As aparências enganam
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Quem não conhece ou já conheceu, na empresa em que trabalha alguém que se acha o sabichão da turma? Ou, ainda, o clássico “nerd” ou “caxias”, que faz questão de arrumar com detalhe o local de trabalho, que não se esquece de acender e apagar as luzes do escritório, sem deixar, é claro, de dar uma passadinha rápida no serviço durante o fim-de-semana. Motivos diversos, como sobrecarga de atividades, responsabilidades e competitividade, são apontados como as principais causas da proliferação de estereótipos nas organizações.
Impor rótulos às pessoas é um fenômeno comum na vida empresarial, principalmente porque, nas instituições, os indivíduos têm de seguir regras como em qualquer sociedade. O maior problema são os valores negativos que são dados a tais segmentos profissionais ou perfis. A psicóloga Janice Pereira, especialista em psicodiagnóstico, mestre em psicologia do trabalho e professora de psicologia organizacional, explica que, nas rotinas das empresas, há a criação de perfis estereotipados para determinados cargos. Ela cita quatro exemplos:
•O “poderoso chefão”, que deteria todo o poder, mandaria em tudo e em todos;
•A “secretária”, tida como pessoa que só operacionaliza e pouco pensa, atende a todos, é passiva e pouco detentora de técnicas, já que se baseia em prática;
•O “gestor de RH”, detentor das informações secretas dos profissionais, o que promove atividades de interação, conhecimento e entretenimento dos empregados, aparentemente sem fundamento;
•O “vendedor”, que aproveita o tempo como quer, vive “voando”, sempre tenta persuadir as pessoas e é inoportuno.
Essas pré-concepções são mitos, quase sempre infundados, e acabam distorcendo as relações. Na verdade, cada individuo, atua em uma sociedade ou organização de acordo com as necessidades e as responsabilidades que lhes são propostas.
O vendedor, por exemplo, precisa de técnicas de vendas, de criatividade para produzir oportunidades para a empresa. O gestor de RH tem de ser extremo conhecedor dos objetivos e das estratégias da instituição, tem de ter técnicas e procedimentos, a fim de contribuir para o relacionamento entre os empregados. A secretária, ao contrário do que se pensa, tem formação técnica, com respaldo teórico, atua como staff e assessora para o executivo e tem, normalmente, visão empresarial. O chefe deve demonstrar conhecimento integral que vai desde o entendimento do ser humano até o feedback das relações pessoais.
Apesar de estereótipos serem falsas imagens, pode fazer com que a sociedade considere atributos até interessantes, mas tal como uma caricatura, com o tempo, tende a se tornar ridícula. Por isso, esses perfis não devem ser reforçados. A psicóloga enfatiza que não deve mais haver espaço para esse tipo de visão na sociedade. O chefe serve para organizar e coordenar as tarefas, mas é uma pessoa comum como qualquer outra. No ambiente de trabalho, as pessoas devem interagir, tratar-se igualmente e com respeito, reforça Mara Lúcia Bessa, chefe da redação da assessoria de comunicação do Tribunal Regional da 1ª Região, no Distrito Federal.
Amazildo de Medeiros – Analista de Organização
Matérias Técnicas – Análise/Resumo.
(Fonte: Superando Obstáculos – Revista UNICEUB nº28, outubro 2006).
Publicado por: Amazildo de Medeiros
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