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A Sociedade do Conhecimento gerindo as fontes de informações corporativas

Como nasceu o termo “gestão do conhecimento” e quais são as principais fontes de informações corporativas

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.

Em seu livro – The Production and Distribution of Knowledge in the United States ([1]) MACHLUP (2016) aborda o efeito das patentes nas pesquisas que estabelecem as bases do conceito de “Sociedade da Informação”.

Hoje em dia, podemos considerar que a nova Sociedade do Conhecimento tem como fator de produção não mais o produto palpável (matéria física), mas, muitas vezes, o conhecimento tácito e, na maioria das vezes, o conhecimento explícito. 

Neste novo mundo – intenso em mudanças – a informação flui, se expande e se torna o recurso mais dominante, sempre em expansão e em constante mudança. Em sua apresentação sobre a dicotomia:  consumismo x inovação, a qual é intensamente vivida pelos docentes nesta nova era do conhecimento, HARGREAVES ([2]) destaca a quem prioritariamente se coloca a responsabilidade pela transmissão do conhecimento, não somente como o papel de facilitador.

As expressões “Sociedade da Informação” ou “Sociedade em Rede” são alicerçadas no poder da informação (CASTELLS, 2003) e, “Sociedade do Conhecimento” (HARGREAVES, 2004) ou “Sociedade de “Aprendizagem”, conforme POZO (2004) também se baseiam nesse poder.

Mas, a verdadeira importância do conhecimento, na Sociedade do Conhecimento, coloca novamente o papel daquele que se intitula o possuidor do conhecimento. Especialmente, iremos aprender suas fontes e como gerir este conhecimento.

Daí, nasce o termo “Gestão do Conhecimento”, cujo principal objetivo em Sistemas de Informação, é o de facilitar o acesso humano à informação e ao conhecimento para a tomada de decisão eficaz e para as devidas resoluções dos problemas das instituições como um todo bem como do cotidiano (KEBEDE, 2010, p. 421).

Ainda para Hargreaves, este é um mundo no qual o fluxo de informações é intenso e se encontra em permanente mudança e, para ele, trata-se de um mundo onde o conhecimento é um recurso flexível, fluido, sempre em expansão e em grande mudança. (HARGREAVES, 2004, p. 33).

FONTES DE INFORMAÇÃO

Para que aconteça a Gestão da Informação nas corporações, é importante conhecer as fontes de informação, sejam elas internas ou externas, as quais envolvem o ambiente em que está inserida a organização. Isso porque essas fontes podem ter diferentes variações. 

De acordo com Cunha (2001), as fontes de informação conseguem abranger diversas situações como objetos, amostras, obras de arte etc.; e podem ser divididas em três categorias:

  • Documentos primários

  • Documentos secundários

  • Documentos terciários.

Para Pacheco e Valentim (2010, p. 334), a categorização das fontes de informação permite compreender a dimensão de cada uma diante de sua função, ou seja, as fontes primárias exprimem a interferência direta do autor; as fontes secundárias facilitam o uso do conhecimento das fontes primárias, uma vez que existe um tratamento diferenciado para elas de acordo com sua função e arranjo; e as fontes terciárias possibilitam que as fontes primárias e secundárias sejam encontradas.

Ribeiro (2009, p. 44), em sua pesquisa sobre o uso de fontes de informação no setor de previdência privada aberta no Brasil, agrupou as fontes em:

  • Fontes Pessoais e Externas: colegas de outras empresas, especialistas, clientes, concorrentes, consultores, corretores, parceiros, feiras, congressos ou palestras (interação presencial ou telefônica)

  • Fontes Pessoais e Internas: empregados, colegas de trabalho, superiores hierárquicos, sócios (interação presencial ou telefônica)

  • Fontes pessoais eletrônicas:  e-mail (pessoal ou da empresa), fóruns, grupos de discussão na web, Messenger, Skype e similares;

  • Fontes Impessoais Externas:  documentos produzidos fora da empresa, como revistas, jornais, livros, relatórios, periódicos técnicos, regulamentos, publicações governamentais, transmissões de rádio ou televisão

  • Fontes Impessoais Internas: documentos produzidos dentro da empresa, como relatórios, estudos, memorandos, arquivos em papel e anotações de trabalho

  • Fontes Impessoais Eletrônicas: documentos eletrônicos em geral, intranet, bases de dados eletrônicas da empresa, site da empresa, bancos de dados comerciais e governamentais on-line, sites diversos da Internet, portais de notícias.

Devido à crescente e à atualização, o uso dos ambientes da internet se tornou fonte essencial para as pesquisas nos diferentes âmbitos. Assim, Brum e Barbosa (2009, p. 60) dividem as fontes de informação na Internet em diversos setores; ou seja, há muitas formas de se ter acesso à informação pela grande rede, quais sejam: listas  de  discussão,  correio  eletrônico  (e-mail),  informativos  via  correio eletrônico (newsletter), informativos comerciais via correio eletrônico (e-mail marketing),  salas  de  bate-papo  virtual  (chat),  mensageiros  instantâneos (instant messengers), sítios de busca ou ferramentas de busca, intranets, extranets, e os próprios sítios disponíveis na web. Segundo Eppler (2006), a qualidade das informações pode ser dividida em:

  • Sobrecarga de Informação

  • Erro de Julgamento de Informações

  • Interpretação Errada da Informação

  • Uso Indevido de Informação.

Por meio da correta identificação, classificação, seleção e organização das fontes de informação, é possível organizar os processos e usos dessas fontes nas diferentes atividades da instituição. Podemos destacar os três tipos de fontes de informação: primárias, secundárias e terciárias.

Blatmann (2015) considera os três tipos e suas considerações: As fontes primárias são aquelas que pertinentes ao produto de informação elaborado pelo autor, por exemplo, artigos, livros, relatórios científicos, patentes, dissertações, teses.

Diferencia-se de fontes secundárias que revelam a participação de um segundo autor, produtor como no caso das bibliografias, os dicionários e as enciclopédias, as publicações ou periódicos de indexação e resumos, os artigos de revisão, catálogos, entre outros.

Enquanto as fontes terciárias podem ser mencionadas como as bibliografias de bibliografias, os catálogos de catálogos de bibliotecas, diretórios, entre outros.

REFERÊNCIAS

([1]) MACHLUP Fritz.The Productio n and Distribution of Knowledge in the United States.

([2]) HARGREAVES, A. (2004). Mudança Educacional Inclusiva e Exclusiva: Respostas Emocionais de Professores e Implicações para a Liderança. School Leadership & Management, 24, 287-309.
https://doi.org/10.1080/1363243042000266936.


Publicado por: JULIO CESAR DE SOUZA SANTOS

O texto publicado foi encaminhado por um usuário do site por meio do canal colaborativo Meu Artigo. Brasil Escola não se responsabiliza pelo conteúdo do artigo publicado, que é de total responsabilidade do autor . Para acessar os textos produzidos pelo site, acesse: https://www.brasilescola.com.