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Administração velha não faz gestão boa

Pesquisa mostra que experiência é importante mas não é tudo, dinamismo, vantagens dos experientes, dos novatos, tomada de decisões,gestão

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.

Você está na UTI, numa corda bamba entre a permanência ou dispensa na empresa onde trabalha e ainda com muito trabalho importante para realizar. O chefe entra e diz “temos dois empregados aqui que podem ajudar você”. Um já está com a gente há anos, sabe tudo. Legal não!... O outro é novato, ainda está aprendendo. Mas seria bacana eles pegarem um trabalho de grande importância para ganhar experiência. Qual dos dois você prefere?

Você como dinâmico que é, em tudo, quer logo decidir. Escolhe então o mais experiente. Pois bem, saiba que você fez a escolha errada. Alguns estudos recentes mostram que a experiência não é tão importante quanto todo o mundo acha. Ainda mais: ela pode até atrapalhar o desempenho, pelo menos diante de situações novas. E isso vale para qualquer profissão que envolve imprevisto – seja em administração, enfermagem, diplomacia, voleibol ou presidência da república.

Uma pesquisa mais instigante sobre o assunto feita por neurocientistas da Universidade da Flórida envolvia justamente enfermeiras novatas e veteranas lidando com um paciente à beira da morte. Na verdade, era um robô programado para alternar sintomas como pressão alta, baixa e taquicardia – e, para morrer se tomasse o remédio errado na hora errada. Um caso bastante sério. E foi o que aconteceu com as enfermeiras. Todas elas deixaram o paciente virtual morrer. Mas a surpresa não foi esta. Algumas novatas conseguiram manter o boneco vivo por mais tempo que as experientes.

Por quê? Bastante simples. As veteranas confiavam muito no instinto, menosprezando informações básicas sobre as mudanças no estado do paciente e, apesar de agir com mais rapidez que as novas, erravam mais rápido também. Há confirmação de que a maioria dos afogados é de gente que sabe nadar. Portanto, a autoconfiança é importante, mas com muita responsabilidade.

É evidente que a experiência não é coisa ruim. Ela é muito importante, principalmente, na tomada de decisão. Está comprovado que os mais experientes decidem melhor, enquanto que os novatos são excelentes executores. Podemos citar um exemplo clássico: Os grandes jogadores de xadrez – mestres internacionais do tabuleiro - conseguem lembrar a posição de mais ou menos 25 peças de uma partida que ele acabou de jogar, enquanto os iniciantes apenas 4. O problema é quando surge um imprevisto – se você colocar peças aleatoriamente num tabuleiro, os mestre ficam quase tão “perdidos” quanto os iniciantes na hora de lembrar a posição delas.

É muito importante que as pessoas sejam bons ouvintes e atentas aos detalhes e informações, ainda que ouvir esteja no âmago da improvisação.

Fonte: Super/dezembro 2008


Publicado por: Amazildo de Medeiros

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