pelos cinco continentes. Alguns países da Europa como Itália e Espanha, e os Estados Unidos tiveram inúmeros casos de contaminação pelo novo coronavírus de forma exponencial vindo a fecharem todas as suas cidades. A rápida disseminação mundial fez com que a Organização Mundial de Saúde – OMS decretasse a emergência de saúde pública de interesse internacional no fim de janeiro[1]. No Brasil a doença chegou em janeiro tendo seu primeiro registro em 26 de fevereiro e a confirmação da primeira morte em 17 de março, ambos datados pelo Ministério da Saúde.
O vírus espalhado pelo mundo, fez com que vários países fechassem todos os seus serviços, deixando apenas os básicos e importantes para sobrevivência. Um dos principais meios de combate a sua propagação tornou-se o isolamento. O contato entre as pessoas já não podia mais existir, pois o motivo de alastramento da doença se deu justamente pelo contato direto entre uma das pessoas contaminadas com um toque entre mãos, abraços, conversas próximas (gotículas de salivas), espirros, catarros, tosses e compartilhamento de objetos ao serem levados aos olhos, boca e nariz.
Os principais sinais e sintomas após a transmissão podem ocasionar danos gravíssimos ao sistema respiratório, como pode ser apenas um leve resfriado. Há registros de pacientes da doença que foram infectados e não sentiram nenhum dos sintomas, são nomeados de assintomáticos. Porém, nos casos mais graves, o Covid 19 pode ocasionar riscos e sequelas a saúde dos indivíduos, levando a muitos deles à óbito.
Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA, por meio de sua Nota Técnica Pública, os sintomas da COVID-19 são principalmente respiratórios, em geral: febre, tosse seca e cansaço. Alguns pacientes podem apresentar conjuntivite, dor de garganta, diarreia, perda de paladar ou olfato, erupção cutânea na pele ou descoloração dos dedos das mãos ou dos pés. Casos mais graves podem apresentar febre alta e dificuldade para respirar.
Com esse histórico de contaminação de forma expressa, e muitos atingidos por tal doença, o sistema de saúde de vários países entrou em colapso. Em muitas situações, vários pacientes que tiveram em casos mais críticos, precisaram de respiradores e internação nas Unidades de Terapias Intensivas – UTI’s, e muitos destes por estarem superlotados acabaram ceifando suas vidas.
O novo Coronavírus afeta todas as idades, raças e etnias, não é um vírus que seleciona há quem contamina, e sim que acomete a todos principalmente a vida de idosos, pessoas com doenças crônicas ou imunodeprimidas, pessoas com infecções no trato respiratório e outras comorbidades ocasionando graves sequelas como pneumonia, insuficiência respiratória e renal, dentre outras implicações.
E-commerce e Instagram
Com o avanço das tecnologias nos últimos anos, o comércio tem se tornado um grande aliado no desenvolvimento de sistemas, plataformas e aplicativos que propiciam um considerável impacto na economia do país e do mundo.
Com a pandemia que se espalhou por todo o mundo, conforme exposto, o e-commerce passou a ganhar força e ser uma opção de venda, já as micro e pequenas empresas tinham sido bastante afetadas com o fechamento do comércio.
Segundo o SEBRAE (2022), o e-commerce, então, ganhou força e passou a ser uma excelente opção de venda, pois o consumidor habituou-se a receber suas compras em casa, com a maior praticidade e comodidade. Muita gente teve sua primeira experiência com compras on-line, e quem tinha alguma resistência passou a dar uma chance.
Deste modo, o empreendedor aproveitou o momento de pandemia para entender o perfil de seu cliente, as possibilidades de vendas on-line com delivery ou frete e os novos hábitos de consumo. Com a rotina das lojas físicas, muitos empresários não compreendiam essa imensidão de vendas on-line e retinham suas atenções apenas para vendas presenciais.
Para Santos, et al (2021), como consequência da pandemia, uma grande parcela das empresas nacionais teve que se inserir ao canal de venda online para sua sobrevivência. Enquanto as que já adotavam este canal tiveram que aprimorar seus serviços. Para isso, o social commerce (s-commerce) tem sido uma boa oportunidade para a criação e melhoria desse modelo de negócio.
Com isso, umas das redes sociais que foi a aliada nas vendas on-line, foi o Instagram. Uma loja no Instagram precisa ter sobretudo interação e engajamento para que se torne uma potência no meio do comercio eletrônico. Encontrar os seguidores ideais para o perfil da loja faz com que haja uma disseminação do produto oferecido, de modo que as vendas sejam mais fluidas e rápidas.
Com isso, faz-se necessário que as lojas ofereçam em suas páginas/perfis, uma descrição clara sobre os seus serviços e produtos, link do site da empresa, link que dá acesso ao WhatsApp, fotos e vídeos atualizados, promoções e pessoal técnico que responda aos pedidos dos clientes de forma mais rápida.
O atendimento online é um grande diferencial para as empresas. É por meio deles que os clientes retornam as compras e sentem atraídos por tamanha atenção. A estratégia de marketing também é de extrema importância para atrair compradores em potencial.
Deste modo, Zanatta (2021) em uma matéria postada, publicou que segundo a pesquisa da Opinion Box de 2021, 52% dos usuários usam a rede social para buscar produtos ou serviços para comprar e 82% deles seguem alguma marca ou empresa de venda. Diante de dados como estes, fica claro saber como funciona as vendas no Instagram, percebendo que é uma ótima escolha para impulsionar o e-commerce.
Zanatta (2021) ainda dá algumas dicas para o empreendedor aplicar suas vendas em sua conta do Instagram. Sendo elas: Tenha um perfil comercial; Faça uma boa descrição dos produtos; Poste fotos e vídeos de boa qualidade; Use as hashtags; Faça parceria com influenciadores; Aproveite o recurso “Instagram shopping”; Dê atenção à bio da loja; Invista no stories; Integre seu feed com o e-commerce e Interaja com os seguidores.
Com esses serviços ofertados, tem-se a estimativa de que o empreendedor dará uma guinada em seu perfil de Instagram, ajudando-o a dá mais visibilidade, aumento nas vendas e uma divulgação mais profícua.
Vendas no Instagram versus Pandemia
Conforme mencionando anteriormente, as vendas no Instagram vêm se tornando cada vez mais populares nos últimos tempos e a pandemia do Covid-19 intensificou esse processo.
Muitas empresas passaram a se adaptar a esse novo formato, inclusive o próprio Instagram também está se adaptando às necessidades dos varejistas. A plataforma lançou a pouco tempo as modalidades de Instagram Checkout e Instagram Live Shopping. Estes recursos permitem que os usuários comprem produtos diretamente no aplicativo fazendo com que seja mais prático.
De acordo com o CEO do Facebook, Mark Zuckerberg, a empresa está investindo em ferramentas de comércio eletrônico para "ajudar as empresas a se recuperarem das perdas causadas pela pandemia.
Conforme Silva (2021),
"Com as empresas migrando para o digital, as redes sociais ganharam ainda mais destaque e passaram de entretenimento para uma vitrine de negócios e vendas. Só para se ter uma ideia, atualmente a rede social Instagram conta com mais de 95 milhões de usuários ativos no Brasil. Além disso, conforme dados da consultoria Kantar, o Instagram, o Facebook e o WhatsApp cresceram em média 40% no Brasil desde o início da pandemia. Dentre estes, o Instagram lidera em relação a vendas e compras via internet e possui mais de 25 milhões de anunciantes no mundo que já utilizam a plataforma para gerar negócios".
No entanto, como em qualquer segmento, não se pode descartar que o aumento das vendas online durante a Pandemia e o pós-pandemia também apresenta desafios. Com esse aumento significativo de adesão as redes sociais, muitas empresas competem o mesmo espaço, o que torna mais complicado para destacar e atrair clientes. Infelizmente empresas menores competem com as maiores, tornando-as com menor vantagens em vendas.
Assim, saber investir em marketing digital e nas ferramentas como os stories, IGTV e Reels que alimentam essa plataforma, a empresa pode ter um alcance de likes e público imenso, aumentando, portanto, suas vendas e dando visibilidade ao seu negócio.
É de extrema importância que a empresa seja absolutamente séria, principalmente no estabelecimento de prazos, estoque e resposta para os seus clientes. Ter uma equipe disponível para responder os directs, bem como ter na sua página principal um link com acesso ao contato telefônico, mostra mais rapidez, captação e permanência dos clientes. Portanto, faz necessário a utilização dessa plataforma em uma era tão tecnológica e de mercado tão competitivo, e a pandemia veio para mostrar que é possível fazer vendas on-line com seriedade, aumentar o lucro/caixa da empresa e fidelizar clientes.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Considera-se diante do exposto, que as redes sociais possuem um grande potencial para alavancar as vendas por meio delas. Para isso, os empresários tanto de pequeno quanto meio e grande porte, precisam usá-las favoravelmente para as suas vendas.
É sabido que conseguindo gerir essas plataformas, principalmente o Instagram, as empresas terão rentabilidade e crescimento exponencial. Entender as técnicas e usá-las corretamente trará mais eficiência, bem como agilidade e facilidade nas compras.
A pandemia, portanto, veio para mostrar que as compras on-line é a nova ferramenta da sociedade e que as empresas precisam se modernizarem. Atrair clientes (seguidores), likes e visualizações podem proporcionar visibilidade ao negócio bem como notoriedade em toda rede social.
REFERÊNCIAS
AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Nota Técnica Pública CSIPS/GGTES/ANVISA Nº 01/2020: orientações para a prevenção e o controle de infecções pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2) em instituições de acolhimento. 2020. Disponível em: https://www.gov.br/anvisa/pt-br/centraisdeconteudo/publicacoes/servicosdesaude/notas-tecnicas/2020/nota-tecnica-publica-csips-ggtes-anvisa-n-01-2020-atualizada-em-25-06-20.pdf. Acesso em: 10 mai. de 2023.
SANTOS, Júlia Barros dos; et al. Impacto da COVID-19 nas práticas de vendas online e no consumo em bares e restaurantes: um estudo comparativo em Itajubá, Minas Gerais. In: 9º Congresso Luso-brasileiro para o planejamento urbano, regional, integrado e sustentável, Abril de 2021.
SEBRAE. Coronavírus: como a pandemia impactou as vendas on-line. Disponível em: https://sebrae.com.br/sites/PortalSebrae/artigos/coronavirus-o-impacto-nas-vendas-online,ed84f8e520f71710VgnVCM1000004c00210aRCRD. Acesso em: 02 mar. de 2023.
SILVA, Zelandia. Um ano de pandemia: Instagram cresce e se torna vitrine de vendas. Disponível em: https://empreendedor.com.br/noticia/um-ano-de-pandemia-instagram-cresce-e-se-torna-vitrine-de-vendas/. Acesso em: 12 jun. de 2023.
ZANATTA, Evandro. Saiba como usar o Instagram para aumentar as vendas de um e-commerce. Disponível em: https://www.formasdepagamento.com/artigo/instagram-para-vendas-de-um-e-commerce/. Acesso em: 14 abr. de 2023.
[1] https://www.em.com.br/app/noticia/nacional/2020/02/27/interna_nacional,1124795/tudo-sobre-o-coronavirus-covid-19-da-origem-a-chegada-ao-brasil.shtml
Escrito por: Rafaelle Gleice dos Santos e Felipe Egídio Marques Cavalcante
Publicado por: Rafaelle Gleice dos Santos
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